terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Soturnus - Of Everything That Hurts (2013)




Soturnus - Of Everything That Hurts (2013)
(Eternal Hatred Records - Nacional)

01. I Wish I Knew   
02. The Shame Within   
03. The Doors of Perception   
04. Of Everything That Hurts   
05. House of Hatred   
06. Cacophony of the Wonderful Sounds   
07. Empty Man   
08. Leaving   
09. Another Lonely Day

Ainda me lembro bem quando escutei Poems of Love...Poems of Pain, demo de estréia dos paraibanos do Soturnus, no hoje distante ano de 2001. Praticavam um Gothic/Doom de muito respeito e qualidade e que me impressionou muito por se tratar de uma banda nova. Os anos se passaram e muita coisa mudou, principalmente a sonoridade do Soturnus, que foi amadurecendo cada vez mais.
Sucessor do bom debut When Flesh Becomes Spirit (07), Of Everything that Hurts foi lançado ao final de 2013 e apresenta um Soturnus pesado, lúgubre, técnico e variado. De sua fundação até hoje, foram agregando a sonoridade da banda influências de Death e até mesmo Black, enriquecendo em muito a sua música. Os riffs são excelentes, os solos com ótimas melodias e o trabalho das guitarras (a cargo de Andrei Targino e Eduardo Borsero) é de altíssima qualidade durante todo álbum. A parte rítmica, com o baixista Guilherme Augusto e o baterista Eduardo Vieira é bem técnica e imprime grande variedade as composições enquanto os vocais de Rodrigo Barbosa se mostram muito variados, indo desde tons mais soturnos e que remetem aos primórdios do Doom até os mais rasgados e guturais. Sem dúvida, um dos pontos altos de Of Everything That Hurts. A junção disso tudo forma um dos melhores álbuns de Death/Doom que escutei em muito tempo, não só no Brasil como no exterior. Para mim, os maiores destaques ficam por conta de “I Wish I Knew”, “The Shame Within”, “The Doors of Perception”, “Of Everything That Hurts” e “Leaving”.
A produção, a cargo de Victor Targino é de muito bom nível, deixando tudo bem pesado, mas ao mesmo tempo permitindo se escutar perfeitamente todos os instrumentos. Já a bela capa é outro grande trabalho de Gustavo Sazes e transmite perfeitamente o que é o álbum. Melancólico, soturno, mas bruto, Of Everything That Hurts possui uma qualidade inquestionável e vai agradar em cheio a fãs de bandas como Paradise Lost, My Dying Bride, Moonspell e Novembers Doom. Para mim, o melhor trabalho do estilo já lançado no Brasil!

NOTA: 9,0





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