Hatefulmurder
– No Peace (2014)
(Cogumelo
Records – Nacional)
01. No Peace for the Wicked
02. Gates of Despair
03. Under the Sway of Plagues
04. Worshipers of Hatred
05. Ways of the Lust (Instrumental)
06. Burned to Ashes
07. Fear My Wrath
08. Shackles of Ignorance
09. Scars to God
Há muito já esperava pelo
lançamento do primeiro full lenght dos cariocas do Hatefulmurder. Já tive a
oportunidade de assistir a banda ao vivo por duas vezes, assim como escutar seu
trabalho anterior, o EP The Wartrail
e em ambos os casos, o que escutei me impressionou. Infelizmente, imprevistos
como o triste falecimento do baixista Ernani Henrique (a quem o álbum é
dedicado) em 2012, acabaram por atrasar esse trabalho. Mas felizmente, após
muita luta, finalmente temos No Peace
em mãos.
Apostando em um Thrash/Death
que consegue unir brutalidade e técnica, o Hatefulmurder certamente tem tudo
para agradar aos fãs dos dois estilos. É perceptível para os que acompanham a
carreira da banda, como amadureceram e evoluíram com o passar dos anos, assim
como é visível o potencial que possuem para crescer ainda mais. O peso e a
agressividade que emanam das faixas aqui presentes tornam No Peace o título perfeito para o trabalho, já que paz é tudo que o
ouvinte não terá aqui. Alternam muito bem em sua música, passagens mais rápidas
e agressivas com outras mais cadenciadas e absurdamente pesadas, dando assim
uma variedade maior a seu som e evitando que o ouvinte venha a se cansar. Todos
aqui brilham no aspecto individual. O vocalista Felipe Lameira canta com uma
ferocidade impressionante, os riffs a cargo de Renan Ribeiro (ex-Coldblood,
ex-Unearthly) são poderosos e a cozinha, com Rômulo Piruzzi (baixo) e Thomás
Martin (bateria), mostra grande técnica e imprime o peso necessário as músicas.
Destaques vão para “No Peace for the
Wicked”, “Gates of Despair” (bem Death), “Worshipers of Hatred”, “Burned to Ashes” e “Scars to God”, a única não inédita, presente Np EP de 2010, When the Slaughter Begins.
A produção, que ficou a
cargo de Fabiano Penna (Unearthly, Andralls) é de ótima qualidade, deixando o
som limpo, mas com toda a agressividade necessária a proposta da banda.
Mantendo o Thrash com elementos Death que marcou até o momento a carreira da
banda, mas mostrando grande maturidade, o Hatefulmurder estréia com o pé
direito, mostrando que tem muita lenha para queimar e potencial para se firmar
entre as principais bandas do cenário nacional.
NOTA:
8,0
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