Opeth – Pale Communion (2014)
(Roadrunner Records
- Importado)
01. Eternal
Rains Will Come
02. Cusp Of
Eternity
03. Moon
Above, Sun Below
04. Elysian
Woes
05. Goblin
06. River
07. Voice Of
Treason
08. Faith In
Others
“Mimimi o Opeth deixou totalmente o
Death de lado”, “Mimimi o Akerfeldt não faz mais gutural”, “Mimimi viraram Rock
Progressivo”. Já estou até escutando antecipadamente a fala dos fãs das antigas
da banda. Desde seu primeiro trabalho, Orchid
(1995), os suecos do Opeth primaram pelo experimentalismo, adicionando
elementos diversos a seu Death Metal tipicamente escandinavo. Daí em diante, a
banda foi evoluindo álbum a álbum, deixando os elementos mais brutais cada vez
mais de lado, até resultar em Heritage
(2011), um trabalho totalmente voltado para o Rock Progressivo e sem os
resquícios do passado, onde não só foram elogiados pela crítica como também
conquistaram seu maior sucesso comercial (19º na Billboard 200).
Novamente produzido por Steven
Wilson (Porcupine Tree), Pale Comunion
é a extensão natural do que foi apresentado em Heritage. Então, se você espera por algo que vá remeter a um Blackwater Park (2001), um Deliverance (2002) ou a um Damnation (2003), pode tirar seu cavalo
da chuva. O que temos aqui é Rock Progressivo na linha dos medalhões dos anos
70, com um grande foco nas melodias e citações a bandas como King Crimson,
Genesis, Emerson Lake and Palmer ou Van der Graaf Generator, dentre outros. Pale Comunion possui um clima
melancólico e sombrio, emanando tristeza durante boa parte de seus 55 minutos
de duração, além de ritmos quebrados, passagens acústicas, teclados bem
encaixados, guitarras sem qualquer tipo de excesso e alguns dos solos mais
bonitos desse ano de 2014. Sim, certamente esse não é um trabalho de fácil
digestão para os que não apreciam o estilo, mas isso não diminui sua qualidade.
Destaques vão para “Eternal Rains Will
Come”, “Cusp Of Eternity”, com muito de Pink Floyd, “Moon Above, Sun Below”, a instrumental jazzística “Goblin” e “River”, a mais “alegre” de todas.
Se você é um apreciador da fase
antiga do Opeth, recomendo que passe longe de Pale Comunion, pois esse é um álbum de Rock Progressivo e, sendo
assim, recomendado aos amantes do estilo, que certamente pescarão detalhes
novos a cada audição do álbum. O Death Metal virou passado e hoje se encontram
em um novo patamar na carreira, mas ainda sim, fazendo musica de muita
qualidade. E nesse caso, que diferença faz se a música não continua a mesma?
NOTA: 8,0
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