quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Accept – Blind Rage (2014)



Accept – Blind Rage (2014)
(Nuclear Blast – Importado)

01. Stampede
02. Dying Breed
03. Dark Side of my Heart
04. Fall of the Empire
05. Trail of Tears
06. Wanna Be Free
07. 200 Years
08. Bloodbath Mastermind
09. From The Ashes We Rise
10. The Curse
11. Final Journey

Verdadeira lenda do Metal mundial, banda seminal para o surgimento do Power Metal, o Accept é desses nomes que dispensam qualquer tipo de apresentação. Responsáveis por pelo menos 4 clássicos do Heavy Metal, Restless and Wild (1982), Balls to the Wall (1983), Metal Heart (1985) e Russian Roulette (1986), viveram seu auge com Udo Dirkschneider nos vocais, mas sua carreira foi sempre muito atribulada, cheia de idas e vindas. No seu retorno mais recente, com a recusa de Udo de se juntar a banda, optaram por Mark Tornillo (ex-TT Quick), o que em um primeiro momento gerou desconfiança por parte dos fãs, já que muitos se recordaram da frustrada experiência com David Reece nos vocais, com o fraco Eat the Heat (1989).
Mas com a dobradinha Blood of the Nations (2010) e Stalingrad (2012), qualquer tipo de desconfiança foi pelo ralo a baixo, pois ambos são trabalhos comparáveis a grande fase oitentista da banda, sendo que Tornillo se mostrou um substituo mais do que a altura de Udo. Sendo assim, cabia a Blind Rage não só a dura missão de manter o alto nível dos álbuns anteriores, como manter o nome do Accept no topo da cena. E bem, mais uma vez conseguiram. É indiscutível que desde Blood of the Nations a banda soa revigorada, rejuvenescida, unindo a sonoridade tradicional que marcou sua carreira com um toque de modernidade muito bem vindo, evitando assim que caiam no simples clichê, problema de boa parte das bandas veteranas que se mantêm na ativa atualmente. Blind Rage mantém a mesma pegada dos trabalhos anteriores, apesar de soar um pouco mais melódico que seus antecessores e antes que os fãs temam por essa afirmação, fiquem sabendo que a agressividade e o peso continuam aqui intocados. Tornillo mais uma vez mostra que os fãs não devem sentir falta do ex-vocalista. As melodias vocais aqui presentes são excelentes e os refrões são daqueles que grudam na cabeça, com ótimos coros. Wolf Hoffmann e Herman Frank brilham com riffs fortes, sendo que os solos de Wolf, recheados de influência de música clássica, estão entre os mais belos que escutei esse ano. A cozinha de Peter Bates e Stefan Schwarzmann está soando bem solida e consegue imprimir grande peso as músicas aqui presentes. Destaques vão para a intimidadora e enérgica “Stamped”, “Dying Breed”, com ótimo refrão, “Dark Side of my Heart”, um Hard’n’Heavy que poderia muito bem estar no Metal Heart, a cadenciada “Fall of the Empire” e “Final Journey”, outra com um refrão para lá de grudento.
Se é que alguém ainda tinha qualquer dúvida, de uma vez por todas o Accept prova que existe vida sem Udo (o contrário, já não posso afirmar). Com mais um trabalho forte, sólido e de ótima qualidade, se mantêm no topo e ainda relevantes para o cenário atual. Se existe uma banda que merece o rótulo de Heavy metal, está é o Accept.

NOTA: 8,0




2 comentários:

  1. É o Accept revisitando o Accept, sem soar um clone de si próprio mas sabendo encaixar os chavões e clichês da banda. Não é um disco que vá revolucionar o Metal, mas honra o legado da banda, um lançamento respeitoso.

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  2. Blind Rage foi o álbum que me fez finalmente gostar desta nova fase do Accept. Mark Tornillo é realmente um boçal nos microfones (quem precisa de UDO, agora?), Hoffmann e Frank afiadíssimos nas seis cordas, a cozinha de Baltes/Schwarzmann é coesa e o tracklist do disco (12 faixas incluindo a faixa-bônus para o Japão "Thrown to the Wolves"), é perfeito. Mal posso esperar para ouvir os outros dois álbuns anteriores desse novo momento que a maior banda alemã do rock está hoje vivendo... Salve Accept!!!

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