Accept – Blind Rage (2014)
(Nuclear Blast –
Importado)
01.
Stampede
02.
Dying Breed
03.
Dark Side of my Heart
04.
Fall of the Empire
05.
Trail of Tears
06.
Wanna Be Free
07.
200 Years
08.
Bloodbath Mastermind
09.
From The Ashes We Rise
10.
The Curse
11.
Final Journey
Verdadeira lenda do Metal mundial, banda
seminal para o surgimento do Power Metal, o Accept é desses nomes que dispensam
qualquer tipo de apresentação. Responsáveis por pelo menos 4 clássicos do Heavy
Metal, Restless and Wild (1982), Balls to
the Wall (1983), Metal Heart (1985) e Russian
Roulette (1986), viveram seu auge com Udo Dirkschneider nos vocais, mas sua
carreira foi sempre muito atribulada, cheia de idas e vindas. No seu retorno
mais recente, com a recusa de Udo de se juntar a banda, optaram por Mark
Tornillo (ex-TT Quick), o que em um primeiro momento gerou desconfiança por
parte dos fãs, já que muitos se recordaram da frustrada experiência com David
Reece nos vocais, com o fraco Eat the
Heat (1989).
Mas com a dobradinha Blood of the Nations (2010) e Stalingrad
(2012), qualquer tipo de desconfiança foi pelo ralo a baixo, pois ambos são
trabalhos comparáveis a grande fase oitentista da banda, sendo que Tornillo se
mostrou um substituo mais do que a altura de Udo. Sendo assim, cabia a Blind Rage não só a dura missão de
manter o alto nível dos álbuns anteriores, como manter o nome do Accept no topo
da cena. E bem, mais uma vez conseguiram. É indiscutível que desde Blood of the Nations a banda soa
revigorada, rejuvenescida, unindo a sonoridade tradicional que marcou sua
carreira com um toque de modernidade muito bem vindo, evitando assim que caiam
no simples clichê, problema de boa parte das bandas veteranas que se mantêm na
ativa atualmente. Blind Rage mantém a
mesma pegada dos trabalhos anteriores, apesar de soar um pouco mais melódico
que seus antecessores e antes que os fãs temam por essa afirmação, fiquem
sabendo que a agressividade e o peso continuam aqui intocados. Tornillo mais
uma vez mostra que os fãs não devem sentir falta do ex-vocalista. As melodias
vocais aqui presentes são excelentes e os refrões são daqueles que grudam na
cabeça, com ótimos coros. Wolf Hoffmann e Herman Frank brilham com riffs
fortes, sendo que os solos de Wolf, recheados de influência de música clássica,
estão entre os mais belos que escutei esse ano. A cozinha de Peter Bates e
Stefan Schwarzmann está soando bem solida e consegue imprimir grande peso as
músicas aqui presentes. Destaques vão para a intimidadora e enérgica “Stamped”, “Dying Breed”, com ótimo
refrão, “Dark Side of my Heart”, um
Hard’n’Heavy que poderia muito bem estar no Metal Heart, a cadenciada “Fall of the Empire” e “Final Journey”, outra com um refrão
para lá de grudento.
Se é que alguém ainda tinha qualquer dúvida,
de uma vez por todas o Accept prova que existe vida sem Udo (o contrário, já
não posso afirmar). Com mais um trabalho forte, sólido e de ótima qualidade, se
mantêm no topo e ainda relevantes para o cenário atual. Se existe uma banda que
merece o rótulo de Heavy metal, está é o Accept.
NOTA:
8,0
É o Accept revisitando o Accept, sem soar um clone de si próprio mas sabendo encaixar os chavões e clichês da banda. Não é um disco que vá revolucionar o Metal, mas honra o legado da banda, um lançamento respeitoso.
ResponderExcluirBlind Rage foi o álbum que me fez finalmente gostar desta nova fase do Accept. Mark Tornillo é realmente um boçal nos microfones (quem precisa de UDO, agora?), Hoffmann e Frank afiadíssimos nas seis cordas, a cozinha de Baltes/Schwarzmann é coesa e o tracklist do disco (12 faixas incluindo a faixa-bônus para o Japão "Thrown to the Wolves"), é perfeito. Mal posso esperar para ouvir os outros dois álbuns anteriores desse novo momento que a maior banda alemã do rock está hoje vivendo... Salve Accept!!!
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