sexta-feira, 18 de abril de 2014

Triptykon – Melana Chasmata (2014)




Triptykon – Melana Chasmata (2014)
(Century Media - Importado)

01. Tree Of Suffocating Souls
02. Boleskine House
03. Altar Of Deceit
04. Breathing
05. Aurorae
06. Demon Pact
07. In The Sleep Of Death
08. Black Snow
09. Waiting

Não importa se hoje muitos o chamam de Thomas Gabriel Fisher, para mim ele será sempre Tom Warrior, a força criativa por trás da lenda Hellhammer/Celtic Frost, banda essencial na minha formação como headbanger. Isso não significa que me falte senso crítico quando trato de seu trabalho. Cold Lake (1988) continua sendo um atentado ao bom gosto e um vinil (sim, sou da época do vinil) que atirei pela janela sem dó nem piedade logo que o escutei pela primeira vez (tá, talvez eu não tenha chegado a esse ponto, mas e daí? Garanto que foi minha vontade). A evolução faz parte da vida do ser humano e isso não é diferente na música de Tom. Do início, com o fundamental EP Apokaliptic Raids (1984) (Hellhammer), passando pelo clássico To Mega Therion (1985), o ousado e inovador Into The Pandemonium (1987) e desembocando em Monotheist (2006) (todos do Celtic Frost), tudo seguiu uma cadeia evolutiva que acabou por gerar o Triptykon e sua sonoridade única. Até mesmo seu primeiro projeto pós Celtic, o Apollyon Sun, tem sua importância nesse processo.

Sucessor do ótimo Eparistera Daimones (2010), Melana Chasmata tem uma pegada parecida com o mesmo, possuindo uma sonoridade pesada, agressiva e arrastada, Capaz de despertar emoções obscuras no ouvinte. É um álbum carregado de agressão e escuridão. O nível aqui é tão alto que se torna absurdamente difícil destacar essa ou aquela faixa. Sinceramente, poderia recomendar qualquer uma das 9 músicas presentes em Melana Chasmata que o mesmo estaria bem representado. Ainda sim, minhas preferidas são “Tree Of Suffocating Souls”, com um riff furioso e cativante e que me remeteu aos tempos de Celtic Frost, a infernal “Altar Of Deceit”, com um refrão que gruda na cabeça, “Aurorae”, melhor do álbum e altamente claustrofóbica, a épica “Black Snow” e “Waiting”, faixa de uma beleza perturbadora, que encerra o trabalho de forma cadenciada e calma.

Agressivo, arrastado, com riffs impressionantes e grande profundidade emocional, o Triptykon lançou um álbum simplesmente viciante. Tom Warrior nunca temeu buscar novos horizontes para sua música e sua carreira é uma prova disso. Aqui, criando um clima infernal e desesperador, leva sua arte a outro patamar, tornando esse trabalho um item essencial na coleção de qualquer headbanger. Até o momento, o CD do ano

NOTA: 9,5



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