Triptykon – Melana Chasmata (2014)
(Century
Media - Importado)
01. Tree Of Suffocating Souls
02. Boleskine House
02. Boleskine House
03. Altar
Of Deceit
04. Breathing
05. Aurorae
06. Demon
Pact
07. In
The Sleep Of Death
08. Black
Snow
09. Waiting
Não
importa se hoje muitos o chamam de Thomas Gabriel Fisher, para mim ele será
sempre Tom Warrior, a força criativa por trás da lenda Hellhammer/Celtic Frost,
banda essencial na minha formação como headbanger. Isso não significa que me
falte senso crítico quando trato de seu trabalho. Cold Lake (1988) continua
sendo um atentado ao bom gosto e um vinil (sim, sou da época do vinil) que
atirei pela janela sem dó nem piedade logo que o escutei pela primeira vez (tá,
talvez eu não tenha chegado a esse ponto, mas e daí? Garanto que foi minha
vontade). A evolução faz parte da vida do ser humano e isso não é diferente na
música de Tom. Do início, com o fundamental EP Apokaliptic Raids (1984) (Hellhammer), passando pelo clássico To Mega Therion (1985), o ousado e
inovador Into The Pandemonium (1987)
e desembocando em Monotheist (2006)
(todos do Celtic Frost), tudo seguiu uma cadeia evolutiva que acabou por gerar
o Triptykon e sua sonoridade única. Até mesmo seu primeiro projeto pós Celtic,
o Apollyon Sun, tem sua importância nesse processo.
Sucessor
do ótimo Eparistera Daimones (2010), Melana Chasmata tem uma pegada parecida
com o mesmo, possuindo uma sonoridade pesada, agressiva e arrastada, Capaz de
despertar emoções obscuras no ouvinte. É um álbum carregado de agressão e
escuridão. O nível aqui é tão alto que se torna absurdamente difícil destacar
essa ou aquela faixa. Sinceramente, poderia recomendar qualquer uma das 9
músicas presentes em Melana Chasmata
que o mesmo estaria bem representado. Ainda sim, minhas preferidas são “Tree Of Suffocating Souls”, com um riff
furioso e cativante e que me remeteu aos tempos de Celtic Frost, a infernal “Altar Of Deceit”, com um refrão que
gruda na cabeça, “Aurorae”, melhor do
álbum e altamente claustrofóbica, a épica “Black
Snow” e “Waiting”, faixa de uma
beleza perturbadora, que encerra o trabalho de forma cadenciada e calma.
Agressivo,
arrastado, com riffs impressionantes e grande profundidade emocional, o
Triptykon lançou um álbum simplesmente viciante. Tom Warrior nunca temeu buscar
novos horizontes para sua música e sua carreira é uma prova disso. Aqui,
criando um clima infernal e desesperador, leva sua arte a outro patamar,
tornando esse trabalho um item essencial na coleção de qualquer headbanger. Até
o momento, o CD do ano
NOTA: 9,5
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