quarta-feira, 23 de abril de 2014

Goatlove – The Goats Are Not What They Seem (2012)




Goatlove – The Goats Are Not What They Seem (2012)
(Independente - Nacional)

01. Brand New Horse
02. Beautiful Bomb
03. Here She Comes (Hot Stuff)
04. Blade Of Love
05. Desperate Passion
06. Kill Somebody
07. Ultramarine Dog
08. Automatic Fire
09. I Don’t Believe
10. St. Pity
11. Devil Sun

Em 2007, o vocalista Roger Lombardi (Sunset Midnight) resolveu explorar novas fronteiras fora do Metal Gótico. O resultado disso foi o Goatlove, banda que segundo seus integrantes, pratica o Goat ‘N’ Roll e lançou seu debut (não por acaso, este álbum que resenho) em 2012. Imagino que nesse exato momento, você, leitor, deve estar se perguntando o que exatamente seria esse estilo. Calma, calma, não criemos pânico, pois tratarei de situar (ou ao menos tentar) você, prezado amigo. Goat ‘N’Roll seria uma mistura da pegada do Hard Rock com aquela melancolia típica do Gótico. Conseguiu sacar? Não? Tente imaginar uma banda de Hard Rock, com um som carregado de energia e com Andrew Eldritch (The Sisters Of Mercy) nos vocais. Uma proposta no mínimo diferente.
Não vou negar que de início, estranhei um pouco a sonoridade do Goatlove. Roger é um grande vocalista, sua voz grave e carregada de melodia se destaca, mas em um primeiro momento parece não combinar com o instrumental. Essa impressão acaba durando muito pouco tempo e antes do final da faixa de abertura, “Brand New Horse”, você não só já se acostumou com essa característica toda particular, como também já estará se divertindo demais com os ótimos riffs que a música possui. O som despojado, totalmente descompromissado e altamente dançante do Goatlove acaba por ser altamente empolgante. Faixas como “Beautiful Bomb” (puta refrão grudento), “Here She Comes (Hot Stuff)” (melhor faixa do álbum e com participação de Anita Cecília Pacheco nos vocais), “Blade of Love” (bem gótico anos 80), “Kill Somebody” (Hardão pesado), “Ultramarine Dog” e “Automatic Fire” transbordam energia e fazem até um defunto sair se mexendo pela sala.
A produção, a cargo do guitarrista Marco Nunes, deixou o som bem cru e espontâneo, combinando totalmente com o tal do Goat ‘N’ Roll praticado pela banda. A voz de Roger, que no começo da audição pode causar um estranhamento, acaba se mostrando o grande diferencial do Goatlove, já que imprime muita melodia e até certa malícia nas músicas. Se você tem a cabeça mais aberta e não é desses radicalóides, The Goats Are Not What They Seem é um álbum altamente indicado. O novo trabalho está programado para sair agora em 2014, então só resta esperar e torcer para que seja tão bom quanto seu debut.

NOTA: 8,5






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