segunda-feira, 3 de abril de 2017

Stonex - Seeds of Evil (2014)


Stonex - Seeds of Evil (2014)
(Independente - Nacional)


01. Dressed in Black
02. Electric Sky
03. Maggots in My Brain
04. Master of the Pit

Que a cena nordestina é riquíssima, isso já não é mistério para mais ninguém que acompanha de perto o Metal nacional. Bandas de qualidade surgem a todo o momento, e o mais importante, em todas as vertentes possíveis. O Stonex, surgiu em, Sergipe no ano de 2012, apostando suas fixas em uma mescla de Classic/Hard Rock, com Metal Tradicional, trafego com naturalidade entre as sonoridades dos anos 70 e 80.

Seeds of Evil, seu EP de estreia, foi lançado apenas dois anos após a fundação da banda e talvez aí esteja a grande explicação para o principal problema detectado durante a audição, a falta de uma personalidade própria para sua música. Veja bem, o quarteto na época formado por Ramon Guerreiro (vocal), Marcelo Hazz (guitarra), Atilio Bass (baixo) e Adriano Cardoso (bateria), se mostra muito competente tecnicamente falando, conseguem equilibrar muito bem boas melodias e agressividade, mas o tempo todo você fica com aquela sensação chata de que já ouviu aquilo antes. Ok, toda banda possui suas influências, que podem soar mais ou menos evidentes, mas o problema é que no caso do Stonex, fica tudo escancarado demais.

“Dressed Black”, faixa de abertura, soa bem simples e direta, possuindo um bom trabalho de guitarra (que por sinal brilha durante todo o EP), mas em nada se diferencia do que você escutou em qualquer álbum de qualquer banda inglesa do início dos anos 80. A faixa seguinte, “Electric Sky”, padece desse mesmo problema, com uma influência pesada da NWOBHM. Tem peso, bons riffs e vai fazer a alegria dos mais nostálgicos, além do que vale destacar o belo solo. Quando “Maggots in My Brain” começa, é inevitável pensar em um nome: Black Sabbath. Iommi certamente ficaria orgulhoso. E para completar, em seguida, o ouvinte é remetido diretamente ao Iron Maiden. E assim ela segue até seu final, soando como uma mistura dessas duas lendas. Certamente a faixa mais legal aqui presente, mas que pode sim, incomodar os mais exigentes, devida a tanta semelhança. Fechando o EP, temos “Master of the Pit”, com uma pegada Hard/Heavy totalmente oitentista e que, mais uma vez, te passa aquela sensação do “já ouvi isso antes”. Cabe um aparte aqui: os vocais agressivos e roucos de Ramon são realmente muito bons.


A produção é outro ponto importante a ser melhorado. Ok, ela permite que você consiga distinguir claramente todos os instrumentos, mas peca pelo excesso de crueza. O Stonex lançou um trabalho ruim? De forma alguma. Os caras são competentes, sabem fazer boa música, equilibrando com maestria peso, agressividade e algumas melodias realmente muito boas. A questão é realmente a falta de personalidade exarcebada em alguns momentos. Ok, muitos por ai não se incomodam com tal fato. Esses certamente irão achar Seeds of Evil um excelente trabalho, mas como minha função aqui é analisar o trabalho de forma que a banda possa crescer futuramente, fica a dica. Trabalhem melhor o seu som, busquem deixar ele com cara de Stonex e não com a do Sabbath ou do Maiden, porque potencial para voar (muito) alto o grupo tem de sobra.

NOTA: 7,0

Stonex (gravação):
- Ramon Guerreiro (vocal);
- Marcelo Hazz (guitarra);
- Atilio Bass (baixo);
- Adriano Tavares (bateria).

Stonex é:
- Ramon Guerreiro (vocal);
- Marcelo Hazz (guitarra);
- Dálvaro Soares (guitarra);
- Alessandro Mongini (baixo);
- Adriano Tavares (bateria).

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