segunda-feira, 17 de abril de 2017

Heavenless - Whocantbenamed (2017)


Heavenless - Whocantbenamed (2017)
(Rising Records - Nacional)


01. Enter Hades
02. Hopeless
03. The Reclaim
04. Hatred
05. Soothsayer
06. Odium
07. Uncorrupted
08. Deceiver
09. Point-blank

Elogiar a cena nordestina nos dias de hoje é chover no molhado. Algumas das melhores bandas do nosso cenário na atualidade são advindas de lá, sendo o Rio Grande do Norte um dos maiores celeiros da região. É de lá, mais precisamente de Mossoró, que vem o Heavenless, Power Trio surgido no ano de 2016 e que já tratou logo de lançar seu debut. Antes que o leitor questione se com tão pouco tempo já estariam prontos para tal empreitada, vale dizer que todos os músicos aqui envolvidos possuem experiência de sobra.

Formado por Kalyl Lamarck (vocal/baixo, Monster Coyote), Vinícius Martins (guitarra, Bones in Traction) e Vicente “Mad Butcher” Andrade (bateria, Bones in Traction), o trio se envereda pelos caminhos do Death/Thrash, mas passando longe daquela sonoridade mais datada adotada por muitos novos nomes por aí. Isso se dá pelas influências mais que evidentes de Groove Metal e Deathcore, que enriquecem sua música, dando assim um ar mais contemporâneo à mesma. Esse é indiscutivelmente o grande diferencial do Heavenless.

Sua música mostra uma coesão surpreendente para uma banda surgida há tão pouco tempo, algo que se dá certamente pela experiência dos envolvidos. Demonstram também técnica de sobra, o que pode ser observado nos ótimos arranjos e nas variações de andamento presentes em suas canções. Os vocais de Kalyl são bem agressivos e diversificados, e ao lado de Vicente, formam uma parte rítmica excelente. Enquanto isso, Vinícius faz um belo trabalho na guitarra, despejando riffs agressivos e verdadeiramente grudentos.




Das 9 pedradas aqui presentes, podemos apontar entre os maiores destaques “Enter Hades”, com boa cadência, brutalmente agressiva e com boas mudanças de tempo, a furiosa e pesada “Hopeless”, a angustiante e densa “The Reclaim”, “Odium”, que faz jus ao nome, simplesmente avassaladora e com grande destaque para o desempenho da bateria e “Deceiver”, um verdadeiro murro no pé do ouvido, veloz e mais puxada para o Death Metal. Ainda assim, todas as demais faixas possuem grande qualidade e certamente vão te fazer bater cabeça pelo quarto.

A produção, mixagem e masterização foram realizadas por Cassio Zambotto, com um resultado final muito bom. Claro, audível, mas sem perder o peso e a agressividade que a música do trio pede. Já a parte gráfica, foi feita por Hugo Silva e ficou ótima, casando perfeitamente com a proposta da banda. Bruto, pesado, agressivo e equilibrando muito bem o tradicional e o moderno, o Heavenless consegue sair do lugar-comum e apresentar uma música empolgante, feita para moer pescoços. Uma das grandes revelações nacionais nesse ano de 2017.

NOTE: 8,5

Heavenless é:
- Kalyl Lamarck (vocal/baixo);
- Vinícius Martins (guitarra);
- Vicente “Mad Butcher” Andrade (bateria).

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