quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Liv Kristine – Vervain (2014)




Liv Kristine – Vervain (2014)
(Napalm Records - Importado)

01 - My Wilderness
02 - Love Decay (feat. Michelle Darkness)
03 - Vervain
04 - Stronghold Of Angels (feat. Doro Pesch)
05 - Hunters
06 - Lotus
07 - Elucidation
08 - Two And A Heart
09 - Creeper
10 – Oblivious

O talento de Liv Kristine é inquestionável. Acompanho seu trabalho desde os anos 90, quando ainda fazia parte do Theatre of Tragedy e sempre respeitei sua carreira, obstante algumas escolhas e trabalhos discutíveis do ponto de vista musical. Mas felizmente, nos últimos anos tudo parece ter voltado aos eixos, tanto no que se refere a seus trabalhos solos quanto ao Leaves Eyes, seu outro projeto. Bons álbuns, criatividade em dia e boa aceitação de crítica e público.
Por falar em Theatre of Tragedy, o que escutamos em Vervain remete um pouco ao que foi feito em Aégis (98), já que em muitos momentos a atmosfera de algumas músicas nos leva a esse período, apesar de não possuírem o mesmo peso e os duetos vocais na linha “Beauty and Beast” que marcaram a ex-banda de Liv. E por falar em duetos vocais, eles ocorrem em dois momentos aqui e de maneira bem interessante. Na primeira vez, em “Love Decay”, que conta com a participação do vocalista da banda alemã End Of Green, Michelle Darkness, com ótimos resultados. Já em “Stronghold Of Angels”, temos a participação da grande Doro Pesch, que faz um contraponto muito interessante com a voz angelical de Liv Kristine. Em linhas gerais, esse é um álbum que lembra em muito seu bom trabalho anterior, Libertine (12) e apresenta uma mistura daquele Pós Punk/Gothic Rock dos anos 80 com o Gothic Metal que proliferou na cena pós-metade dos anos 90. O resultado disso são melodias para lá de cativantes, passagens melancólicas e uma aura gótica inerente a cada música. Um prato cheio para as almas macambúzias de plantão. Além das já citadas “Love Decay” e “Stronghold Of Angels”, outros destaques vão para “My Wilderness”, “Vervain”, a belíssima balada “Lotus” (talvez a melhor já gravada por Liv) e a soturna “Oblivious”, a mais Theatre of Tragedy de todas.
Vervain é um álbum que transpira honestidade do início ao fim e por isso, um trabalho muito agradável e fácil de escutar. Passando por seu melhor momento na carreira, Liv pode não ter a potencia e o alcance vocal de certas “vocalistas” badaladas por ai, mas seu felling a coloca muito acima destas e poucas conseguem se equiparar a ela nesse quesito e categoria (talvez Anneke Van Giersbergen a supere). Se você é uma dessas jovens almas sorumbáticas que caminham por esse mundo e fã de Gothic Rock/Metal, esse é um álbum feito para você.

NOTA: 8,0







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