Cruor
Cultum - Crown of Beast (2014)
(Pazuzu
Records - Nacional)
1.
No Mercy (Intro)
2.
Bloodlet Throne
3.
Drink, Women, Beating to the And
4.
The Lore of the Fallen
5.
Libata Cruor
6.
Tortuous Shadows
7.
The Sons of the Disobedience
8.
Urbis Atrocia
9.
Crown of Beasts
Surgido em 2004, através das mãos de Lord
Mephyr (Spell Forest, ex-Mythological Cold Towers, ex-Templum, ex-Vulturine), o
Cruor Cultum já lançou logo de cara um dos maiores álbuns do Black Metal
nacional, o excelente Blood Days on the
Altar (2004) (que por sinal foi relançado em vinil esse ano pela Mutilation
Records). Mas após isso, infelizmente um hiato se seguiu e nada mais foi
lançado.
Mas eis que após 10 anos, Lord Mephyr,
responsável pelos vocais, guitarras, baixo e teclados e agora acompanhado pelo
baterista Leandro Gavazzi (Divine Uncertainty, ex-Pentacrostic), ressurge com Crown of Beast. E vejam bem, aqui,
quando falo de Black Metal, não me refiro a essas sonoridades atuais,
exageradamente orquestradas e melódicas, totalmente acessíveis a pessoas de
ouvidos mais delicados, mas sim do mais puro Raw Black Metal, cru, odioso e
extremo. Não existem concessões a sonoridades mais comerciais aqui, então, se
você for sensível demais, certamente estará escondido debaixo da cama,
assustado e com os ouvidos sangrando, antes do final de “Bloodlet Throne”, primeira faixa após a introdução. Apesar de não
conseguir se igualar a seu debut, ainda sim estamos diante de um álbum
simplesmente majestoso e talvez, dos mais extremos que iremos escutar em 2014.
Os que não estão acostumados a esse tipo de proposta, certamente estranharão a
rispidez e secura de Crown of Beast, assim como a perversidade que emana de
suas oito faixas (descontada a introdução). Maiores destaques aqui vão para a
já citada “Bloodlet Throne”, “The Lore of
the Fallen”, “Tortuous Shadows” e “Urbis
Atrocia”, por mais que todas as músicas aqui presentes sejam simplesmente
devastadoras.
A produção é simplesmente perfeita para a
proposta do Cruor Cultum e não existe qualquer tipo de ressalva a ser feita a
ela. Nada daquele som limpo e artificial que estamos acostumados nos trabalhos
atuais. Impiedoso com ouvidos e pescoços, esse é daqueles trabalhos indicados
apenas para quem realmente curte música extrema. Se não se encaixa nesse grupo,
recomendo que vá escutar o último do Dimmu Borgir.
NOTA:
9,0
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