segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Cruor Cultum - Crown of Beast (2014)




Cruor Cultum - Crown of Beast (2014)
(Pazuzu Records - Nacional)

1. No Mercy (Intro)
2. Bloodlet Throne
3. Drink, Women, Beating to the And
4. The Lore of the Fallen
5. Libata Cruor
6. Tortuous Shadows
7. The Sons of the Disobedience
8. Urbis Atrocia
9. Crown of Beasts

Surgido em 2004, através das mãos de Lord Mephyr (Spell Forest, ex-Mythological Cold Towers, ex-Templum, ex-Vulturine), o Cruor Cultum já lançou logo de cara um dos maiores álbuns do Black Metal nacional, o excelente Blood Days on the Altar (2004) (que por sinal foi relançado em vinil esse ano pela Mutilation Records). Mas após isso, infelizmente um hiato se seguiu e nada mais foi lançado.
Mas eis que após 10 anos, Lord Mephyr, responsável pelos vocais, guitarras, baixo e teclados e agora acompanhado pelo baterista Leandro Gavazzi (Divine Uncertainty, ex-Pentacrostic), ressurge com Crown of Beast. E vejam bem, aqui, quando falo de Black Metal, não me refiro a essas sonoridades atuais, exageradamente orquestradas e melódicas, totalmente acessíveis a pessoas de ouvidos mais delicados, mas sim do mais puro Raw Black Metal, cru, odioso e extremo. Não existem concessões a sonoridades mais comerciais aqui, então, se você for sensível demais, certamente estará escondido debaixo da cama, assustado e com os ouvidos sangrando, antes do final de “Bloodlet Throne”, primeira faixa após a introdução. Apesar de não conseguir se igualar a seu debut, ainda sim estamos diante de um álbum simplesmente majestoso e talvez, dos mais extremos que iremos escutar em 2014. Os que não estão acostumados a esse tipo de proposta, certamente estranharão a rispidez e secura de Crown of Beast, assim como a perversidade que emana de suas oito faixas (descontada a introdução). Maiores destaques aqui vão para a já citada “Bloodlet Throne”, “The Lore of the Fallen”, “Tortuous Shadows” e “Urbis Atrocia”, por mais que todas as músicas aqui presentes sejam simplesmente devastadoras.
A produção é simplesmente perfeita para a proposta do Cruor Cultum e não existe qualquer tipo de ressalva a ser feita a ela. Nada daquele som limpo e artificial que estamos acostumados nos trabalhos atuais. Impiedoso com ouvidos e pescoços, esse é daqueles trabalhos indicados apenas para quem realmente curte música extrema. Se não se encaixa nesse grupo, recomendo que vá escutar o último do Dimmu Borgir.

NOTA: 9,0


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