segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Vakan – Vagabond (2018)


Vakan – Vagabond (2018)
(MS Metal Records – Nacional)


01. Orbis
02. Beyond Mankind
03. Russian Roulette
04. Moving On
05. Euphoria
06. Diary of P. Stuart
07. Interlude: Eremita
08. The Flow of Matter
09. Presumption of Guilt – ótima, variada
10. Vagabond Pt I – Princes and Principles
11. Vagabond Pt II – Utopia
12. Vagabond Pt III – 1st Law: Chaos
13. Vagabond Pt IV – Epitome, Epitaph

O Rio Grande do Sul sempre gerou ótimas bandas nas vertentes mais extremas do Metal, mas eventualmente podemos observar bons nomes oriundos de estilos mais tradicionais vindos de lá. Surgido no ano de 2010, na cidade de Santa Maria, o quarteto Vakan é um nome que se encaixa com perfeição nesse caso. Formado por Matheus Oliveira (vocal), Alexandre Marinho (guitarra), Natanael Couto (baixo) e Lucas Oliveira (bateria), lançaram um EP em 2012, Freeze!, e no final do ano passado finalmente soltaram seu debut, Vagabond.

Apresentando um Heavy/Power que não nega a influência de medalhões como Iron Maiden, Judas Priest e Helloween, fogem da simples emulação inserindo elementos de música regional em sua sonoridade, que surgem de maneira muito equilibrada e bem encaixados nas canções. Suas canções mostram boa coesão, energia, técnica na medida e bons desempenhos individuais dos músicos envolvidos. É uma música que se deixa escutar com bastante facilidade, e que cativa os fãs do estilo sem muito esforço. Ajuda muito nisso não só as melodias agradáveis, como também a variedade, já que conseguem equilibrar bem passagens mais rápidas com outras mais cadenciadas.


Após a introdução com “Orbis”, temos uma sequência de 4 canções bem diretas e enérgicas, que ajudam demais na boa impressão que o álbum deixa. “Beyond Mankind” não nega as suas influências de Iron e Judas, com boas melodias, refrão marcante e bom trabalho vocal. “Russian Roulette” é outra que se destaca pelo bom trabalho de guitarra, assim como “Moving On”. Euphoria possui boas melodias e um ótimo refrão. Daí para frente, a banda começa a se diferenciar da concorrência, com a introdução de ritmos regionais em sua música. E vale dizer que fazem isso com competência ímpar, sem exageros. “Diary of P. Stuart” mescla bem esses elementos com o Heavy/Power da banda, contando inclusive com um acordeom, o que se repete no interlúdio “Eremita”. Guiada por um violão “The Flow of Matter” é uma das canções mais belas de todo álbum, enquanto “Presumption of Guilt” se mostra bem variada. Mas o ponto alto sem dúvida, são as 4 partes da faixa-título, que encerra o álbum. Passagens pesadas se misturam com outras acústicas e com influência de música regional, resultando em uma música riquíssima e muito variada.

A produção ficou por conta da banda e de Leo Mayer, sendo que este último também foi o responsável pela mixagem e masterização. Dentro das dificuldades que conhecemos do nosso underground, o resultado é bom, equilibrando peso, clareza e crueza, não comprometendo o CD. Talvez um pouco menos de crueza no próximo trabalho, mas isso faz parte do processo de crescimento de uma banda. Já a capa foi obra de Rafael Sarmento. Com Vagabond, o Vakan se credencia como uma das bandas mais promissoras do cenário nacional, valendo ficar muito atento aos seus próximos passos. Se você curte Heavy/Power de qualidade, não vai se arrepender de escutar Vagabond.

NOTA: 83

Vakan é:
Matheus Oliveira (vocal);
Alexandre Marinho (guitarra);
Natanael Couto (baixo);
Lucas Oliveira (bateria).

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