quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Verthebral - Regeneration (2017)


Verthebral - Regeneration (2017)
(Nomade Records/Tales from the Pit Records/Eclipsys Lunarys Productions/Extreme Sound Records/Thrash or Death Records/Totem Records – Nacional)


01. Apocalyptic Seasons (Intro)
02. Place of Death
03. Spirit in Solitude
04. Regeneration
05. Beyond the Garden of Creation
06. Without Any God
07. Old Man’s Memories
08. The Plague of Insomnia
09. Immaterial Essence of Things
10. Inside of Me
Adultery of Soul EP (Bônus):
11. Intro: Final Thoughts
12. Human Limitation
13. Adultery of Soul
14. I Am the Vulture
15. Confronting Lies

O Verthebral foi formado no ano de 2013, em Ciudad del este, no Paraguai, mas poderia muito bem ter surgido na Flórida, no início dos anos 90. E acredite, isso não é exagero. O Death Metal que o quarteto formado por Cristhian Rojas (vocal/baixo), Daniel Larroza (guitarra), Alberto Flores (guitarra) e Gabriel Galeano (bateria) pratica, não nega a influência de bandas como Deicide, Cannibal Corpse, Obituary, Morbid Angel, Death ou Malevolent Creation, só para ficar em alguns exemplos. Isso significa que estamos diante de pura emulação? Não é bem assim.

Claro, é inegável que seu debut, Regeneration, não prima pela originalidade, e que na teoria, não apresentam nada fora dos padrões do que já escutamos em trabalhos anteriores dos nomes citados no parágrafo acima, mas a paixão e a sinceridade que imprimem em cada nota tocada aqui, acaba por se tornar um diferencial para a música do Verthebral. Os vocais guturais estão dentro do que se espera, enquanto as guitarras despejam não só riffs bem fortes e raivosos, como também acertam nos solos. A parte rítmica faz um belíssimo trabalho, mostrando muito boa técnica, com linhas de baixo bem fortes e uma bateria variada. São os principais responsáveis pela boa diversidade do álbum.


As 10 canções que compõem Regeneration são impiedosas com os tímpanos menos treinados no estilo, já que tem aquela crueza e agressividade típicas do período. Meio a toda a brutalidade, podemos notar algumas melodias aqui e ali, o que só enriquece mais o trabalho da banda. Podemos perceber também uma boa qualidade nos arranjos, mostrando que estamos diante de um nome muito promissor e que pode crescer demais nos próximos anos. Entre os destaques, eu apontaria a enérgica “Place of Death”, com um bom trabalho de baixo/bateria, a bruta “Regeration”, a ótima “Beyond the Garden of Creation”, variada, bem-arranjada e com melodias interessantes, “The Plague of Insomnia”, que mescla bem partes cadenciadas com outras mais velozes – uma característica de todo o CD, vale dizer –, e a grudenta “Immaterial Essence of Things”, que é dessas canções que ficam na sua cabeça por horas. Vale dizer que a edição brasileira vem com o EP Adultery of Soul (15) de bônus.

A produção, mixagem e masterização foram realizadas por Alberto SantaCruz, e o resultado é bom, já que conseguiu deixar tudo bem claro e audível, sem que para isso tivesse que abrir mão daquele ar mais cru e de boas doses de sujeira, algo obrigatório quando falamos do estilo. A capa de Marcos Miller se encaixou com perfeição na proposta sonora do quarteto. O encarte da versão nacional foi obra de Filipe Silva. Como já dito, o Verthebral não apresenta nenhuma grande novidade, mas se ainda não possui aquela identidade que te permite reconhecer a banda de primeira, deixa muito evidente o potencial existente para conseguir alcançar tal objetivo. Se você é fã dos nomes citados na resenha, pode ir sem medo, já que Regeneration foi feito sob medida para que aprecia o bom e velho Death Metal dos anos 90.

NOTA: 79

Verthebral é:
Cristhian Rojas (vocal/baixo);
Daniel Larroza (guitarra);
Alberto Flores (guitarra);
Gabriel Galeano (bateria).

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