Def Leppard - Def Leppard (2015)
(Shinigami Records – Nacional)
01. Let's Go
02. Dangerous
03. Man Enough
04. We Belong
05. Invincible
06. Sea of Love
07. Energized
08. All Time
High
09. Battle of My
Own
10. Broke 'n'
Brokenhearted
11. Forever
Young
12. Last Dance
13. Wings of An
Angel
14. Blind Faith
Eis
que após 7 anos de hiato, desde o lançamento do pavoroso Songs from the Sparkle Lounge, o Def Leppard retorna com um novo
trabalho de estúdio, o 11° em 38 anos de carreira. E o que esperar do veterano grupo
britânico após tanto tempo de estrada e uma carreira consolidada e forjada hits
grudentos e com inegável pegada pop? Bem, no meu caso, confesso que
absolutamente nada relevante.
Mas
se faz necessário lembrar que esse mesmo grupo lançou grandes álbuns no
passado, como On Through the Night (80),
High 'n' Dry (81), Pyromania (83) e Hysteria
(87). Até mesmo Adrenalize (92)
tem seus méritos. Ou seja, mesmo que de Slang
(96) em diante a banda tenha começado a descer a ladeira como uma betoneira
sem freio e descontrolada (no pior sentido da palavra) e o desastre do último
álbum fosse questão de tempo, os fãs (algo que confesso, nunca fui) sempre
mantiveram uma ponta de esperança de o Leppard recuperar ao menos algo da
energia do passado.
Pois
bem, para esses digo que finalmente podem respirar aliviados, já que em seu
auto-intitulado trabalho, podemos ver um pouco daquela chama oitentista da
banda. Passeando por todas as fases de sua carreira, conseguiram apresentar, se
não algo digno de seus clássicos, ao menos uma música muito mais enérgica do
que tudo que lançaram pós-Adrenalize. Joe Elliott está cantando muito bem,
mostrando estar ainda em plena forma, enquanto Phil Collen e Vivian Campbell
conseguem empolgar em muitos momentos, com um trabalho de guitarras bem legal e
que não era apresentado há tempos. Destaque também para a parte rítmica, com o baterista
Rick Allen e principalmente, o baixista Rick Savage, que brilha em vários
momentos.
Claro
que nem tudo são flores por aqui, já que aquele pop/rock pronto para tocar nas
rádios se faz presente em diversos momentos, principalmente nas baladas
presentes, que confesso, achei bem fracas. Não que esse lado comercial seja
algo ruim, mas o problema é que em alguns momentos o quinteto pesa um pouco na
mão e exagera no comercialismo. Felizmente os refrães grudentos (algo no qual
são mestres), os bons coros que pipocam aqui e ali e o clima oitentista que
acabam por passar uma boa vibração, acabam sendo em maior número.
Os destaques aqui ficam por conta de “Let’s Go”, “Dangerous”, “Invincible”,
“Sea of Love”, “All Time High”, “Broke 'n' Brokenhearted” e “Wings of An Angel”, temas que irão
agradar em cheio aqueles que apreciam o trabalho do Def Leppard. Agora, se você
não se encaixa nessa descrição, não serão elas que irão fazer com que mude de
idéia a respeito do quinteto.
Um
dia o Leppard voltará a fazer algo como no seu período clássico, entre 80 e 87?
Sinto lhe informar, mas não, simplesmente pelo fato de que não precisam se
arriscar sair de sua zona de conforto, pois sua carreira está mais do que
estabilizada e em time que está ganhando, não se mexe (ao menos é o que diz o
ditado). Ainda sim, mesmo que esse não seja um trabalho brilhante, passa longe
da mediocridade dos últimos álbuns e se mostra digno da carreira dos ingleses.
E sem mais, é o Def Leppard lançando um álbum ao estilo Def Leppard, para
alegrar o fã de Def Leppard. Então, se você o é, pode comprar sem medo.
NOTA: 7,5
Def Leppard é:
- Joe Elliott (Vocal)
- Phil Collen (Guitarra)
- Vivian Campbell (Guitarra)
- Rick "Sav" Savage (Baixo)
- Rick Allen (Bateria)
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