Ah, as tão polêmicas listas de final de ano. Muitos
contestam a necessidade das mesmas, afinal gosto é algo relativo, mas sempre
existirão seus defensores. Eu particularmente adoro listas, mesmos que seja
para falar mal das mesmas (o que não significa que precisem falar mal da minha,
ok hehehe).
Quando resolvi fazer essa lista decidi o seguinte: não
estabelecer uma meta e quando alcançasse a meta, dobrar a mesma, já que eu
tinha certeza absoluta que ao fechar tal lista, lamentaria ter deixado algo de
fora.
A quantidade de ótimos trabalhos em 2015 foi grande e a
dificuldade para selecionar os 20 foi imensa. Muitos álbuns que eu gostaria de
ter incluído na lista acabaram por ficar de fora e sendo assim, cabe menções
honrosas a diversos trabalhos.
- Blind Guardian –
Beyond The Red Mirror
- Dr. Living Dead! – Crush
The Sublime Gods
- Faith No More – Sol
Invictus
- Keep Of Kalessin –
Epistemology
- Marduk –
Frontschwein
- Motörhead – Bad
Magic
- Jorn Lande &
Trond Holter – Dracula: Swing Of Death
- Deafheaven – New
Bermuda
- Arcturus – Arcturian
- Negura Bunget – Tău
- Raise Hell – Written
In Blood
- Lucifer – Luvifer I
- Shape Of Despair –
Monotony Fields
- Skepticism – Ordeal
- Bleeding Eyes –
Gammy
- Unleashed – Dawn Of
The Nine
E acreditem, teve trabalho que eu gostaria de ter citado
aqui e que simplesmente optei por deixar de fora. Isso só mostra que 2015 foi
um ano repleto de ótimos trabalhos espalhados por todas as vertentes do estilo.
Mas vamos lá! Eis os 20 álbuns internacionais que se destacaram aos meus
ouvidos.
20. Inner Sanctum –
Legions Awake
Sim amigo, na Índia também se faz Metal de qualidade.
Legions Awake foi um dos melhores lançamentos de Thrash de 2015, graças a
mescla de sonoridades mais tradicionais e mais modernas. Imagine um encontro
entre Testament e Lamb Of God e terá ideia do poder de fogo desse álbum. E ele
ainda conta com participações especiais de James Murphy (Cancer,
Disincarnate, ex-Testament, ex-Obituary, ex-Death), Christopher Amott
(Armageddon, ex-Arch Enemy) e Daniel Mongrain (o Chewy, do Voi Vod).
19. Ultra-Violence –
Deflect The Flow
E não é que o Ultra-Violence passou no teste do segundo
álbum!!!! Esses italianos conseguiram lançar um álbum que superou seu brilhante
debut, mostrando que as expectativas geradas não foram exageradas. Simplesmente
uma aula de Retrô Thrash dessa que é uma das melhores bandas da nova geração do
estilo.
18. Huntress – Static
Um trabalho enérgico, forte, com guitarras pesadas, refrães marcantes, os pés fincados no Metal oitentista e claro, Jill
Janus e sua voz marcante. É isso
que você irá encontrar no 3º álbum de estúdio do Huntress, que consolida de uma
vez por todas o nome da banda no cenário do Metal.
17. Sabbath Assembly
– Sabbath Assembly
Misturando Occult Rock, Psicodélico e Doom Metal, aliado a riffs sinistros, ótimas harmonias
e aos vocais de Jamie Myers, uma das melhores vozes femininas do cenário atual,
o Sabbath Assembly vai fazer você sentir meio a uma missa satânica durante a
audição desse álbum.
16. A Sound Of
Thunder – Tales From The Deadside
Heavy/Power tipicamente
americano e que mescla com ampla
competência momentos mais pesados com
outros mais melódicos. E para
completar, a vocalista Nina Osegueda é simplesmente espetacular, sendo talvez o
maior destaque do álbum. Se você ainda não conhece o trabalho do A Sound Of
Thunder, corra atrás, pois não vai se arrepender.
15. Slayer –
Repentless
E aos que temiam o futuro do Slayer sem Jeff
Hannemann, eles simplesmente responderam com Repentless, talvez seu melhor
álbum dos últimos 20 anos. Pesado, furioso, agressivo e brutal como só o Slayer
consegue ser, esse é daqueles trabalhos que ficam melhores a cada audição e deixam
o ouvinte viciado.
14. Borealis –
Purgatory
Quem disse que Power Metal precisa ser clichê? O canadense
Borealis provou que é possível não soar repetitivo dentro de um estilo
desgastado pela falta de criatividade de seus principais nomes. Power, Metal
Sinfônico e Prog se misturam para gerar uma sonoridade interessante e própria.
E como canta esse Matt Marinelli!
13. The Gentle Storm
– The Diary
Um trabalho que une a mente criativa de Arjen Anthony Lucassen e a voz exuberante e perfeita de Anneke
van Giersbergen não tem como dar
errado. E realmente não deu. Com o CD 1 tendo uma pegada Folk/Acústica e o CD 2
tendo as mesmas músicas, mas com uma sonoridade mais pesada e que envereda
pelos campos do Progressivo Sinfônico, The Diary encanta e pela beleza de suas
melodias e pelas emoções que é capaz de despertar.
12. Swallow The Sun –
Songs From The North I, II & III
Talvez o mais épico e ousado trabalho de 2015. Quantas
bandas nos dias de hoje teriam coragem de lançar um álbum triplo com mais de 2h30min
de duração? Bem, esses finlandeses tiveram. Aqui, cada cd mostra um aspecto da
sonoridade do Swallow The Sun, mas tendo a melancolia e os climas tristes como
fio condutor. Um trabalho de qualidade inquestionável e que marca o auge
criativo do STS.
11. Saxon – Battering
Ram
Heavy Metal inglês da melhor
qualidade, épico e pesado. O
Saxon volta à mostra força e um vigor e vitalidade absurdos em Battering Ram,
seu melhor e mais pesado trabalho dos últimos 18 anos, mostrando que tem muita
lenha para queimar. E me desculpem, mas aqui é Metal
Tradicional sem frescura e com
muito mais qualidade e relevância que o livro de certa Donzela.
10. Ghost – Meliora
Com o Ghost não existe meio termo. Ou você os ama, ou os
odeia. Em Meliora, mais uma vez não tiveram medo de arriscar, surgindo com um
álbum que mescla o peso de Opus Eponymous com o refinamento de Infestissuman.
Gostem ou não, com Meliora o Ghost provou de uma vez por todas que veio para
ficar!
09. Uncle Acid and
the Deadbeats – The Night Creeper
Simplesmente uma das melhores bandas da nova geração e
certamente a melhor a se enveredar pelos campos do Psycho/Doom/Stoner. Esse é o
Uncle Acid. Riffs pesados e distorcidos, boas melodias e muita viagem em um dos grandes trabalhos
desse ano de 2015.
08. Enslaved – In
Times
Após um hiato de 3 anos, os mestres noruegueses do
Progressive Black/Viking Metal retornaram com um novo álbum. E que álbum amigos! Mesclando suas raízes mais extremas com bases mais melódicas e
progressivas de forma primorosa,
simplesmente lançaram mais um clássico. Como eu disse na época, um álbum único
de uma banda única!
07. Napalm Death –
Apex Predator-Easy Meat
Por ter saído no começo de um ano com ótimos lançamentos,
muita gente por ai pareceu esquecer de Apex Predator-Easy Meat, da lenda Napalm
Death. Aqui você se depara com aquele Grind/Death com pegada Hardcore que marca
a sonoridade da banda, mas com uma brutalidade que beira as raias do absurdo.
Caótico e avassalador!
06. Melechesh – Enki
O Melechesh é certamente um dos nomes mais originais e
instigantes surgidos na história
do Metal. Apresentando seu Black Metal pesado, agressivo, mas também melódico e
carregado de elementos étnicos, mostraram a categoria de sempre e conseguiram
superar os incríveis álbuns anteriores, lançando seu melhor trabalho até hoje.
05. Cattle
Decapitation – The Anthropocene Extinction
Enérgico, técnico e principalmente, brutal. Elevando seu Death/Grind
Progressivo um patamar acima da concorrência, o Cattle Decapitation manteve sua
evolução, chegando a esbarrar no Black Metal em alguns momentos. The
Anthropocene Extinction é fácil fácil, o melhor álbum de Metal Extremo de 2015!
04. Moonspell –
Extinct
Agressivo, mas sem abrir mão de seu lado gótico/melódico.
Isso define o que o ouvinte encontra em Extinct, um dos melhores trabalhos de
2015 e capaz de rivalizar com os clássicos Wolfheart e Irreligious. Simplesmente
viciante e que por pouco, não encabeçou essa lista!
03. Baroness – Purple
E no fechar das cortinas, o Baroness surgiu com seu novo
álbum, Purple, causando grande alvoroço. Após o grave acidente de 2012, que
quase custou a existência da banda, retornaram renovados e apresentando seu trabalho
mais forte até hoje. Pesado, mas com aquela dose característica de psicodelia e
recheado de belas melodias, ele poderia ser tranquilamente o lançamento do ano,
se não fosse por 2 motivos que serão listados logo abaixo.
AND OSCAR GOES
TO.....
Sim colegas, temos 2 ganhadores aqui, porque simplesmente
não consegui definir qual o melhor álbum internacional de 2015.
01. Amorphis – Under
The Red Cloud
Reinvenção. Essa é a melhor definição para Under The Red
Cloud. Mais uma vez, sem precisar de mudanças drásticas, o Amorphis se renovou
e apresentou esse que talvez seja seu melhor álbum até hoje. Passagens onde a
veia progressiva se faz presente, momentos épicos/sinfônicos, melodias
folclóricas e Tomi Joutsen simplesmente brilhante, credenciam esse álbum ao
posto de melhor do ano.
01. Paradise Lost –
The Plague Withhin
Eis que o Paradise Lost resolveu colocar um pé no passado em
seu novo trabalho. Sim, aqui temos a volta dos vocais urrados e diversos
momentos que remetem aos primeiros trabalhos do grupo inglês. Ainda sim, não
abriram mão da sonoridade adotada nos últimos trabalhos e o resultado é uma
mescla perfeita do passado e do presente da banda. Um álbum colossal e que
chega perto de rivalizar com o magnânimo Draconian Times.
sera que algeum ai ouviu ereb altor nattramn
ResponderExcluirInfelizmente é impossível conseguir escutar tudo que sai durante o ano. Devo ter resenhado algo próximo dos 400 álbuns em 2015 e escutando pelo menos uns 600 e mesmo assim, minha caixa de emails está lotada de cd's que recebo de assessorias de imprensa no exterior. E com certeza deve ter coisa ali no meio que poderia vir até mesmo a entrar nessa lista.
ExcluirConfesso que não escutei o novo do Ereb Altor (e olha que ele saiu no primeiro semestre), então nem poderia falar algo a respeito do Nattramn. Mas conhecendo a banda, tenho certeza que deve ser um ótimo álbum. De qualquer maneira, terei que dar um jeito de escutar o mesmo antes do novo álbum que sai agora em fevereiro!