quinta-feira, 19 de março de 2015

Storm - Nordavind (1995)




Storm - Nordavind (1995)
(Moonfog Productions)

01. Innferd
02. Mellom Bakkar Og Berg
03. Håvard Hedde
04. Villemann
05. Nagellstev
06. Oppi Fjellet
07. Langt Borti Lia
08. Lokk
09. Noregsgard
10. Utferd

Bem, hoje resolvi resenhar um clássico quase esquecido do Metal norueguês. Atualmente poucas pessoas conhecem o Storm, mas quem viveu a primeira metade dos anos 90 certamente se lembra desse projeto de Folk Metal idealizado pelo Sr.Herr Nagell em companhia do Sr. S.Wongraven, ou se preferirem, Fenriz (Darkthrone) e Satyr (Satyricon). Aos dois servos do Capiroto, se juntou a voz angelical de ninguém menos que Kari Rueslåtten (3rd and The Mortal).
A idéia aqui era simples. Fazer uma homenagem a Noruega através de versões metalizadas de músicas folclóricas do país, ou seja, nada de canções intrincadas e da complexidade adotada por muitas bandas atuais do estilo. O mote de Nordavind é a simplicidade, com riffs crus, pesados e cortantes (a cargo de Satyr, que também tocou baixo e teclado, além de fazer alguns vocais) unidos a uma bateria (tocada por Fenriz) que conduz tudo de forma cadenciada, aproximando assim a sonoridade da banda do Black Metal. Na verdade, qualquer das músicas aqui poderiam ter entrado em Høstmørke, segundo álbum do Isengard, projeto Black/Folk de Fenriz e que saiu cerca de 5 meses depois de Nordavind. Mas o grande diferencial desse trabalho está no trabalho vocal. Satyr e Fenriz, que canta de uma forma bem profunda e parecida com o que fazia no Isengard, concentram a maioria dos vocais e se saem muito bem na função, mas quando Kari Rueslåtten surge, tudo toma outra dimensão. Uma pena que dos três, ela seja justamente a que menos aparece (apesar de ser a que mais brilha). Com 10 músicas e pouco mais de 33 minutos, duas faixas em especial acabam se destacando, pois tomam quase metade de Nordavind, “Langt Borti Lia” e “Noregsgard”, mas vale à pena destacar “Villemann”, “Nagellstev” e “Oppi Fjellet”.
Por sinal, “Oppi Fjellet” acabou determinando o fim do Storm logo após o lançamento do álbum. Explica-se: Kari não queria citações anticristãs no álbum, mas em um determinado momento do processo de gravação, Satyr introduziu alguns elementos na letra dessa música sem o seu conhecimento, o que causou o descontentamento de Rueslåtten e sua conseqüente saída do Storm. Uma pena, pois esse era um projeto que parecia ter um futuro brilhante caso lançassem um segundo álbum. Não é um CD fácil de ser encontrado, mas caso alguém se depare com ele, a aquisição vai valer muito a pena.

NOTA: 9,0 



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