Nightwish
- Endless Forms Most Beautiful (2015)
(Nuclear
Blast Records – Importado)
01. Shudder Before the Beautiful
02. Weak Fantasy
03. Elan
04. Your’s is an Empty Hope
05. Our Decades in the Sun
06. My Walden
07. Endless Forms Most Beautiful
08. Edema Ruh
09. Alpenglow
10. The Eyes of Sharbat Gula
11. The Greatest Show on Earth
Que o Nightwish é uma das principais
bandas do cenário atual do Metal ninguém ousa discutir, gostando ou não de seu
trabalho. Mas também é indiscutível que desde a saída de Tarja, os finlandeses
mergulharam em um período turbulento. Sua substituta, Anette Olzon, sofreu
certa rejeição por parte dos fãs e os álbuns com ela lançados, Dark Passion Play (07) e Imaginaerum (11)
não são nenhuma unanimidade. Some-se a isso o fato de Tuomas Holopainen não
parecer lá um sujeito muito fácil de se conviver e o resultado óbvio foi a
demissão da vocalista. Pressionado para encontrar uma substituta do mesmo nível
que Tarja, para não ocorrer no erro anterior, foi no certo convidou ninguém
menos que Floor Jansen para o posto. Com alguém de tão alto porte (em todos os
sentidos), a expectativa por Endless
Forms Most Beautiful era enorme, pois todos queriam ver como se daria tal
formação em estúdio (ao vivo já provou ser imbatível).
Bem, o que dizer sobre o novo trabalho
do Nightwish? Simples, não vamos encontrar surpresas aqui, o que acaba por ser
bom e ruim. As partes sinfônicas aparecem aos baldes, com certo exagero em
alguns momentos, beirando a megalomania. E Floor, bem, nem sempre tem espaço para mostrar seu potencial. Um exemplo? Na abertura, “Shudder Before the Beautiful”, acontece
tanta coisa ao mesmo tempo na música que o vocal de Floor acaba sendo pouco exigido.
E isso se repete em outras faixas. A verdade
é que o Metal Sinfônico do Nightwish hoje é muito mais Sinfônico do que Metal,
o que apesar de não ser nenhum demérito, certamente vai incomodar alguns. São
diversos os momentos em que Endless Forms
Most Beautiful soa mais como uma trilha sonora de filme do que com um álbum
de Heavy Metal. Outro ponto controverso aqui se dá na última faixa, “The Greatest Show on Earth”, com seus
24 minutos de duração. Forçando a barra para soar épico, Tuomas enfiou uns 10
minutos a mais de duração totalmente desnecessários na composição e que
acabaram por estragar uma faixa que poderia ser simplesmente brilhante. Nos
momentos em que a mesma foca na música, soa excelente, mas nos demais acaba por
ser cansativa. Isso tudo significa que o 8º álbum de estúdio do Nightwish é uma
bomba sem tamanho? Longe disso, já que mesmo soando exageradamente sinfônico em
muitos momentos, a verdade é que Tuomas é um compositor de mão cheia. Então,
sim, temos aqui diversas faixas que podem remeter o ouvinte aos trabalhos do
início da carreira e onde Floor simplesmente mostra uma competência absurda,
seja sozinha ou com a ajuda do baixista Marco Hietala (outro grande diferencial
da banda). Nesse grupo estão “Weak Fantasy”,
“Your’s is an Empty Hope”, “Endless Forms Most Beautiful” e “Alpenglow”. Já faixas como “Elan” ou “Edema Ruh”, simplesmente não comprometem.
A produção aqui ficou a cargo do chefão Tuomas
Holopainen. Não é menos que perfeita. Na mixagem, os trabalhos couberam a ele,
Mikko Karmila (Children Of Bodom, Amorphis, Avantasia, Impaled Nazarene, Edguy
e mais uma pá de bandas legais) e Tero Kinnunen (Amorphis, Ensiferum, Delain,
dentre outras). Na masterização, Mika Jussila (Angra, Amorphis, Doro, DragonForce,
Avantasia, etc). A bela capa é responsabilidade de ToxicAngel (Sonata Arctica, Tarot,
Nightwish). Endless Forms Most Beautiful passa
longe de ser brilhante, mas a milhas de distância de ser uma desgraça. Tuomas,
malandro como ele só, mesclou exageros sinfônicos com passagens mais pesadas,
em um esforço para agradar os defensores de ambos os lados. Bem, podemos dizer
que aqui, entre mortos e feridos salvaram-se quase todos. É um álbum legal e
só....
NOTA:
7,5
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