Exodus
– Bonded by Blood (1985)
(Torrid
Records/Combat Records)
01. Bonded By Blood
02. Exodus
03. And Then There Were None
04. A Lesson In Violence
05. Metal Command
06. Piranha
07. No Love
08. Deliver Us To Evil
09. Strike Of The Beast
Segunda, ao chegar do serviço e abrir o
Facebook, deparei-me com um desafio muito interessante do amigo Marcos Garcia, responsável
pelo site Metal Sansara, a mim e aos colegas da imprensa musical. Resenhar o
primeiro álbum que tivemos. E como aqui não tem mimimi, desafio proposto,
desafio aceito.
Por uma dessas coincidências legais da
vida, Bonded by Blood não só foi o
primeiro álbum que tive, como também poucos meses antes de sua aquisição, o
responsável por me fazer gostar de Metal. Quase 26 anos se passaram e ainda
hoje se mantêm vivo em minha memória o que senti ao escutar a faixa título
explodindo nos falantes do som de um amigo, onde posteriormente eu e diversos
outros colegas nos juntaríamos semanalmente para escutar o bom e velho Heavy Metal.
Mais do que tudo, escrever essa resenha me transporta diretamente para 1989, para
lembranças de um tempo onde não existiam maiores preocupações além de jogar meu
futebol e bater cabeça ao som de algum vinil de Thrash ou Death Metal. Faz também
com que eu me pergunte que rumos na vida tomaram colegas como Marçal,
Claudinho, Marcelo “Espeto”, Paulo “Cabeção”, Luiz, Tiago, Beto e tanto outros
com os quais dividi tardes e mais tardes ao som de bandas como o Exodus,
Testament, Kreator, Death, Obituary e tantas outras que fizeram parte da minha
formação metálica no que tange vertentes mais extremas. Que assim como eu,
ainda estejam por ai batendo cabeça. Mas deixemos todo saudosismo de lado e
falemos do álbum em questão.
Até hoje me pergunto o que teria sido do
Exodus, se Bonded by Blood tivesse
sido lançado em 1983 e não dois anos depois, afinal, como dizia um velho amigo,
as 9 faixas que compõem esse trabalho conseguem ser 666 vezes mais maléficas
que qualquer música presente no Kill ‘Em
All (prevejo mimimis por isso). Raivoso e furioso do início ao fim, muitas
são as qualidades que fazem deste um dos maiores clássicos não só do Thrash Metal,
como do Metal em todos os tempos. Gary Holt e Rick Hunolt (que dois anos antes
havia entrado no lugar de Kirk Hammet) despejam riffs e mais riffs que apesar
de simples, possuíam uma ferocidade ainda não vista dentro do estilo, enquanto
a cozinha composta por Rob McKillop (baixo) e Tom Hunting faz um belíssimo
trabalho. Aliás, já na estréia do Exodus, Hunting se mostrava um dos melhores
bateristas do estilo, com uma atuação mortífera. Mas o grande diferencial aqui
se chamava Paul Baloff, que com sua voz e suas atitudes, talvez tenha sido a
personificação máximo do que é Thrash Metal. Não, o saudoso Paul nunca foi um
primor de técnica, mas a energia descomunal e avassaladora que imprimia as músicas
com seus vocais gritados é algo que até hoje me impressiona. Na minha visão, o nível
de letalidade apresentado aqui só foi equiparado pelo Slayer, que no ano
seguinte lançou o magnânimo Reign In Blood. Destacar músicas aqui é covardia,
já que estamos falando de um clássico, mas se não acredita em minhas palavras,
experimente escutar musicas como “Bonded
By Blood”, “A Lesson In Violence”, “Piranha”, “Deliver Us To Evil” ou “Strike Of The Beast” e tente ficar com
o pescoço inteiro. Em suma, uma verdadeira lição de violência.
NOTA:
10
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