Melechesh
- Enki (2015)
(Nuclear
Blast Records - Importado)
1. Tempest Temper Enlil Enraged
2. The Pendulum Speaks
3. Lost Tribes
4. Multiple Truths
5. Enki - Divine Nature Awoken
6. Metatron and Man
7. The Palm the Eye and Lapis Lazuli
8. Doorways to Irkala
9. The Outsiders
Oriundo de Israel e atualmente radicado
na Holanda (devido a problemas com autoridades religiosas de Jerusalém, além de
algumas questões pessoais e profissionais), o Melechesh é certamente um dos
nomes mais originais e instigantes surgidos no Metal em todos os tempos. Seu
Black Metal pesado, mas ao mesmo tempo melodioso e carregado de elementos
étnicos, mas sem precisar apelar para a pomposidade e exageros de algumas
bandas por ai, faz dele um nome único na cena.
Vindo de uma sucessão incrível de 3
álbuns, Enki vem suceder o melhor
deles, The Epigenesis (10).
Definitivamente essa era uma missão espinhosa. Mas Ashmedi, o grande nome por
de trás do Melechesh não se fez de rogado e após passar por uma instabilidade
na formação da banda, trouxe de volta Lord Curse (baterista entre 94 e 99) e
Moloch (guitarra e instrumentos étnicos, que havia saído em 2013), além de
recrutar o baixista Scorpios, tudo para lançar aquele que tem tudo para ser o
melhor álbum dos israelitas até hoje. Como já falado, o Black Metal praticado
aqui consegue ser ao mesmo tempo agressivo e melódico, em grande parte devido à
musicalidade tipicamente oriental que é incorporada de forma absurdamente
natural as músicas. Essa personalidade única e sem igual, tira o Melechesh da
vala comum que a maior parte das bandas de Metal anda se enfiando, mesmo as que
arriscam incorporar elementos étnicos a sua música. Vocal tipicamente Black e
assustadores, ótimos riffs e solos (que dão um clima todo especial), uma parte
rítmica absurdamente técnica, pesada e variada e temas líricos que abordam o
Oriente Médio, tudo isso unido gera um álbum capaz de deixar até os bangers
mais experientes de queixo caído. Para enriquecer ainda mais Enki, temos participações especiais dos
vocalistas Max Cavalera (Soufly, Cavalera Conspiracy, Killer Be Killed,
ex-Sepultura) em “Lost Tribes” e
Sakis Tolis (Rotting Christ, Thou Art Lord) em “Enki - Divine Nature Awoken” e do guitarrista Rob Caggiano
(Volbeat, ex-Anthrax) na faixa “The Palm
the Eye and Lapis Lazuli”. Destaques? Vocês estão loucos de me pedir para
apontar destaques em um álbum com 9 faixas que beiram a perfeição. Escolha
qualquer uma aqui, pode ser as já faladas, ou “Tempest Temper Enlil Enraged”, “The Pendulum Speaks” ou a
magnânima “The Outsiders” e até mesmo
as que não citei nominalmente, qualquer uma delas será capaz de demonstrar o
altíssimo nível de criatividade e qualidade alcançado pelo Melechesh.
O álbum foi produzido pelo próprio
Ashmedi e a mixagem e masterização ficou sobre responsabilidade de Jonas
Kjellgren (Overkill, Belphegor, Amorphis, Immortal, Hypocrisy, Dark Funeral).
Conseguiram deixar tudo muito limpo, mas absurdamente pesado, beirando assim a
perfeição. Já a belíssima capa é um trabalho de John Coulthart, com arte
adicional de Vincent Fouquet.
Agressivo, pesado, melódico, versátil,
único. Qualquer um desses adjetivos pode definir de alguma forma a música
presente em Enki. Beirando a
perfeição, o Melechesh chega a seu auge criativo, não só com seu melhor álbum,
como também com um trabalho que é forte candidato a melhor de 2015. Para onde
seguir agora? Bem, a resposta só no próximo álbum de estúdio.
NOTA:
9,5
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