Moonspell
– Extinct (2015)
(Napalm
Records – Importado)
01. Breathe (Until We Are No More)
02. Extinct
03. Medusalem
04. Domina
05. The Last Of Us
06. Malignia
07. Funeral Bloom
08. A Dying Breed
09. The Future Is Dark
10. La Baphomette
Se formos contar a fase Morbid God, o
Moonspell está emplacando seu vigésimo sexto ano de vida. Nesse tempo, sempre
se mostrou uma banda inquieta musicalmente, passando por diversas fases em sua
carreira. Black, Death, Industrial, Gothic, sempre um desses elementos
predominou em algum momento desses 26 anos. Seu último álbum, Alpha Noir (12), explorava o lado mais
agressivo da banda, mas trouxe de bônus um segundo álbum, Omega White, onde seu lado mais gótico e melódico predominava,
retratando a banda em toda a sua pluralidade e presenteando os fãs com dois
excelentes trabalhos.
Já em Extinct, encontramos a união desses dois lados apresentados no
trabalho anterior, já que a agressividade de Alpha Noir e a goticidade de Omega
White aparecem sintetizadas de forma magistral em uma sonoridade única e
que só o Moonspell é capaz de alcançar. Sim, fale o que quiser, mas banda
alguma no mundo consegue soar como o Moonspell, pois faltam a elas itens como a
voz única e inconfundível de Fernando Ribeiro (para mim, sempre será o
principal instrumento dos portugueses), que consegue ir do vocal agressivo para
o limpo com uma naturalidade que poucos são capazes hoje, os riffs pesados e
solos melódicos despejados pelas guitarras de Ricardo Amorim e Pedro Paixão,
este também responsável pelos teclados que se encaixam perfeitamente as músicas
e uma parte rítmica carregada de talento e variedade como a composta por Aires
(baixo) e Miguel Gaspar (bateria). Falta também a essas bandas, a capacidade de
forjar ótimas harmonias e refrões cativantes, desses que grudam de cara na
memória do ouvinte, a ponto de já na primeira audição você estar cantando o
mesmo junto (vide o da faixa título ou de “The
Last Of Us”), assim como dar a música aquele ar melancólico e carregado de
emoção e obscuridade no qual o Moonspell é mestre. Falta a essas bandas,
sobretudo, a capacidade de viciar o ouvinte em melodias realmente marcantes, a
ponto de você manter o cd no repeat por horas a fio. Destaques? O cd inteiro,
já que sem dúvida estamos diante do melhor trabalho do grupo desde a dupla Wolfheart/Irreligious, mas como sempre
tem alguém que reclama se não der nomes a alguns bois (ou no caso deles,
lobos), experimente escutar “Breathe
(Until We Are No More)”, “Extinct”, “Medusalem” (com toques bem legais de
música oriental), “Funeral Bloom” e “A Dying Breed”.
Claro, os fãs dos momentos mais
Black/Death da banda irão se doer um pouco, já que aqui o foco pende um pouco
mais para o lado melódico, mas fã que é fã do Moonspell curte toda e qualquer
fase da banda (menos o The Butterfly
Effect, porque nem idolatrando os portugueses dá para gostar daquilo) e,
abrindo um pouco mais a cabeça, acabará se deixando envolver e empolgar pelas
10 músicas aqui presentes (na versão Deluxe são 14). Se dúvida alguma, Extinct é a união perfeita do lado
extremo com o lado gótico do Moonspell. Viciante e desde já candidato a álbum
do ano!
NOTA:
9,5
la esta, eu gosto de butterfly fx.E um album um pouco obscuro e deprimentente industrializado! O unico que nao gosto e mesmo o sin/pecado.
ResponderExcluir