No Trauma - Viva Forte Até o Seu Leito de Morte (2016)
(MS Metal Records - Nacional)
01. Fuga
02. Quimera
03. M.M.A
04. Massa de Manobra
05. O Chamado
06. Força
07. Sedativo
08. Demoniocracia
09. Igualdade
10. Algemas do Medo
11. Viva Forte
12. Sawabona Shikoba
Nunca fui lá grande apreciador de Metalcore. Não por ser desses radicais que abominam qualquer sonoridade que fuja do padrão tradicional, mas porque simplesmente as bandas que escutava não conseguiam me prender por mais de uma ou duas músicas. Tudo me soava repetitivo, cansativo, igual demais. E aqueles refrões melódicos com vocais limpos então? Como isso me irritava. Sendo assim, quando soube que o No Trauma se enveredava por essa linha, confesso que fiquei com os dois pés atrás.
Nada é mais recompensador do que você se surpreender com um trabalho. E foi exatamente isso que ocorreu durante a audição de Viva Forte Até o Seu Leito de Morte, álbum de estreia do quarteto oriundo do Rio de Janeiro formado por Hosmany Bandeira (vocal), Tuninho Silva (guitarra), João de Paula (baixo) e Marvin Freitas (bateria). O que mais me despertou a atenção é que acima de tudo, procuram fugir dos clichês do estilo e assim dar a sua música uma identidade própria. Claro, certas características como os vocais agressivos alternando entre o gutural e o gritado, guitarra com afinação mais baixa, baixo e bateria velozes e claro, breakdowns, estão presentes, mas a isso somam-se influências de Groove e Djent que acabam tornando tudo bem interessante.
Outro fato bem legal é que as letras são todas em português. E por sinal, que letras, meus caros amigos. Todas são fortes e têm muito o que dizer, valendo a pena acompanhar as mesmas com o encarte em mãos. Fortes, contestadoras e tão pesadas quando o som da banda. São 12 canções intensas, agressivas, com guitarras sujas, baixo e cozinha impondo muito groove e os vocais variando desde guturais até os limpos. E nesse ponto, cabe destacar, se diferenciam do que estamos acostumados nos estilo, ou seja, nada de refrões melódicos com vocais limpos. A coisa aqui é bem mais bruta e quando os vocais limpos surgem, são muito bem encaixados e agregam qualidade.
Sim, tal fala é clichê, mas sinto grande dificuldade em apontar destaques aqui. A sequência inicial por exemplo, é uma porrada daquelas muito bem dadas e que deixa qualquer um meio grogue, perdido. “Fuga” e “Quimera” são bem agitadas, com ótimos riffs e muita agressividade, “M.M.A” mantêm a pegada forte das anteriores, enquanto “Massa de Manobra” destrói tudo do primeiro ao último segundo. Mas o posto de preferida aqui ficou realmente com “Demoniocracia”, veloz, agressiva, brutalmente pesada, inclusive no quesito letra.
Gravado e mixado no Aeon Audio (RJ), com produção do estúdio e da banda, e o resultado ficou muito bom. Do meu ponto de vista, não deve nada se comparado com boa parte das produções que escuto vindo lá de fora. Já a capa e a arte do encarte ficaram por conta do guitarrista Tuninho Silva e são muito legais. Trabalho muito bem feito.
Competente, agressivo, pesado e acima de tudo, buscando fugir dos clichês do estilo, o No Trauma estreou muito bem com Viva Forte Até o Seu Leito de Morte. Se tem a cabeça mais aberta para sonoridades modernas, certamente esse é um trabalho que vai agradar em cheio.
NOTA: 8,5
- Hosmany Bandeira;
- Tuninho Silva (guitarra);
- João de Paula (baixo);
- Marvin Freitas (bateria).
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(MS Metal Records - Nacional)
01. Fuga
02. Quimera
03. M.M.A
04. Massa de Manobra
05. O Chamado
06. Força
07. Sedativo
08. Demoniocracia
09. Igualdade
10. Algemas do Medo
11. Viva Forte
12. Sawabona Shikoba
Nunca fui lá grande apreciador de Metalcore. Não por ser desses radicais que abominam qualquer sonoridade que fuja do padrão tradicional, mas porque simplesmente as bandas que escutava não conseguiam me prender por mais de uma ou duas músicas. Tudo me soava repetitivo, cansativo, igual demais. E aqueles refrões melódicos com vocais limpos então? Como isso me irritava. Sendo assim, quando soube que o No Trauma se enveredava por essa linha, confesso que fiquei com os dois pés atrás.
Nada é mais recompensador do que você se surpreender com um trabalho. E foi exatamente isso que ocorreu durante a audição de Viva Forte Até o Seu Leito de Morte, álbum de estreia do quarteto oriundo do Rio de Janeiro formado por Hosmany Bandeira (vocal), Tuninho Silva (guitarra), João de Paula (baixo) e Marvin Freitas (bateria). O que mais me despertou a atenção é que acima de tudo, procuram fugir dos clichês do estilo e assim dar a sua música uma identidade própria. Claro, certas características como os vocais agressivos alternando entre o gutural e o gritado, guitarra com afinação mais baixa, baixo e bateria velozes e claro, breakdowns, estão presentes, mas a isso somam-se influências de Groove e Djent que acabam tornando tudo bem interessante.
Outro fato bem legal é que as letras são todas em português. E por sinal, que letras, meus caros amigos. Todas são fortes e têm muito o que dizer, valendo a pena acompanhar as mesmas com o encarte em mãos. Fortes, contestadoras e tão pesadas quando o som da banda. São 12 canções intensas, agressivas, com guitarras sujas, baixo e cozinha impondo muito groove e os vocais variando desde guturais até os limpos. E nesse ponto, cabe destacar, se diferenciam do que estamos acostumados nos estilo, ou seja, nada de refrões melódicos com vocais limpos. A coisa aqui é bem mais bruta e quando os vocais limpos surgem, são muito bem encaixados e agregam qualidade.
Sim, tal fala é clichê, mas sinto grande dificuldade em apontar destaques aqui. A sequência inicial por exemplo, é uma porrada daquelas muito bem dadas e que deixa qualquer um meio grogue, perdido. “Fuga” e “Quimera” são bem agitadas, com ótimos riffs e muita agressividade, “M.M.A” mantêm a pegada forte das anteriores, enquanto “Massa de Manobra” destrói tudo do primeiro ao último segundo. Mas o posto de preferida aqui ficou realmente com “Demoniocracia”, veloz, agressiva, brutalmente pesada, inclusive no quesito letra.
Gravado e mixado no Aeon Audio (RJ), com produção do estúdio e da banda, e o resultado ficou muito bom. Do meu ponto de vista, não deve nada se comparado com boa parte das produções que escuto vindo lá de fora. Já a capa e a arte do encarte ficaram por conta do guitarrista Tuninho Silva e são muito legais. Trabalho muito bem feito.
Competente, agressivo, pesado e acima de tudo, buscando fugir dos clichês do estilo, o No Trauma estreou muito bem com Viva Forte Até o Seu Leito de Morte. Se tem a cabeça mais aberta para sonoridades modernas, certamente esse é um trabalho que vai agradar em cheio.
NOTA: 8,5
- Hosmany Bandeira;
- Tuninho Silva (guitarra);
- João de Paula (baixo);
- Marvin Freitas (bateria).
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