My Dying Bride - Feel The Misery (2015)
(Shinigamy Records - Nacional)
01. And My Father Left Forever
02. To Shiver In Empty Halls
03. A Cold New Curse
04. Feel The Misery
05. A Thorn Of Wisdom
06. I Celebrate Your Skin
07. I Almost Loved You
08. Within A Sleeping Forest
Entre 1988 e 1990, surgiu na Inglaterra um trio de bandas que mesclava Death e Doom Metal, e que acabou recebendo a alcunha de Northern Doom. Seus nomes? Paradise Lost, Anathema e My Dying Bride. Outras bandas pelo mundo também começavam a desbravar esse caminho, como as americanas Dream Death (que durou de 85 a 89, antes de retornarem em 2011) e Winter, o Asphyx na Holanda, Tiamat na Suécia ou o diSEMBOWELMENT na Austrália, mas definitivamente, foi o Northern Doom o principal responsável pela popularização do estilo, que nos anos seguintes gerou nomes como Katatonia, Amorphis, Morgion, Exoteric, dentre muitos outros.
Os anos se passaram, a maior parte desses nomes optou por seguir caminhos diferentes para sua música e das ainda em atividade citadas acima, talvez apenas o Asphyx tenha se mantido firme e forte dentro da proposta inicial, mesmo com todas as suas idas e vindas. Mas isso não significa que as demais bandas tenham perdido a relevância, afinal, evolução musical nem sempre é algo negativo. Dentre todas, talvez o My Dying Bride tenha sido a que melhor conseguiu evoluir sem perder suas raízes. Sua música foi ficando mais refinada com o passar dos anos, adquiriu um apelo mais gótico, mas de forma alguma perdeu o peso, a agressividade e a melancolia que sempre lhe foi inerente.
Feel The Misery, lançado em 18 de setembro de 2015 no exterior, e que finalmente ganha uma merecida versão nacional através da Shinigami Records, é o 12º álbum de estúdio dos ingleses e marca seus 25 anos de carreira. Se não bastasse isso, marca o retorno de ninguém menos que o guitarrista Calvin Robertshaw, um dos membros originais da banda e que havia saído após o lançamento de 34.788%... Complete (98). E aqui vale lembrar que, ao lado de Aaron Stainthorpe (vocal) e Andrew Craighan (guitarra), ele gravou dois dos maiores clássicos do estilo, Turn Loose the Swans (93) e The Angel and the Dark River (95). Sendo assim, os fãs só podiam esperar o melhor.
(Shinigamy Records - Nacional)
01. And My Father Left Forever
02. To Shiver In Empty Halls
03. A Cold New Curse
04. Feel The Misery
05. A Thorn Of Wisdom
06. I Celebrate Your Skin
07. I Almost Loved You
08. Within A Sleeping Forest
Entre 1988 e 1990, surgiu na Inglaterra um trio de bandas que mesclava Death e Doom Metal, e que acabou recebendo a alcunha de Northern Doom. Seus nomes? Paradise Lost, Anathema e My Dying Bride. Outras bandas pelo mundo também começavam a desbravar esse caminho, como as americanas Dream Death (que durou de 85 a 89, antes de retornarem em 2011) e Winter, o Asphyx na Holanda, Tiamat na Suécia ou o diSEMBOWELMENT na Austrália, mas definitivamente, foi o Northern Doom o principal responsável pela popularização do estilo, que nos anos seguintes gerou nomes como Katatonia, Amorphis, Morgion, Exoteric, dentre muitos outros.
Os anos se passaram, a maior parte desses nomes optou por seguir caminhos diferentes para sua música e das ainda em atividade citadas acima, talvez apenas o Asphyx tenha se mantido firme e forte dentro da proposta inicial, mesmo com todas as suas idas e vindas. Mas isso não significa que as demais bandas tenham perdido a relevância, afinal, evolução musical nem sempre é algo negativo. Dentre todas, talvez o My Dying Bride tenha sido a que melhor conseguiu evoluir sem perder suas raízes. Sua música foi ficando mais refinada com o passar dos anos, adquiriu um apelo mais gótico, mas de forma alguma perdeu o peso, a agressividade e a melancolia que sempre lhe foi inerente.
Feel The Misery, lançado em 18 de setembro de 2015 no exterior, e que finalmente ganha uma merecida versão nacional através da Shinigami Records, é o 12º álbum de estúdio dos ingleses e marca seus 25 anos de carreira. Se não bastasse isso, marca o retorno de ninguém menos que o guitarrista Calvin Robertshaw, um dos membros originais da banda e que havia saído após o lançamento de 34.788%... Complete (98). E aqui vale lembrar que, ao lado de Aaron Stainthorpe (vocal) e Andrew Craighan (guitarra), ele gravou dois dos maiores clássicos do estilo, Turn Loose the Swans (93) e The Angel and the Dark River (95). Sendo assim, os fãs só podiam esperar o melhor.
Já na faixa de abertura, a ótima “And My Father Left Forever”, os ingleses mostram ao que vieram. Enérgica, escura, com riffs fortes e monolíticos, baixo fúnebre e os vocais emocionais de Stainthrope (pudera, a letra fala do falecimento de seu pai, que ocorreu pouco antes das gravações), ela é um dos destaques do álbum. Por sinal, Feel The Misery prima pela consistência e você não vai se deparar com variações de qualidade aqui. Todo o material é muito bom, mas ainda assim vale destacar “To Shiver In Empty Halls”, que já começa com vocais guturais de Aaron e conta com riffs memoráveis e a dobradinha “I Celebrate Your Skin”, que remete ao período de Turn Loose the Swans e “I Almost Loved You”, triste e dolorosa como só o My Dying Bride é capaz de fazer, além de contar com belas incursões do piano.
Como de praxe, mais uma vez a produção ficou a cargo de Robert “Mags” Magoolagan, algo que ocorre religiosamente desde Turn Loose the Swans. Sendo assim, quem acompanha o My Dying Bride sabe exatamente o que vai encontrar nesse sentido aqui. Já a capa foi obra do guitarrista Andrew Craighan e ficou belíssima. Mostrando a consistência de sempre, Feel The Misery foi um dos melhores álbuns de 2015. Sombrio e gélido, os ingleses dão mais uma prova da sua qualidade e mostram o porquê de estarem aí, há mais de duas décadas espalhando tristeza e melancolia. E que assim continuem por muito tempo.
NOTA: 8,5
My Dying Bride é:
- Aaron Stainthorpe (vocal);
- Calvin Robertshaw (guitarra);
- Andrew Craighan (guitarra);
- Lena Abé (baixo);
- Shaun Macgowan (teclado/violino)
Gravação:
- Dan "Storm" Mullins (bateria)
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