Gojira - Magma (2016)
(Roadrunner Records - Importado)
01. The Shooting Star
02. Silvera
03. The Cell
04. Stranded
05. Yellow Stone
06. Magma
07. Pray
08. Only Pain
09. Low Lands
10. Liberation
Uma coisa é indiscutível quando falamos a respeito do Gojira. A banda formada pelos irmãos Duplantier é indiscutivelmente o nome mais talentoso e criativo da nova geração do Metal, sendo um forte candidato a alcançar um patamar acima e ocupar um lugar no panteão das grandes bandas do Metal em um futuro não tão distante, quando os “medalhões” do estilo pendurarem oficialmente as chuteiras. Álbuns como The Link (03) e principalmente From Mars to Sirus (05) os credenciam a tal, merecidamente, diga-se de passagem.
Desde o lançamento de L’Enfant Sauvage (12), 4 anos se passaram e os mesmos foram movimentados para o quarteto francês. Turnês mundo afora, a mudança da França para os Estados Unidos, onde construíram um estúdio próprio, utilizado na gravação deste novo álbum e principalmente, o falecimento da mãe de Joe e Mario durante o processo de composição e gravação de Magma, fato que teve uma fortíssima influência no resultado final do trabalho.
Antes de tudo, o prezado leitor deve lembrar de que a maior característica do Gojira é justamente a de não se acomodar e procurar sempre novas saídas para sua música. Ousadia talvez seja um adjetivo que define bem sua carreira. E bem, em Magma isso não é diferente, já que o quarteto soa um pouco diferente do que estamos acostumados. Novos elementos foram incorporados à sua música, que agora soa menos agressiva e mais acessível do que anteriormente. Além disso, as músicas estão mais curtas e concisas. Parte disso se dá em virtude dos arranjos, que estão menos intrincados do que de costume, apesar de em momento algum abrirem mão do aspecto progressivo de sua sonoridade. Prova disso é que as mudanças de tempo incomum continuam presentes. Sua música, acima de tudo, continua densa.
Como dito acima, o falecimento da mãe dos irmãos Duplantier teve uma forte influência no resultado final de Magma. Esse é um trabalho que carrega consigo uma forte carga emocional, não só em matéria de letras como em sua sonoridade como um todo e fica bem nítido que toda a dor que sentiram foi canalizada para esse álbum. O resultado são alguns momentos bem angustiantes e perturbadores, músicas que conseguem transitar com naturalidade entre o pesado, o agressivo e o atmosférico. É um Gojira que mantém suas características, mas ao mesmo tempo soa novo, renovado.
Exemplos disso surgem o tempo todo nas 10 canções presentes em Magma. “The Shooting Star”, que abre os trabalhos, é uma canção bem introspectiva, sombria e que possui vocais e melodias que hipnotizam o ouvinte. Outro exemplo disso se dá em “Magma”, talvez a peça central do trabalho, onde o lado atmosférico se destaca bastante, mesmo a banda não abrindo mão do peso das guitarras. Momentos mais com a cara do Gojira podem ser encontrados nas ótimas “Pray” e “Only Pain”, que possuem riffs característicos da banda, muito peso e com Mario brilhando na bateria. Já “Silvera” e “Stranded” mostram um lado mais comercial. A primeira, apesar de uma bateria mais complexa, possui riffs bem simples, enquanto a segunda é a música mais acessível já composta por eles, com bons riffs, refrão grudento e que poderia tocar em qualquer rádio rock por aí sem dramas.
Por ser um trabalho gravado "em casa", a produção e a mixagem ficaram a cargo do próprio Joe Duplantier, com a masterização tendo sido feita pelo renomado Ted Jensen (Metallica, Megadeth, Iron Maiden, Pantera, Dream Theater). O resultado é excelente e nos permite usufruir de toda a intensidade do álbum. Já a capa ficou a cargo de Hibiki Miyazaki.
Por todo o drama de família vivido, esse é sem dúvida o trabalho mais pessoal da carreira do Gojira, já que fica nítido que Joe e Mario colocaram todos os seus sentimentos aqui. Magma é acima de tudo um refúgio para os irmãos, um retrato de toda a dor pela qual passaram. É por assim dizer, o álbum necessário para esse momento particular de ambos.
O Gojira mudou, mas não perdeu em nada a sua qualidade, não soando exagero algum afirmar que Magma é um dos principais lançamentos de 2016.
NOTA: 8,5
Gojira é:
- Joe Duplantier (vocal/guitarra);
- Christian Andreu (guitarra);
- Jean-Michel Labadie (baixo);
- Mario Duplantier (bateria).
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02. Silvera
03. The Cell
04. Stranded
05. Yellow Stone
06. Magma
07. Pray
08. Only Pain
09. Low Lands
10. Liberation
Uma coisa é indiscutível quando falamos a respeito do Gojira. A banda formada pelos irmãos Duplantier é indiscutivelmente o nome mais talentoso e criativo da nova geração do Metal, sendo um forte candidato a alcançar um patamar acima e ocupar um lugar no panteão das grandes bandas do Metal em um futuro não tão distante, quando os “medalhões” do estilo pendurarem oficialmente as chuteiras. Álbuns como The Link (03) e principalmente From Mars to Sirus (05) os credenciam a tal, merecidamente, diga-se de passagem.
Desde o lançamento de L’Enfant Sauvage (12), 4 anos se passaram e os mesmos foram movimentados para o quarteto francês. Turnês mundo afora, a mudança da França para os Estados Unidos, onde construíram um estúdio próprio, utilizado na gravação deste novo álbum e principalmente, o falecimento da mãe de Joe e Mario durante o processo de composição e gravação de Magma, fato que teve uma fortíssima influência no resultado final do trabalho.
Antes de tudo, o prezado leitor deve lembrar de que a maior característica do Gojira é justamente a de não se acomodar e procurar sempre novas saídas para sua música. Ousadia talvez seja um adjetivo que define bem sua carreira. E bem, em Magma isso não é diferente, já que o quarteto soa um pouco diferente do que estamos acostumados. Novos elementos foram incorporados à sua música, que agora soa menos agressiva e mais acessível do que anteriormente. Além disso, as músicas estão mais curtas e concisas. Parte disso se dá em virtude dos arranjos, que estão menos intrincados do que de costume, apesar de em momento algum abrirem mão do aspecto progressivo de sua sonoridade. Prova disso é que as mudanças de tempo incomum continuam presentes. Sua música, acima de tudo, continua densa.
Como dito acima, o falecimento da mãe dos irmãos Duplantier teve uma forte influência no resultado final de Magma. Esse é um trabalho que carrega consigo uma forte carga emocional, não só em matéria de letras como em sua sonoridade como um todo e fica bem nítido que toda a dor que sentiram foi canalizada para esse álbum. O resultado são alguns momentos bem angustiantes e perturbadores, músicas que conseguem transitar com naturalidade entre o pesado, o agressivo e o atmosférico. É um Gojira que mantém suas características, mas ao mesmo tempo soa novo, renovado.
Exemplos disso surgem o tempo todo nas 10 canções presentes em Magma. “The Shooting Star”, que abre os trabalhos, é uma canção bem introspectiva, sombria e que possui vocais e melodias que hipnotizam o ouvinte. Outro exemplo disso se dá em “Magma”, talvez a peça central do trabalho, onde o lado atmosférico se destaca bastante, mesmo a banda não abrindo mão do peso das guitarras. Momentos mais com a cara do Gojira podem ser encontrados nas ótimas “Pray” e “Only Pain”, que possuem riffs característicos da banda, muito peso e com Mario brilhando na bateria. Já “Silvera” e “Stranded” mostram um lado mais comercial. A primeira, apesar de uma bateria mais complexa, possui riffs bem simples, enquanto a segunda é a música mais acessível já composta por eles, com bons riffs, refrão grudento e que poderia tocar em qualquer rádio rock por aí sem dramas.
Por ser um trabalho gravado "em casa", a produção e a mixagem ficaram a cargo do próprio Joe Duplantier, com a masterização tendo sido feita pelo renomado Ted Jensen (Metallica, Megadeth, Iron Maiden, Pantera, Dream Theater). O resultado é excelente e nos permite usufruir de toda a intensidade do álbum. Já a capa ficou a cargo de Hibiki Miyazaki.
Por todo o drama de família vivido, esse é sem dúvida o trabalho mais pessoal da carreira do Gojira, já que fica nítido que Joe e Mario colocaram todos os seus sentimentos aqui. Magma é acima de tudo um refúgio para os irmãos, um retrato de toda a dor pela qual passaram. É por assim dizer, o álbum necessário para esse momento particular de ambos.
O Gojira mudou, mas não perdeu em nada a sua qualidade, não soando exagero algum afirmar que Magma é um dos principais lançamentos de 2016.
NOTA: 8,5
Gojira é:
- Joe Duplantier (vocal/guitarra);
- Christian Andreu (guitarra);
- Jean-Michel Labadie (baixo);
- Mario Duplantier (bateria).
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