sexta-feira, 22 de julho de 2016

Scorpion Child - Acid Roulette (2016)


Scorpion Child - Acid Roulette (2016)
(Nuclear Blast - Importado)


01. She Sings, I Kill
02. Reaper's Danse
03. My Woman in Black
04. Acid Roulette
05. Winter Side of Deranged
06. Séance
07. Twilight Coven
08. Survives
09. Blind Man's Shine
10. Moon Tension
11. Tower Grove
12. I Might Be Your Man
13. Addictions

Quando bati os ouvidos no autointitulado álbum de estréia dos americanos do Scorpion Child (resenha aqui), foi paixão à primeira audição. Sua mistura de Classic Rock, Hard e psicodelismo me impressionaram de cara e os colocou na minha lista de preferências ao lado de nomes como Rival Sons, Witchcraft e Uncle Acid and Dead Beats. Então bateu aquela dúvida que rola em 11 a cada 10 casos de bandas que lançam um trabalho de estreia de alto nível. O Scorpion Child vai segurar a pressão e superar o desafio do 2º álbum?

Os dois anos seguintes não foram muito animadores quanto a isso, já que, apesar das turnês, da formação que gravou o debut restaram apenas o vocalista Aryn Jonathan Black e o guitarrista Chris Cowart. Pois quem diria que todas essas mudanças acabaram por fazer um bem imenso aos americanos? Com um guitarrista a menos e as entradas do baixista Alec Padron, do baterista Jon Rice e do tecladista Aaron John “AJ” Vincent, seu som acabou dando um passo adiante.

Então sim, prezados leitores, o Scorpion Child conseguiu superar o tão temido desafio do segundo álbum com Acid Roulette. Sua música ficou mais pesada, mas sem perder as características apresentadas anteriormente, como as músicas carregadas de energia, as melodias memoráveis e os refrãos grudentos. Se no debut as influências de nomes como Led Zeppelin, Humble Pie, Lucifer’s Friend ou Free ficavam mais latentes, aqui elas são bem menos evidentes, com os ecos de Black Sabbath e Deep Purple ressoando em alguns momentos, tudo isso aliado a um ar mais atual.

Os vocais de Aryn continuam potentes e temos aqui um passo adiante no que tange às harmonias vocais, que estão excelentes. Cowart consegue suprir sem dramas a ausência de Thomas Frank, com riffs bem contundentes, passagens bem psicodélicas e ótimos solos. Já os novatos em estúdio estrearam com o pé direito e são o grande diferencial desse trabalho. Alec e Rice formam uma parte rítmica primorosa, bem variada, com muito boa técnica, com destaque maior para Rice, que consegue fazer sua bateria soar bombástica em muitos momentos. Já “AJ” foi a melhor das aquisições, pois seus teclados deram mais profundidade à música, além de grande energia, remetendo em muitos momentos ao mestre Jon Lord.

Com toda sinceridade, poderia destacar o álbum inteiro aqui, pois a qualidade é muito homogênea e o nível está lá no alto. Aponto como minhas preferidas aqui, “She Sings, I Kill”, “Reaper's Danse”, “My Woman in Black”, “Acid Roulette”, “Winter Side of Deranged”, “Twilight Coven”, “Blind Man's Shine”, “Moon Tension” e “I Might Be Your Man”. Sim, praticamente todas as músicas.

O Scorpion Child vai seguindo o seu rumo natural, tendo amadurecido muito nesses últimos 3 anos e cada vez mais se encaminhando para encontrar uma identidade forte e toda sua. Se você curte um Hard/Classic Rock psicodélico e de qualidade, não pode perder esse que é um dos melhores álbuns de 2016. E como Acid Roulette está ganhando uma versão nacional através da Voice, nem tem desculpa de preço alto, dólar caro e afins. Um álbum imperdível!

NOTA: 9,0

Scorpion Child é:
- Aryn Jonathan Black (vocal)
- Chris Cowart (guitarra)
- Alec Padron (baixo)
- Jon Rice (bateria)
- Aaron John “AJ” Vincent (órgão/teclado)

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