Saxon
- Battering Ram (2015)
(UDR
Music - Importado)
01. Battering Ram
02. The Devil’s Footprint
03. Queen Of Hearts
04. Destroyer
05. Hard And Fast
06. Eye Of The Storm
07. Stand Your Ground
08. Top Of The World
09. To The End
10. Kingdom Of The Cross
O Saxon dispensa apresentações.
Verdadeira lenda da NWOBHM, com quase 40 anos de ótimos serviços prestados ao
Metal e chegando ao seu 21º álbum de estúdio, o quinteto formado por Biff
Byford, Paul Quinn, Doug Scarratt, Nibbs Carter e Nigel Glockler, juntos desde 1995
(Glocker saiu da banda em 1998, devido a problemas de saúde, mas continuou
compondo material para a mesma até seu retorno definitivo em 2005), parece não
estar nem um pouco disposto a arrefecer seu ritmo.
O Saxon faz parte da minha vida metálica
há 25 anos e identifico algumas fases que considero brilhantes na história
desses ingleses. A primeira, entre 1979 e 1984, com uma sequência simplesmente
lendária de 6 álbuns de estúdio, Saxon
(79), Wheels Of Steel (80), Strong Arm of the Law (80), Denin and Leather (81),
Power and the Glory (83) e Crusader
(84), enquanto a segunda, nos anos 90, abarcou 3 excelentes trabalhos, Forever Free (92), Dogs of War (95), Unleash
the Beast (97) (na minha modesta visão, o melhor álbum da banda) e 2 muito
bons, Solid Ball Of Rock (90) e Metalhead
(99). Claro que não desmereço os demais álbuns, mas para mim esses
trabalhos estão um patamar acima.
Apesar de tudo, nos anos 2000 senti uma
visível queda na qualidade dos lançamentos. Sei que álbuns como Lionheart (04), The Inner Sanctum (07) e
Into The Labyrinth (09) possuem
muitos apreciadores (para mim são só medianos), mas ainda sim considero a fase
que vai de Killing Ground (01)
(decididamente o melhor trabalho dessa fase) até Call To Arms (11) a mais “fraca” do Saxon. Esse último por sinal é
para mim o ponto baixo de toda a sua carreira (sei que muitos por ai vão
discordar dessa afirmação, afinal temos o Destiny
(88) para contra-argumentar).
Pois bem, segundo o velho ditado, depois
da tempestade se segue a bonança e essa no caso surgiu com o nome de Sacrifice (13), trabalho que parecia ter
colocado o Saxon de volta aos trilhos. Traçando um paralelo com o passado, soou
como uma espécie de Solid Ball Of Rock,
já que assim como esse, veio após um trabalho que sofreu várias críticas.
Dentro desse panorama, afirmo sem medo que Battering
Ram seria uma espécie de Forever Free
ou Dogs Of War, não só pelo momento que
representa, mas pela qualidade inconteste.
Sim meus prezados leitores, esse é,
desculpem o palavreado, um álbum “bom pra caralho”, como o Saxon não fazia
desde 1997. Não, aqui eles não reinventam a roda, até porque não precisam
disso, afinal, possuem algo que só as lendas têm, ou seja, um estilo próprio e
único de fazer música. Ninguém soa como o Saxon, mesmo que tente imitá-lo de
todas as formas, assim como nenhum vocalista consegue se aproximar da forma
única de cantar de Biff Byford. Aliás, com 64 anos, esse respeitável senhor
parece estar no auge de sua forma, cantando como nunca. Sua voz parece não
sentir o efeito do tempo. Simplesmente incrível!
Heavy Metal inglês da melhor qualidade,
épico e pesado. É isso que esperamos do Saxon e é isso que ele nos entrega.
Como já dito, Biff está cantando como nunca, enquanto Paul Quinn e Doug Scarratt
formam uma das melhores duplas de guitarristas da história do Metal. Um
verdadeiro show de guitarras gêmeas, que despejam ótimos riffs e solos para lá
de cativantes. Já Nibbs Carter e Nigel Glockler simplesmente brincam na parte
rítmica e fazem com que tudo pareça simples e fácil de fazer. Aliás, sequer
parece que Glockler teve que tratar de um aneurisma cerebral no ano passado. E
sobre Scarratt (na banda desde 1995) e Carter (entrou em 1988), só digo o seguinte:
esqueço por completo que Graham Oliver e Oliver Dawson eram os detentores
originais desses postos.
Battering
Ram
é o trabalho mais pesado lançado pelo Saxon nos últimos 18 anos e além desse
peso, essa carregado de refrães grudentos e marcantes, como há muito tempo não
ocorria. E não é brincadeira, basta um ou duas audições para que você já os
saia cantando por ai. A sequência inicial, com a faixa título, que possui
potencial para se tornar clássica, a pesada “The
Devil’s Footprint” (que trabalho de guitarras, que vocais de Biff!), “Queen Of Hearts” (umas dessas faixas
mais cadenciadas que só o Saxon sabe fazer) e “Destroyer” (com aquela pegada bem Rock) é simplesmente primorosa e
empolgante. “Hard And Fast”, “Eye Of The
Storm” (bem pesada e mais cadenciada) e “Stand
Your Ground” conseguem manter o pique lá em cima, enquanto “Top Of The World” e “To The End” (mais uma com cadência e
peso) irão animar qualquer fã de Metal Tradicional. O encerramento se dá com a
balada “Kingdom Of The Cross”, que
mescla partes narradas com os vocais de Byford e que se não empolga tanto
quanto as demais, ainda sim se mostra uma música de muita qualidade.
A ótima produção foi realizada por Andy
Sneap e dispensa comentários, já que sua capacidade e a qualidade de suas
produções são mais do que conhecidas. Não tem o que tirar nem por. Mantendo a
fidelidade ao seu estilo e história, o Saxon, como uma fênix, renasce mais uma
vez em toda a sua força e esplendor. Battering
Ram é Metal Tradicional sem frescura, de uma banda que mostra ter lenha
para queimar por mais alguns anos. E me julgem, mas esse é um trabalho muito
mais relevante que certo livro de certa Donzela. Um dos melhores álbuns de
Metal lançados em 2015!
NOTA:
9,0
Saxon
é:
- Biff
Byford (Vocal)
-
Paul Quinn (Guitarra)
- Doug
Scarratt (Guitarra)
- Nibbs
Carter (Baixo)
- Nigel
Glockler (Bateria)
duas coisas, do disco sem duvidas a melhor é kingdom of the cross so pelo fato de ser diferente de todo o ja feito pela lenda saxon, alias o bill que conheci pessoalmente no aeroporto em sao paulo foi muito legal com a tietagem batemos artos papos cabeça, outra coisa discordo plenamente do destiny e explico porque muitas veces a qualidade e secundaria quando vc começa a ouvir metal e aquele primeiro disco que vc ouve da banda e fundamental e aconteceu na epoca comigo depois fui conferir os demais, obiamente que e gosto pessoal ate porque para mim os melhores sao o crusader e o rock the nations mais muitas veces o nosso momento na vida e crucial para nossos gostos, abzs
ResponderExcluirEste é, com certeza, o melhor trabalho do Saxon em seus anos atuais junto com o anterior Sacrifice (2013). A seleção de faixas para este álbum foi muito boa, só não gostei muito da (no meu ver) destoante e tediosa "Kingdom of the Cross" no fim do disco, pois não condiz com o clima geral das outras faixas, sendo esta a única exceção de "Battering Ram". Recomendo a faixa-bônus "Three Sheets to the Wind (The Drinker Song)" que cairia muito bem no tracklist original e encerraria muito bem este álbum ao invés da "Kingdowm of the Cross".
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