Kamelot
– Haven (2015)
(Napalm
Records – Importado)
01. Fallen Star
02. Insomnia
03. Citizen Zero
04. Veil of Elysium
05. Under Grey Skies
06. My Therapy
07. Ecclesia
08. End of Innocence
09. Beautiful Apocalypse
10. Liar Liar (Wasteland Monarchy)
11. Here's To The Fall
12. Revolution
13. Haven
O Kamelot escreveu seu nome entre os
grandes do Power Metal emplacando 4 verdadeiros clássicos do estilo entre os
anos de 2001 e 2007 (Karma (01), Epica
(03), The Black Halo (05) e Ghost Opera (07)). Mas após isso, momentos
turbulentos se abateram sobra a banda, primeiro com o apenas mediano Poetry for the Poisoned (10) e depois
com a saída de seu vocalista, Roy Khan, em 2011. Thomas Youngblood respirou
fundo, manteve a calma, trouxe Tommy Karevik (Seventh Wonder) para os vocais e
lançou Silverthorn (12), que se não
estava no mesmo nível dos álbuns clássicos da banda, superou em muito o seu
antecessor.
Haven da um passo
adiante em relação ao trabalho anterior do Kamelot. A primeira coisa que me
despertou a atenção foi o fato de o lado sinfônico se fazer um pouquinho menos
presente que em outras obras. Nada muito radical, mas perceptível. Cabe
destacar também que Tommy Karevik, que já havia se saído muito bem em sua
estréia, se mostra ainda mais a vontade aqui. É incrível como ele consegue
emular Roy Khan e ainda sim imprimir personalidade a seus vocais. Palmas para
ele. Se comparado com Silverthorn,
este também é um trabalho muito mais aberto e diversificado musicalmente, indo
do Melódico ao Power/Prog, passando pelo Tradicional, Folk e pelo Sinfônico,
mas tudo de forma muito natural, sem soar exagerado ou forçado. Individualmente
todos brilham aqui. Tommy prova cada vez mais ter sido a escolha certa para
assumir os vocais, enquanto Thomas Youngblood mostra a mesma categoria de
sempre, imprimindo peso as guitarras, além de se fazer presente com ótimos
riffs, solos e melodias. Sean Tibbetts (baixo) e Casey Grillo (bateria) mostram
competência impar, principalmente Grillo, que destrói tudo, mostrando ser um excelente
baterista. Já Oliver Palotai se mostra competente tanto no que tange os
teclados como nas partes orquestradas, sem cometer exagero em nenhum dos casos,
algo raro hoje em dia. Impressiona o fato de nenhuma das músicas aqui presentes
serem ruins. Não nego que existe uma “barriga aqui” no meio do álbum, com 3
faixas que estão abaixo das demais, mas não é nada assim muito dramático. Os
destaques aqui ficam por conta de “Fallen
Star”, “Insomnia”, “Citizen Zero”, “Veil of Elysium”, “Under Grey Skies”,
que conta com participações de Troy Donockley (gaita de fole/Nightwish) e
Charlote Wessels (vocal/Delain), “Beautiful
Apocalypse”, “Liar Liar (Wasteland Monarchy)” e “Revolution”, as duas últimas com a participação de Alissa
White-Gluz (Arch Enemy) nos vocais.
A produção aqui mais uma vez ficou a
cargo de Sascha Paeth, enquanto a masterização foi feita por Jacob Hansen. A
sonoridade ficou cristalina, sendo possível escutar todos os instrumentos
perfeitamente, mas sem tirar o peso da música. A capa foi um trabalho a quatro
mãos, tendo como responsáveis Gustavo Sazes e Stefan Heilemann, sendo mais uma
vez belíssima, como de praxe quando falamos de Kamelot.
Haven consegue
revitalizar o som do Kamelot, colocando sua locomotiva novamente nos trilhos e
os levando novamente ao ponto onde pararam em Ghost Opera, ao menos no que tange a qualidade do material, tendo
tudo para elevar a popularidade da banda ainda mais. Se você é fã do trabalho
dos americanos, pode ir sem medo, pois a chance de se decepcionar aqui é zero.
NOTA:
8,5
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