Impurity – Into
the Ritual Chamber (1996/2015) (Relançamento)
(Cogumelo
Records – Nacional)
01. The Call
02. Baphomet Shield
03. Dilacereting...
04. Mystical Woman
05. Unknown
06. I.A.O. Treasury
BÔNUS TRACK
-
Rehearsal 96:
07. Lucifer Spewing Blasphemies
08. Into the Ritual Chamber
09. Baphomet Shield
10. Ecstasy Law
-
Impurity live in BH:
11. The Lamb’s Fury/Dilacerating the
Gospel
12. Baphomet Shield
13. Orgy of Flies (Sarcófago Cover)
26 anos de carreira, 4 Demos, 6 álbuns
de estúdio, 1 EP, 2 splits, 1 split vídeo e uma compilação. Tudo isso fez dos
mineiros do Impurity uma das bandas mais icônicas e cults do cenário
underground nacional. Aqui temos o relançamento de um clássico da banda, Into the Ritual Chamber, de 1996, que
foi remasterizado e ganhou, além de um digipack e encarte caprichados, uma
série de bônus tracks que irão agradar em cheio os fãs da banda.
Vindo das mais profundas profundezas infernais
das montanhas capirotescas de Minas Hellrais, o Impurity surgiu no ano de 1989,
praticando aquele Black Metal mesclado com Death bem característicos do período
e que remete diretamente a nomes seminais de nosso cenário, como Sarcófago e
Mystifier. Quem conhece esse opus, já sabe bem o que vai encontrar aqui, mas os
que ainda não tiveram tal oportunidade irão de deparar com um Black Metal que,
apesar de possuir passagens velozes e brutais, aposta também em momentos mais
cadenciados e climáticos, resvalando assim no Doom e gerando uma música ainda
mais soturna e obscura, carregada de personalidade. Os vocais dão um ar
sinistro às músicas, enquanto a guitarra despeja ótimos riffs e a dupla
baixo/bateria faz um belíssimo trabalho, segurando bem o peso necessário para a
música do Impurity e dando boa variedade as faixas. Dos 6 temas aqui presentes,
apesar de todos possuírem qualidade, três se destacam acima das demais, que são
“The Call”, “Baphomet Shield” e “Mystical Woman”. Após a versão normal
do Cd, nos deparamos com as bônus tracks, que são compostas de 4 músicas
tiradas de um ensaio no ano de 1996, com uma qualidade de gravação muito baixa,
mas que qualquer um que tenha vivido o período sabe que está dentro dos padrões
de um ensaio gravado nos anos 90 (ou seja, é tosco) e 3 músicas ao vivo,
retiradas de um show do mesmo período e que estão com um qualidade ainda mais
baixa (novamente, algo esperado por qualquer pessoa que tenha vivido o
underground dos anos 80/90), já que o foco da mesma nunca foi ser lançada de
forma oficial. Obstante serem toscas no que diz respeito à produção, são um
registro histórico que serve de documento para contar um pouco da história do
Metal no Brasil.
Na época, Into the Ritual Chamber já possuía uma qualidade de gravação surpreendente
para uma banda underground nacional e com a remasterização que sofreu para esse
lançamento, ficou ainda melhor. Já todo o design do luxuoso digipack e o
encarte caprichadíssimo, ficaram a cargo de Fernando Lima. Um relançamento
merecido de um álbum que, de forma justa, passa a estar acessível às novas
gerações de headbangers brasileiros.
NOTA:
8,5
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