Cain’s
Offering – Stormcrown (2015)
(Frontiers
Records – Importado)
Eis que após 6 anos de hiato, o Cain’s
Offering, grupo formado pelo guitarrista Jani Liimatainen após sua saída do Sonata
Arctica e que conta com Timo Kotipelto (Stratovarius) nos vocais, volta com seu
segundo álbum, agora contando com o reforço de Jens Johansson (Stratovarius,
Mastermind, ex-Dio) nos teclados. Bem, não existe mistério no que o ouvinte irá
encontrar aqui. Metal Melódico de ponta, com músicas épicas, fortes, carregadas
de melodia e que irão levar os fãs do estilo a terem orgasmos múltiplos. “Mimimi
Metal melódico é chato”, “Mimimi Metal Melódico é clichê”, “Mimimi Metal
melódico é repetitivo”. Ok, pode até ser verdade, mas para quem é fã, Stormcrown é um prato cheio e um dos
trabalhos mais interessantes que escutei vindo dessa vertente do Metal nos
últimos anos. Altamente indicado para viúvas de Sonata Arctica e Stratovarius,
já que aqui vão encontrar tudo que gostariam de escutar nos últimos álbuns
dessas bandas. (8,0)
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Heathen
Foray – Into Battle (2015)
(Massacre
Records – Importado)
Obstante não ser a banda mais original
do mundo, o Heathen Foray sempre lançou discos bem legais quando o assunto é Viking
Metal. The Passage (09), Armored Bards
(10) e Inner Force (13) estão ai
para comprovar tal afirmativa. Em seu 4º trabalho de estúdio vamos encontrar
todas as características que se fazem presentes em sua sonoridade, como riffs
fortes, ótimas guitarras e solos, elementos de Black e Death e vocais que vão
do gutural ao limpo, passando pelo rasgado. A parte melódica está um pouco mais
evidente que nos trabalhos anteriores, com mais influências de Power e Folk,
mas o grande problema aqui é a maior previsibilidade das músicas. Não é ruim,
ainda rende muito divertimento, mas que está abaixo dos antecessores, isso
está. (7,5)
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Ostrogoth
– Last Tribe Standing (2015)
(Empire
Records – Importado)
28 anos sem lançar material inédito.
Esse foi o tempo que a lenda belga Ostrogoth nos privou de sua categoria e
competência. Após seu retorno definitivo em 2010, muitos esperavam por esse
material e finalmente o baterista Mario “Grizzly” Pouwels (único integrante
original ainda na formação) resolveu nos presentear com um Heavy/Power da
melhor estirpe oitentista, carregado de ótimas melodias, riffs fodidamente
fodidos, vocais competentes, dupla baixo/bateria esbanjando técnica e variedade
e muita energia. São apenas 4 faixas inéditas, mas que acabaram se tornando uma
bela homenagem para o guitarrista Rudy “Whiteshark” Vercruysse, que gravou o
EP, mas acabou falecendo em Janeiro de 2015, antes do lançamento do mesmo.
Bandas novas que se limitam a copiar o que foi feito nos anos, 80, escutem,
prestem muita atenção e aprendam como se faz. Isso é Metal oitentista de
verdade, ca%$#@*!!!!!!! (9,0)
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Rise
Of Avernus – Dramatis Personæ (EP) (2015)
(Code666
Records – Importado)
Após o ótimo debut, L’appel du vide
(14), os australianos do Rise Of Avernus, que praticam uma mistura bem legal de
Gothic, Doom e Progressivo, volta a carga com esse EP. Aqui podemos ver que a
banda deu um passo além em matéria de maturidade, apresentando um som ainda
mais profundo, pesado e épico se comparado com a estréia. Boa parte dessa epicidade
se dá devido às partes sinfônicas, muito bem encaixadas nas 5 músicas presentes
aqui. Agressividade e passagens atmosféricas convivem na mais perfeita harmonia
aqui, fazendo com que, mesmo possuindo um ar melancólico, seja um ótimo
trabalho para se bater cabeça. (8,5)
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Ne Obliviscaris – Hiraeth (EP) (2015)
(Independente – Importado)
O Ne Obliviscaris é sem sombra duvida, uma das
bandas mais instigantes e interessantes da atualidade, executando seu Extreme Progressive
Metal. Hiraeth é um EP limitado a 300 cópias, que está saindo em conjunto com
outro trabalho nos mesmos moldes, Sarabande To Nihil, e voltado exclusivamente
para os fãs que ajudaram o grupo em uma campanha de crowdfunding. As 3 faixas
que compõem esse trabalho foram compostas entre 2004 e 2005, ou seja, antes
mesmo do lançamento da demo The Aurora Veil (07) e mostram as bases do que
viria a ser o som dos australianos hoje. É um pouco mais simples e menos
refinado, mas ainda sim impressiona. É difícil, mas se conseguir encontrar esse
material, compre-o sem pestanejar. (8,0)
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Ne Obliviscaris – Sarabande To Nihil (EP) (2015)
(Independente – Importado)
Assim como Hiraeth, esse trabalho é limitado a 300
cópias e voltado aos fãs que ajudaram o Ne Obliviscaris em uma campanha de crowdfunding.
As 3 faixas presentes também foram compostas entre 2004 e 2005, mas mostram um
refinamento um pouco maior se comparada as que entraram no seu EP irmão. Mesmo
que ainda estivessem em busca de seu som, o que não demoraria muito para
encontrar, já era possível ver força em suas composições. Feliz a idéia que
tiveram de finalmente gravar esse material e deixar o mesmo ver a luz do dia,
pois aqui já era possível antever o que estava por vir. Aqui vale o mesmo dito
para Hiraeth, compre-o sem pestanejar se puder, mesmo que tenha que matar,
roubar, vender um rim ou mesmo seu corpo. (8,0)
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