sábado, 2 de maio de 2015

Fast Review – Resenhas rápidas para consumo imediato!



Visigoth – The Revenant King (2015)
(Metal Blade Records – Importado)


Eventualmente nos deparamos com alguns trabalhos que surpreendem. Em 2012, os americanos do Visigoth haviam lançado um bom EP (Final Spell), seguindo aquela linha das bandas de Power/Heavy americanas dos anos 80, ou seja, Manilla Road, Omen, Jag Panzer, Liege Lord e afins. Em seu debut, ainda mantém um pé firmemente fincado nesse estilo, mas se tornaram visíveis as influências de Grand Magus e o ar mais “moderno” adquirido pela música do grupo. Pesado, furioso e épico, carregado de riffs “bárbaros” The Revenant King é cheio de canções poderosas e que farão a alegria dos fãs do estilo. Destaque para Jake Rogers, que além de ser o responsável por uma das bandas mais legais do Black Americano (a one man band Gallowbraid), se mostra um vocalista perfeito para o estilo, tendo como mérito não apelar para aqueles falsetes irritantes. Uma ótima estréia de uma banda que promete muito, em um dos grandes álbuns do estilo esse ano. (8,5)



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Satyricon – Live at the Opera (2015)
(Napalm Records – Importado)


Em 2013, durante o Festival de Música Contemporânea de Oslo, Satyr e Frost resolveram colocar em ação um projeto ambicioso, que consistia em uma apresentação do Satyricon com participação do Coro da Ópera Nacional da Noruega. Pois bem, agora o tal show chega até nós e o resultado é incrível para os fãs da banda. Repertório muito bem escolhido, foco no instrumental e os coros dando um tom dramático e épico a cada uma das 14 músicas aqui presentes. Para quem curte, vale à pena correr atrás do Cd e do DVD da apresentação. (8,5)



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Peste Noire – La Chaise-Dyable (2015)
(La Mesnie Herlequin – Importado)


Obstante o nacionalismo exacerbado e as acusações de racismo e fascismo (negadas por Valfunde, seu fundador), certamente o Peste Noire é um dos principais e melhores nomes da nova geração da música pesada francesa. Seu Black Metal tem doses de experimentalismos e Folk aqui e ali, o que não o deixa menos pesado, sujo e absurdamente furioso. Riffs cortantes e frios, momentos atmosféricos, vocais que causam no ouvinte um sentimento de angústia, tudo isso dentro de uma música crua e bruta, irão fazer a felicidade dos fãs da banda e do estilo. Um dos grandes álbuns de Black Metal de 2015. (8,5)



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Acrassicauda – Gilgamesh (2015)
(Independente – Importado)


Na segunda metade da última década, o Acrassicauda se tornou um nome conhecido meio aos headbangers devido ao documentário Heavy Metal in Baghdad (07), que contava as agruras de ser a primeira banda de Heavy Metal do Iraque e de tudo pelo que passaram até aquele momento. Ameaças de morte após a invasão americana, devido à acusação infundada de serem satanistas, fuga para a Síria, onde viveram como refugiados por um tempo, uma passagem pela Turquia e o acolhimento como refugiados, por parte dos Estados Unidos em 2009, fazem parte da história dos iraquianos. Após um bom EP de estréia em 2010 (Only the Dead See the End of War) e um hiato de 5 anos, finalmente lançam seu debut, que como o título já indica, trata do épico de Gilgamesh (o mais famoso dos mitos mesopotâmicos). O que você irá encontrar aqui é uma madura mescla de Thrash, Groove, Doom e Heavy, com alguns elementos de música do Oriente Médio, tanto no que tange a utilização de instrumentos quanto na composição dos riffs. Um álbum muito variado, criativo e interessante, que todo headbanger tem a obrigação de ao menos dar uma chance, afinal, por tudo que passaram até chegar a esse momento, podemos dizer sim, que os membros do Acrassicauda são verdadeiros guerreiros do Metal. (8,0)



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Helloween – Battle’s Won (single) (2015)
(Nuclear Blast Records – Importado)


Battle’s Won é o single que precede o novo álbum da lenda Helloween, My God Given Right, programado para o final de Maio. A faixa título é sem duvida alguma a coisa mais surpreendente que os alemães fizeram nas últimas duas décadas. É Metal Melódico da melhor qualidade, como há muito tempo não se escutava vindo deles, incisivo, com ótimos riffs e coros, melodia e refrões grudentos. Tem tudo para se tornar um novo clássico! A outra faixa aqui presente, “Lost In America”, segue essa mesma linha e apesar de ligeiramente inferior, também é empolgante. Só digo uma coisa, se o álbum vier todo nessa linha, sai de baixo, pois estaremos diante do melhor trabalho da banda desde os Keepers. (9,0)



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Acid King – Middle of Nowhere, Center of Everywhere (2015)
(Svart Records – Importado)


O veterano grupo de Doom/Stoner americano reaparece após um longo hiato de 10 anos, lançando seu 4° álbum de estúdio. Felizmente, esse tempo não alterou em nada a qualidade do Acid King e aqui você irá encontrar exatamente o que espera de um álbum do trio. Os vocais inconfundíveis de Lori S., som arrastado e chapado, riffs lisérgicos, solos psicodélicos, musica pesada, sólida e hipnótica. Em resumo, quase uma viagem de LSD. É surpreendente como conseguem fazer algo tão viajante soar tão simples aos nossos ouvidos. Uma verdadeira aula de como se fazer Doom/Stoner de verdade. (8,5)



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