No dia 16 de Maio de 2010, o Heavy Metal perdia um
de seus nomes mais icônicos, considerado por muitos o melhor vocalista do
estilo em todos os tempos. Lembro-me como se fosse hoje daquele domingo e do
choque em descobrir que Ronnie James Dio havia sido derrotado por um câncer no
estômago. Ainda me arrepio, me emociono profundamente ao escrever essas
palavras, pois sua música teve uma importância monstruosa em minha formação
como fã de Metal, sendo uma das pedras angulares pelo meu amor ao estilo (as
demais são Exodus, Paradise Lost, Helloween e Iron Maiden). No dia em que se
completa 5 anos de sua partida, presto minha modesta homenagem com essa pequena
discografia comentada.
Ao que se acostumaram a acompanhar o Blog e a sessão
Fast Review aos sábados, bem....Hoje é dia de Dio’s Review!
Dio
– Holy Diver (1983)
(Mercury
Records)
01. Stand Up and Shout
02. Holy Diver
03. Gypsy
04. Caught in the Middle
05. Don't Talk to Strangers
06. Straight Through the Heart
07. Invisible
08. Rainbow in the Dark
09. Shame on the Night
Após passagens brilhantes por Rainbow e Black
Sabbath, Ronnie James Dio já era um nome respeitadíssimo dentro do Metal. Ainda
sim, pairava a duvida de como ele se sairia caminhando com as próprias pernas,
já que até então havia trabalhado com os dois guitarristas lendários dentro do
estilo, Richie Blackmore e Tony Iommi. Para esse desafio, foram recrutados o
então desconhecido guitarrista Vivian Campbell, vindo do Sweet Savage, banda
inglesa da NWOBHM e dois velhos conhecidos seus, o baixista Jimmy Bain, com que
tocara no Rainbow e o baterista Vinny Appice, que o havia acompanhado quando de
sua saída do Black Sabbath.
O álbum de estreia de sua empreitada solo é
simplesmente um dos melhores trabalhos da história do Metal. Desde a abertura,
com a feroz “Stand Up and Shout”, até o seu encerramento com “Shame on the
Night”, temos um verdadeiro desfile de hits e grandes músicas, onde até a mais
fraca de todas, “Gypsy”, consegue ser superior e 99% do que é lançado sobre o
rótulo de Heavy Metal nos dias de hoje.
A voz de Dio é sem dúvida alguma a força motriz por
trás do álbum, mas ele não brilha sozinho aqui. No popular, Vivian Campbell
simplesmente arregaça tudo aqui com alguns dos riffs e solos mais clássicos da
história do Metal. Que headbanger não tem em sua mente muito bem gravados, o
riff de “Holy Diver” ou o solo de “Rainbow in the Dark”? Mas convenhamos, nada
disso seria possível se lá atrás, para segurar tudo isso, não tivéssemos Jimmy
Bain e Vinny Appice, com toda técnica e precisão que lhes era (e ainda é) de
praxe.
Holy Diver é daqueles raros casos na história da
música onde faixa alguma é descartável, já que até os “Lados B” aqui presentes,
como “Gypsy” ou “Shame on the Night”, beiram a perfeição. É um trabalho repleto
de músicas clássicas, como maior destaque par “Stand Up and Shout”, “Holy
Diver”, “Don't Talk to Strangers” e “Rainbow in the Dark”. Aqui, peso, melodia
e técnica foram unidos para criar um álbum épico e que está entre os mais
influentes da história do Metal.
NOTA:
10
______________________________
Dio
– The Last In Line (1984)
(Warner
Bros Records)
01. We Rock
02. The Last In Line
03. Breathless
04. I Speed At Night
05. One Night In The City
06. Evil Eyes
07. Mystery
08. Eat Your Heart Out
09. Egypt (The Chains Are On)
Se Holy Diver mostrou para o mundo que Ronnie James
Dio podia caminhar com suas próprias pernas, The Last In Line veio para
consolidar todo o sucesso conquistado pelo debut. A formação da banda
permanecia a mesma, contando apenas com a inclusão do tecladista Claude
Schnell, vindo do Rough Cutt (na estréia, os teclados tinham sido feitos por
Bain).
Quase tão perfeito quanto Holy Diver, aqui Dio e sua
banda repetem a fórmula apresentada na estréia de cabo a rabo, até mesmo no que
tange a disposição das músicas. Basta notar que aqui também temos uma musica
rápida servindo de abertura, sendo seguida então por uma épica faixa título. O
único ponto realmente inferior, se é que podemos falar dessa forma, é no que
diz respeito aos “Lados B” do álbum, que apesar de excelentes, não conseguem ter
a mesma excelência. Vide por exemplo “Mystery”, uma tentativa de emular
“Rainbow in the Dark” e que apesar de ser muito boa, não consegue ser perfeita
quanto sua fonte de inspiração.
Mais uma vez temos Vivian Campbell destruindo tudo
aqui, com riffs e solos incríveis e bastante peso. Bain e Appice estão
igualmente competentes enquanto o estreante Claude Schnell consegue imprimir
uma participação maior e mais efetiva dos teclados nas músicas aqui presentes.
Certamente os maiores destaques aqui são “We Rock”, a épica “The Last In Line”,
“Evil Eyes” e a incrível “Egypt (The Chains Are On)”. Sem dúvida alguma, um
álbum que beirou a perfeição!
NOTA:
9,5
______________________________
Dio
– Sacred Heart (1985)
(Warner
Bros Records)
01. King Of Rock And Roll
02. Sacred Heart
03. Another Lie
04. Rock 'N' Roll Children
05. Hungry For Heaven
06. Like The Beat Of A Heart
07. Just Another Day
08. Fallen Angels
09. Shoot Shoot
Sacred Heart foi o auge de Dio no que tange a
vendagem, sendo assim seu álbum mais popular. É também considerado por muitos
como o fim de uma era de ouro, algo que discordo de forma veemente, já que os
trabalhos seguintes continuaram mostrando grande força. O grande problema aqui
é a relação entre Ronnie e Campbell, que nessa época estava de mal a pior e que
acabou resultando na saída deste da banda após o lançamento (primeiro teve uma
passagem pelo Whitesnake e depois resolveu ganhar dinheiro fácil no Def
Leppard). Por mais que ainda seja um trabalho de qualidade indiscutível, é
possível perceber que as coisas já não andavam bem.
A fórmula dos álbuns anteriores foi mantida em
Sacred Heart, apenas com algumas pequenas alterações aqui e ali, já que este possui
uma polidez maior e os teclados se fazem mais presentes do que nunca na
carreira da banda. Não é exagero dizer que este foi o mais perto que Dio chegou
de fazer um trabalho comercial (mesmo que ainda passe longe disso). Mas nada
disso tira o brilho do terceiro trabalho de estúdio da banda.
Mesmo com o clima ruim que pairava na relação de Dio
e Campbell, esse último ainda é responsável por riffs e solos de inegável
categoria. Como já dito, esse é um trabalho mais polido e uma das provas de tal
fato é que as linhas de bateria de Vinny Appice estão bem mais simples que nos
trabalhos anteriores. Os refrões aqui presentes também se mostram um pouco
menos marcantes que nos dois álbuns anteriores, mas nada que seja tão
dramático. Os grandes destaques vão para “King Of Rock And Roll”, “Sacred Heart”,
“Rock 'N' Roll Children” e “Hungry For Heaven”.
NOTA:
8,5
______________________________
Dio
– Dream Evil (1987)
(Warner
Bros Records)
01. Night People
02. Dream Evil
03. Sunset Superman
04. All The Fools Sailed Away
05. Naked In The Rain
06. Overlove
07. I Could Have Been A Dreamer
08. Faces In The Window
09. When A Woman Cries
Como Ronnie James Dio e banda se sairiam sem Vivian
Campbell (nessa altura, tocando no Whitesnake)? Muito bem, obrigado! Craig
Goldy, ex-Giuffrua e Rough Cutt, se mostrou um substituto mais do que a altura,
trazendo novo fôlego às músicas. Dream Evil é o sucessor natural de Sacred
Heart, já que a polidez e as mais “comercial” permanecem.
Mas o que torna este um trabalho superior ao seu
antecessor? Bem, podemos apontar alguns detalhes aqui que ao final, terminaram
fazendo a diferença. Apesar de termos o som padrão do Dio, é indiscutível que
as canções aqui presentes se mostram superiores as de Sacred Heart. Os
teclados, apesar de ainda mais presentes, surgem para dar um ar mais obscuros
as músicas, ajudando um pouco a aliviar a sensação de “comercialismo”. Fora
isso, temos aqui alguns refrões que foram forjados à base de Superbonder, pois
grudam na cabeça com uma facilidade absurda, algo que não ocorreu em no álbum
anterior.
Craig Goldy brilha de cabo a rabo, com riffs e solos
tão marcantes quanto os de Campbell, espantando assim qualquer medo que os fãs
da banda poderiam vir a ter com tal substituição. Já Bain e Appice se mostram
mais sólidos do que nunca, apresentando um belíssimo trabalho de baixo/bateria.
Os grandes destaques aqui ficam por conta de “Night People”, “Dream Evil”,
“Sunset Superman”, “All The Fools Sailed Away” e “I Could Have Been A Dreamer”.
Até aquele momento os fãs não sabiam de nada, mas Dream Evil marca o fim da
melhor fase do Dio.
NOTA:
9,0
______________________________
Dio
– Lock Up The Wolves (1990)
(Warner
Bros Records)
01. Wild One
02. Born On The Sun
03. Hey Angel
04. Between Two Hearts
05. Night Music
06. Lock Up The Wolves
07. Evil On Queen Street
08. Walk On Water
09. Twisted
10. Why Are They Watching Me
11. My Eyes
Uma verdadeira revolução marcou Lock Up The Wolves,
já que a formação da banda foi totalmente reformulada, além de alterações no
que tange a sonoridade. Nas guitarras, um moleque de 19 anos, totalmente
desconhecido, chamado Rowan Robertson, no baixo, Teddy Cook, n bateria, o
experiente Simon Wright (AC/DC) e nos teclados, Jens Johansson, oriundo da
Rising Force, de Yngwie Malmsteen. Com esse time, Ronnie James Dio decidiu que
era hora de fugir daquela formula pronta que havia marcado seus 4 primeiros
trabalhos.
Certamente esse é o trabalho mais pesado do Dio.
Apesar de nãos ser muito lembrado pelos fãs, Robertson faz um puta estrago (no
sentido positivo da palavra) nas 11 faixas aqui presentes, Com riffs bem
pesados, influências de blues aqui e ali e solos belíssimos, foi um substituto
a altura tanto de Campbell quanto de Goldy. Cook e Simon Wright formam uma
ótima dupla e Jens consegue dar um ar bem soturno quando surge com seu teclado.
A tentativa de mudar a fórmula que começava a dar
sinais de cansaço acabou sendo muito positiva. A maior parte das músicas, além
de mais cadenciadas, acabam por ganhar maior agressividade. Apesar de muito
sólido e coeso, Poe algum motivo que me escapa a compreensão, esse é um
trabalho nãp muito popular entre os fãs do estilo. Destaques ficam por conta de
“Wild One”, “Hey Angel”, “Lock Up The Wolves”, “Walk On Water” e “Twisted”
Pense em um trabalho subestimado. Pois bem, esse é
Lock Up The Wolves.
NOTA:
8,5
______________________________
Dio
– Strange Highways (1993)
(Vertigo)
01. Jesus, Mary & the Holy Ghost
02. Firehead
03. Strange Highways
04. Hollywood Black
05. Evilution
06. Pain
07. One Foot in the Grave
08. Give Her the Gun
09. Blood From a Stone
10. Here's to You
11. Bring Down the Rain
Após Lock Up The Wolves o improvável ocorreu. Em
1991 Dio retorna ao Black Sabbath, junto com Vinny Appice, reunindo assim a formação
que gravou o mítico Heaven and Hell. O resultado disso foi um novo clássico,
Dehumanizer, lançado no ano seguinte. Só que ai a história se repetiu e logo Dio
e Vinnie Appice pulam fora. Ronnie então reforma sua banda, que passou a contar
também como o guitarrista Tracy G (Love/Hate) e o baixista Jeff Pilson (Dokken).
Strange Highways é o que podemos chamar de um
Dehumanizer parte 2, e veja bem, isso é um puta elogio. Monstruosamente pesado,
mais cadenciado e arrastado, certamente esse seria o próximo passo do Sabbath
se Dio não tivesse saído. Os mimizentos de plantão vão choramingar dizendo que
esse álbum não soa como a fase clássica da banda (os 4 primeiros), mas e daí? É
um puta álbum de Metal, com ótimas composições e isso é o que importa no final
das contas, não é?
Os riffs aqui presentes estão entre os mais pesados
em um álbum do Dio e Tracy G. destrói tudo, no bom sentido. Pilson a Appice
fazem uma cozinha fabulosa e o último tem certamente seu melhor desempenho em
um álbum da banda, sendo simplesmente monstruoso. Além disso, as melodias aqui
presentes são excelentes. Destaques ficam para “Jesus, Mary & the Holy
Ghost”, “Strange Highways”, “Hollywood Black”, “One Foot in the Grave” e “Here's
to You”.
Em minha modesta visão, o melhor trabalho do Dio
depois de Holy Diver e The Last In Line.
NOTA:
9,0
______________________________
Dio
– Angry Machines (1996)
(Mayhem
Records)
01. Institutional Man
02. Don't Tell The Kids
03. Black
04. Hunter Of The Heart
05. Stay Out Of My Mind
06. Big Sister
07. Double Monday
08. Golden Rules
09. Dying In America
10. This Is Your Life
Resumindo a Lei de Murphy em duas palavras, merdas
acontecem. Após um álbum simplesmente espetacular e mantendo a mesma formação,
o esperado era um álbum tão bom quanto. Essa era a lógica, mas Angry Machines
resolveu seguir a fatídica lei citada agora a pouco. Até ocorreu uma tentativa
de em parte, repetir a fórmula do anterior, mas simplesmente não funcionou.
O grande problema aqui nem é tanto a falta de
qualidade das músicas, pois até temos boas idéias rolando o tempo todo, mas sim
a falta de coesão. Além da sonoridade mais cadenciada do trabalho anterior,
podemos encontrar aqui momentos que pendem para o Progressivo e até mesmo,
pasmem, para o Groove Metal. Essa falta de foco, de direção, transformou Angry
Machines no trabalho mais fraco da carreira de Dio (somando todas as bandas
pela qual Ronnie passou).
As músicas transparecem certa insegurança e fica
nítido que por algum motivo inexplicável, levando em conta a experiência de
todos os envolvidos, tentaram abraçar o mundo inteiro de uma única vez e
acabaram quebrando feio a cara. Aqui, consigo enxergar apenas três músicas que
estão minimamente a altura dos álbuns anteriores, “Institutional Man”, “Hunter
Of The Heart” e “Double Monday”.
Um trabalho sem convicção e que não foi nada bem
recebido, por fãs e pela imprensa especializada. Só vale a pena ter, se você realmente
quiser completar a coleção.
NOTA:
6,5
______________________________
Dio
– Magica (2000)
(Spitfire
Records)
01. Discovery
02. Magica Theme
03. Lord Of The Last Day
04. Fever Dreams
05. Turn To Stone
06. Feed My Head
07. Eriel
08. Challis
09. As Long As It's Not About Love
10. Losing My Insanity
11. Otherworld
12. Magica – Reprise
13. Lord Of The Last Day – Reprise
14. Magica Story
Após o desastre de Angry Machines, algo precisava
ser feito para mudar o rumo da situação. A primeira atitude foi então
reformular a banda por completo mais uma vez, trazendo de volta velhos conhecidos.
Além de Ronnie, temos aqui Craig Goldy na guitarra, Jimmy Bain no baixo e Simon
Wright na bateria. Um time realmente de respeito.
Magica é um trabalho conceitual, algo que Dio não
havia feito até então em sua carreira. Musicalmente falando, ele soa em muitos
momentos como uma mistura de Strange Highways com Holy Diver, pendendo um pouco
mais para o lado do segundo e com alguns momentos realmente soberbos. Ótimos
riffs e toda coesão e equilíbrio que faltaram ao trabalho anterior se fazem
presentes aqui.
Destaques aqui vão para “Lord Of The Last Day”, “Turn
To Stone”, “Feed My Head”, “As Long As It's Not About Love” e “Losing My
Insanity”. Musicalmente excepcional!
NOTA:
8,0
______________________________
Dio
– Killing The Dragon (2002)
(Spitfire
Records)
01. Killing The Dragon
02. Along Comes A Spider
03. Scream
04. Better In The Dark
05. Rock & Roll
06. Push
07. Guilty
08. Throw Away Children
09. Before The Fall
10. Cold Feet
Para variar, mais mudanças de formação. Sai Craig
Goldy, entra Doug Aldrich (Burning Rain/Whitesnake) e Scott Warren (ex-Keel)
assume os teclados. A verdade é que desde o fim da formação clássica, após
Dream Evil, a rotatividade se tornou alta na banda, mas quase sempre com os
mesmos nomes indo e vindo, o que comprova o grande ser humano que era Ronnie
James Dio.
A frase que pode definir bem Killing The Dragon é “o
bom filho a casa torna”. Isso porque o que temos nele é uma mescla entre Sacred
Heart, Dream Evil e seu trabalho anterior, Magica. A sequência inicial, com a
faixa título e “Along Comes A Spider” já deixa mais do que claro o que o
ouvinte irá encontrar: metal oitentista mais do que clássico, da melhor estirpe
e com selo Dio de qualidade. Doug Aldrich se destaca, mostrando uma proximidade
muito grande com o trabalho de Vivian Campbell, tanto no que tange riffs quanto
solos, sendo o que mais se aproximou disso dentre todos os guitarristas de Dio.
Forte, com ótimos riffs e solos, melodias
cativantes, refrões grudentos e um clima nostálgico incrível, Dio vira de fez a
página de sua fase mais moderna, que teve início no ótimo Strange Highways e dá
a seus fãs o que esperavam desde Dream Evil, para a felicidade geral da nação. Os
destaques aqui ficam com “Killing The Dragon”, “Along Comes A Spider”, “Better
In The Dark”, “Rock & Roll” e “Push” (que tem um vídeo hilário, com
participação do Tenacious D). Uma aula de como se fazer Metal de qualidade!
NOTA:
8,5
______________________________
Dio
– Master Of The Moon (2004)
(Sanctuary
Records)
01. One More For The Road
02. Master Of The Moon
03. End Of The World
04. Shivers
05. The Man Who Would Be King
06. The Eyes
07. Living The Lie
08. I Am
09. Death By Love
10. In Dreams
E vejam só que surpresa, aqui temos o retorno (mais
uma vez) de Craig Goldy, que assume novamente o posto que havia sido ocupado
por Doug Aldrich no trabalho anterior. De resto, a formação foi mantida, até
porque em time que se está ganhando, o aconselhável é não se mexer. Com relação
à música, já vi alguns se referirem a esse trabalho como Master Of The Doom,
outros como Doom Of The Moon, mas tudo não passa de brincadeira, exagero, por
mais eu toda brincadeira costume ter um fundo de verdade.
Esse é nitidamente um álbum mais cadenciado que seu
antecessor, que possuía um estilo mais clássico. Imagine o Sabbath do
Dehumanizer, misturado com a complexidade musical de Magica e algo do Strange Highways
e do Killing The Dragon. Isso é Master Of The Moon! Uma base sólida de riffs,
lentos, esmagadores, muito peso, uma parte rítmica absurdamente competente
(após o álbum, Pilson foi substituído por Rudy Sarzo) e teclados que criam
ótimas atmosferas. Os maiores destaques aqui ficaram por conta de “One More For
The Road” (veloz e que foge do estilo do álbum), “Master Of The Moon” (Dio e
sua capacidade impar de compor faixas-título clássicas), “Shivers”, “The Eyes”
(sobra do Dehumanizer?) e “Living The Lie”.
E assim terminou uma era no Heavy Metal.....
NOTA:
8,5
Após isso, Dio retornou novamente ao Sabbath, mas
com o nome de Heaven and Hell (maldito mundo dos negócios), com o qual lançou o
excelente The Devil You Know. Um grande ser humano, um vocalista sobre-humano.
Ronald James Padavona pode ter partido desse mundo, mas Dio deixou uma obra
extensa em quantidade e qualidade, para que assim pudéssemos matar a saudade.
Um mestre!
Massa
ResponderExcluirObrigado por isso.
ResponderExcluirFaltou no Angry Machines a God Hates Heavy Metal...
ResponderExcluir01. Institutional Man
02. Don't Tell The Kids
03. Black
04. Hunter Of The Heart
05. Stay Out Of My Mind
06. Big Sister
07. Double Monday
08. Golden Rules
09. Dying In America
10. God Hates Heavy Metal
11. This Is Your Life
Boa resenha dos álbuns, Strange Highways é uma pedrada!
ResponderExcluir