Worst
– Cada Vez Pior (2014)
(Against
Records – Nacional)
01. Transbordando Ódio
02. Só Depende de Você
03. Pesadelo
04. Andar na Linha
05. Honra Dilacerada
06. Ninguém Vai Te Ajudar
07. Acreditar
08. Nunca Fez Nada
09. Cada Vez Pior
10. Sem Dó
Quem acompanha o trabalho do Worst,
quarteto paulistano formado por Thiago Monstrinho (vocal/Medellin, Presto?,
Chorume), Douglas Melchiades (guitrra/One True Reason), Ricardo Brigas
(baixo/Musica Diablo, Broken Heads) e Fernando Schaefer (bateria/Paura,
Pavilhão 9, Treta, The Silence), sabe exatamente o que vai encontrar em Cada Vez Pior, terceiro álbum de estúdio
da banda. NYHC, na linha de nomes como Madball e Cro-Mags, violento, bruto e
raivoso.
Soando ainda mais pesado e agressivo que
nos trabalhos anteriores, a música do Worst pode assustar até mesmo os ouvidos
mais tarimbados. Os vocais gritados de Thiago destilam ódio a cada palavra,
enquanto a guitarra de Douglas é responsável por momentos absurdamente
nervosos. A “cozinha” é um caso a parte e está para mim entre as melhores da
música pesada nacional. Técnicos, precisos e variados, Ricardo e Fernando
destroem tudo aqui. Aliás, Schaefer brilha individualmente durante todo o
trabalho, demonstrando seu talento com algumas das melhores viradas que escutei
nos últimos tempos. De cair o queixo. Vale destacar também que,
inteligentemente, o Worst não apela somente para momentos velozes e agressivos,
já que se utiliza muito bem de passagens mais cadenciadas e brutalmente pesadas
para dar variedade a sua música e evitar assim que soe repetitiva. As letras,
em português, também se destacam por converter em palavras todo o ódio e
agressividade da música do quarteto. Um verdadeiro murro na cara das pessoas e
sociedade hipócrita que vivemos. Os destaques aqui vão para “Transbordando Ódio”, “Só Depende de Você”, “Andar na Linha”,
“Hora Dilacerada” (John Matrix rules!, os fortes entenderão do que falo), “Acreditar”, “Nunca Fez Nada” e “Sem Dó”.
“Hardcore ogro sem dó de porra
nenhuma!”. É assim que o Worst se define. Normalmente acho essa coisa de uma
banda se definir como algo pedante e arrogante, mas nesse caso, pela primeira
vez em 26 anos militando no meio da música pesada vejo uma banda realmente
fazer isso de forma verdadeira. Direto e reto, sem um pingo de frescura, os caras
mandam seu recado colocando o dedo na cara de quem cruzar seu caminho. Prepare
seu pescoço (e muitas cartelas de relaxante muscular), pois os caras aqui não
terão dó de seu pescoço. Impiedoso!
NOTA:
9,0
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