Girlie
Hell – Hit and Run (7”EP) (2014)
(Monstro
Discos – Nacional)
01. Gunpowder
02. Till The End
Fundando em 2007 na cidade de Goiânia, o
quarteto formado por Bullas Attekita (vocal/guitarra), Julia Stoppa (guitarra),
Fernanda Simmonds (baixo) e Carol Pasquali (bateria) obteve boa repercussão com
o Hard Rock apresentado em seu álbum de estreia, Get Hard! (2012), que rendeu inclusive uma pequena turnê pelo país
ao lado do Crucified Barbara. Enquanto preparam o sucessor de seu debut,
aproveitaram para lançar esse 7”EP, que têm a função de não só mostrar o
momento no qual se encontram, como também servir de prévia do que vêm pela
frente.
A primeira coisa que se chama a atenção
aqui é a apresentação de Hit and Run,
muito bem feita e em vinil colorido bem legal. Mas é quando se coloca a
bolachinha pra tocar que o bicho pega pra valer e você tem a possibilidade de
observar toda a competência e profissionalismo do Girlie Hell. Os dois anos que
se passaram desde Get Hard,
amadureceram ainda mais a música do quarteto, que aqui soa mais pesada e
agressiva do que nunca, pendendo mais para o lado do Metal do que para o Hard
Rock. As guitarras (Bullas e Julia) despejam riffs pesados e agressivos, mas
sem abrir mão de boas melodias, enquanto a parte rítmica (Fernanda e Carol) se
mostra bem equilibrada e competente. Cabe também um elogio aos vocais de
Bullas, que são não menos que ótimos e a coloca entre as melhores vozes do
estilo no cenário nacional (e não estou falando só de vocalistas femininas).
Tanto “Gunpowder” (com um riff
grudento), quanto “Till The End” (que
podemos rotular como uma faixa mais emotiva devido a sua letra) são excelentes
composições e acabam por mostrar todo o potencial existente no Girlie Hell.
A produção é excelente, ficando a cargo
dos quase onipresentes e onipotentes Heros Trench e Marcelo Pompeu, enquanto
que a masterização foi feita por Alan Duches, responsável por trabalhos de
lendas do Metal Extremo como Cannibal Corpse, Death e Deicide. Hit and Run, com suas duas músicas,
consegue ser tão ou mais efetivo que muitos álbuns completos por ai, o que só
mostra o ótimo momento vivido pelo grupo e aumenta a expectativa pelo seu
segundo trabalho. Comparações com o Girlschool (o nome da EP foi tirado de uma
música da banda) e outras bandas compostas exclusivamente por mulheres
certamente irão surgir, mas a verdade é uma só, o Girlie Hell é o Girlie Hell,
uma banda disposta a não se prender a limites estilísticos e expandir
musicalmente sempre e ponto final. Que não demorem a lançar seu novo trabalho,
pois Hit and Run deixou aquele saboroso
gosto de quero mais.
NOTA:
8,5
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