Wild
Child – Seven (2015)
(MS
Metal Records - Nacional)
01. Never Let Yourself Down
02. Myself in Pieces
03. All I Want, All I Need
04. Find Your Way
05. The Circle of Hate
06. Church Bells
07. Don't Turn Off the Lights
A história do Wild Child é similar a de muitas
outras bandas de nosso cenário. Surgida no ano de 2006 em Curitiba, seu foco
inicial era fazer covers de nomes consagrados do Hard Rock, como Whitesnake,
Van Halen e afins. Mas eis que em um determinado momento o quarteto formado por
Erik Fillies (vocal), Marcelo Gelbcke (guitarra), Thiago Forbeci (baixo) e
Felipe Souza (bateria) sentiu a necessidade de expandir seus horizontes
musicais e passaram a investir em músicas próprias. Isso teve como resultado o
lançamento de seu debut, Inside My Mind
(12), disponibilizado para download gratuito pela banda e que obteve boa
repercussão nos meios especializados, graças a um Hard Rock com pegada moderna
e que possuía peso e boas melodias.
Seven
vem para suceder o debut e confirmar se as expectativas geradas com o mesmo
eram plausíveis. Esses três anos serviram para um maior amadurecimento da banda,
que acabou agregando ou reforçando alguns aspectos de sua sonoridade, como
maior peso e influências latentes de Prog Metal e até mesmo do famigerado
Grunge (vide, por exemplo, algumas passagens de “Myself in Pieces”). A base de seu som continua sendo o Hard Rock e
a energia e simplicidade que transbordam do trabalho deixa tudo muito às
claras, mas é inegável que junto a isso, temos a técnica e a complexidade
típica do Prog. Talvez aqui esteja a grande sacada do Wild Child, conseguir
fazer uma música que consegue ser ao mesmo tempo muito técnica, mas que soa
simples aos ouvidos, sem aquele ar autoindulgente e exagerado que poderia
emanar de tal proposta. Pode parecer esquisito o que irei falar, mas chamar o
quarteto curitibano de Prog Hard não seria exagero algum, já que o mesmo talvez
defina perfeitamente a sonoridade do que escutamos em Seven. Ótimos riffs, guitarras pesadas, uma cozinha bem variada e
técnica (e que segura muito bem o peso das músicas), algumas melodias e refrões
que simplesmente grudam em sua cabeça e um vocalista que não apela em momento
algum para aqueles gritinhos “mamãe estou sendo empalado pelo Kid Bengala”, já
que procura imprimir um tom mais agressivo a sua voz, são os grandes destaques
do álbum. Todas as faixas aqui são bem homogêneas, mas coloco um patamar acima “Never Let Yourself Down”, “All I Want, All I Need”, “Find Your Way”
e principalmente e espetacular “Church
Bells”, que com seus 15 minutos, acaba sendo um retrato perfeito de todo
álbum.
Sem qualquer sobra de dúvida, podemos afirmar que o
Wild Child venceu com folga o desafio do segundo álbum, não só por ter
conseguido superar seu debut em matéria de qualidade como também por ter
encontrado uma cara própria para seu som. O maior pecado de Seven? Ter apenas 7 músicas, o que te
obriga a manter o som no repeat. Um dos grandes álbuns nacionais de 2015.
NOTA:
8,5
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