Brutal
Morticínio - Obsessores Espíritos das Florestas Austrais (2014)
(Cianeto
Discos/ Luanegra Distro/ Terceiro Mundo Chaos/ Blasphemic Art/Infernal Rites
Distro/ Metal Reunion/ Violent Records/ Terrorismo Produções/ Ihells Produções/
Deathsquad Records/ Merchant of Death/ Interior Sou Distro/ DFL Productions)
01 – Intro
02 – Não Darei a Outra Face
03 – Para o Eterno Sofrimento de
Cuathemoc
04 – Evocando os Espíritos Obsessores
das Florestas Austrais
05 – Vingança Ancestral
06 – Anacrônico tempo, Obsolescência da
História
07 – Densas Nevoas das Profundezas
08 – Estúpido e Podre Homem Branco
Cristão
O Brasil tem uma tradição em bandas de
qualidade no que tange a vertentes mais extremas do Metal e diversos são os
nomes respeitados mundo afora. E nessa área, a região sul do Brasil consegue
rivalizar com Minas Gerais na capacidade de gerar bons grupos. Não sei se á
algo na água que bebem por lá, mas a verdade é que sempre me deparo com
material de qualidade vindo daqueles lados. E de lá, mais precisamente do Rio
Grande do Sul, que vem o Brutal Morticínio, horda que aposta no Black Metal e
chega a seu segundo álbum, que vêm suceder o bom Despertar dos Chacais...O Outono dos Povos (08). Vale destacar aqui
que esse novo trabalho dos gaúchos está sendo lançado por uma união de 12 selos
e distros. É o underground se unindo e mostrando sua força.
A aposta aqui (assim como no debut) é em
um Black Metal mais voltado as raízes do estilo e que na maior parte do tempo, não
investe tanto em melodias. Apesar de nitidamente estarem mais maduros que em
seu álbum de estréia, isso não alterou em nada a música do grupo, que continua
pesada, agressiva e brutal, com diversas passagens onde a rispidez dá o tom do
trabalho. Ajuda muito também no bom resultado final de Obsessores Espíritos das Florestas Austrais, o fato do trio formado
por Tormentor (vocal e guitarra), Mielikki (baixo) e André Rodrigues (bateria)
equilibrar muito bem as passagens mais velozes com as mais cadenciadas,
evitando aquela impressão que muitos trabalhos de Metal extremo nos passa, de
estarmos ouvindo a mesma faixa ad eternum. As letras, também muito
interessantes, abordam o anti-cristianismo e o paganismo, focando
principalmente na cultura latino americana. Os maiores destaques ficam com “Não Darei a Outra Face”, “Para o Eterno
Sofrimento de Cuathemoc” (com um ar épico), “Vingança Ancestral” (bem melódica) e “Densas Nevoas das Profundezas”.
A produção ficou a cargo de Roger Fingle
e deu a sujeira e rispidez necessária para a sonoridade do Brutal Morticínio.
Já a parte gráfica é simples, mas bem feita e no encarte você irá encontrar as
letras em português e inglês. Fazendo jus ao nome e praticando um Black Metal
bem cru e opressivo, algo que faz falta a cena, os gaúchos lançaram um dos
melhores cd’s do estilo no Brasil em 2014. Se curte um Black Metal mais de
raiz, tem que escutar essa horda.
NOTA:
8,5
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