Joe
Bonamassa - Different Shades Of Blue (2014)
(Voice
Music - Nacional)
01.
Hey Baby (New Rising Sun)
02.
Oh Beautiful!
03.
Love Ain't a Love Song
04.
Living on the Moon
05.
Heartache Follows Wherever I Go
06.
Never Give All Your Heart
07.
I Gave Up Everything for You, 'Cept the Blues
08.
Different Shades of Blue
09.
Get Back My Tomorrow
10.
Trouble Town
11.
So, What Would I Do
Joe Bonamassa, com 12 anos (começou a tocar
com 4), foi elogiado por B.B.King após ter feito a abertura do show deste em
sua cidade, o que o transforma automaticamente em um cara muito foda e digno de
respeito. Se não bastasse isso, em 1993 (aos 16 anos), juntou-se a Barry Oakley
Jr (baixo, filho do lendário baixista do The Allman Bros.), Waylon Krieger
(vocal, filho de Robbie Krieger-The Doors) e Erin Davis (bateria, filho de
Miles Davis), formando o Bloodline (completado pelo tecladista Lou Segreti),
uma banda bem legal de Blues/Rock, que lançou apenas um álbum em 1994, mas que
ainda sim conseguiu emplacar um single, “Stone
Cold Hearted”, na 32ª posição da Billboard. Finalmente em 2000, resolveu sair
em carreira solo, lançando de cara um álbum muito elogiado, A New Day Yesterday. De lá para cá, só
ascendeu, seja através de ótimos álbuns solo, de participações especiais em
trabalhos com outros artistas ou o material que lançou com o finado Black
Country Communion.
Com uma carreira muito profícua e que rendeu
mais de 20 trabalhos entre álbuns ao vivo e de estúdio nesses 14 anos, não
seria exagero dizer que Joe Bonamassa está em seu melhor momento com o
lançamento de Different Shades of Blue.
Investindo no Blues Rock que sabe fazer com maestria impar, apresenta uma
música muito diversificada, trafegando com muita naturalidade entre aquele som
tipicamente inglês dos anos 60 e 70 que ele tanto admira (basta lembrar que a
faixa de abertura de A New Day Yesterday
era “Cradle Rock”, de Rory Gallagher)
e o R&B. Se mostrando um compositor de mão cheia, além de muita maturidade
e criatividade, nos deparamos com ótimos arranjos e bases, solos de arrepiar
qualquer um e um feeling absurdo. O que mais me impressiona é que apesar de
toda a sua capacidade, Bonamassa passa longe da masturbação auto-indulgente na
qual muito de seus parceiros caem, abrindo inclusive espaço para que todos os
músicos que o acompanham brilhem de alguma forma e isso tudo sem tirar em
momento algum o foco de sua guitarra. Desde a abertura, com “Hey Baby (New Rising Sun)” (Do mestre
Hendrix, única faixa não autoral aqui) até o encerramento com “So, What Would I Do”, tudo aqui é
brilhante, tornando uma tarefa hercúlea destacar alguma faixa. As minhas
preferidas são “Oh Beautiful!”, “Love
Ain't a Love Song”, “Never Give All Your Heart”, “I Gave Up Everything for You,
'Cept the Blues” e a faixa título.
A produção, novamente a cargo de Kevin
Shirley, soa simplesmente perfeita, deixando tudo muito orgânico e cristalino.
Vale citar aqui também o desempenho de Joe como vocalista, simplesmente
perfeito, já que consegue passar muita emoção através deles. Com muita
versatilidade e uma identidade bem própria, Bonamassa nos entrega um dos
melhores álbuns de 2014. Simplesmente obrigatório para todo e qualquer amante
de boa música.
NOTA:
9,5
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