sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Fast Review – Resenhas rápidas para consumo imediato!



Cadaveria – Silence (2014)
(Scarlet Records – Importado)


Durante a segunda metade dos anos 90, capitaneando os vocais do Opera IX, Raffaella Rivarolo, mais conhecida como Cadaveria, foi uma das responsáveis por 3 clássicos do Gothic/Black, The Call of the Wood (95), Sacro Culto (98) e The Black Opera (00). Após sair da banda junto com o baterista Flegias, montaram o Cadaveria e de lá para cá vem mantendo boa constância em sua carreira. Silence é o 5° trabalho de estúdio da banda e aqui, o ouvinte irá encontrar o Gothic/Black que marcou a carreira do grupo até hoje. Alguns elementos de Metal Tradicional e Doom e os ótimos vocais de Cadaveria, que alternam entre o rasgado e o limpo, enriquecem mais ainda o resultado final. A título de curiosidade, todos os demais membros da banda utilizam como pseudônimos, nomes de antagonistas de filmes do diretor David Lynch. Esquisitices a parte, um trabalho muito digno dos italianos. (7,5)



------------------------------

Einherjer – Av Oss, For Oss (2014)
(Indie Recordings – Importado)


Uma das principais bandas do cenário Viking/Pagan Metal da atualidade, os noruegueses do Einherjer chegam a seu 6° álbum, Av Oss, For Oss, sucessor do apenas mediano Norron (11). Responsável por pelo menos um clássico do estilo, o excelente Blot (03), colocaram a faca entre os dentes para recuperar o espaço que haviam perdido com o trabalho anterior. Bem maduro, com ótimos riffs, vocais Black e equilibrando muito bem as passagens pesadas com atmosferas mais épicas, esse é um dos melhores trabalhos do estilo lançado no ano de 2014. Se for fã, tem a obrigação de correr atrás! (8,5)



------------------------------

Mägo de Oz – Ilusia (2014)
(Warner Music – Importado)


Uma das principais bandas da história do Metal espanhol, o Mägo de Oz chega a seu 12° álbum apresentando aquela tradicional mistura de Power Melódico com Folk que marcou fortemente sua carreira. Vindo de um período inconstante, com altos e baixos nos últimos álbuns, os espanhóis buscam com o conceitual Ilusia, voltar a seus melhores momentos. Para a alegria de seus fãs, conseguem isso, lançando seu melhor álbum desde Finisterra (00). É o bom e velho Mägo de Oz de sempre, voltando à boa forma. (8,0)



------------------------------

Orange Goblin – Back From the Abyss (2014)
(Candlelight Records – Importado)


Vocês podem não lembrar, mas nem sempre o Stoner esteve na moda. Isso lá nos anos 90. Nessa época, os destaques recaiam sobre as bandas americanas, como Kyuss, Sleep, Acid King ou Nebula e as inglesas, mais precisamente Electric Wizard e justamente o Orange Goblin. Os anos se passaram, bandas de todos os cantos do mundo aderiram ao estilo, que se popularizou, e os ingleses continuaram firme e forte, lançando sempre ótimos álbuns. Quem conhece a banda, sabe exatamente o que irá encontrar aqui. Trabalho sólido, riffs gordurosos e muito peso. Mais um grande trabalho, para ser ouvido enquanto se degusta um bom Whisky. (8,5)



------------------------------

Machinaria – Sacred Revolutions, Profane Revelations (2014)
(Independente – Nacional)


O Brasil sempre foi um celeiro de boas bandas, principalmente quando falamos de vertentes mais pesadas do Metal. O Machinaria vêm do Rio Grande do Sul e em seu debut álbum, aposta em um Thrash Metal moderno, agressivo e bem variado, com passagens grooveadas e letras que tratam da Inquisição Católica. Agradável de escutar e bem produzido, o Machinaria se coloca como uma das grandes promessas para os próximos anos. Vale uma conferida (7,5)



------------------------------

Espancando Cristo – Jesus Pop Star (2014)
(Independente – Nacional)


O nome da banda já da pistas da delicadeza sonora que iremos encontrar pela frente. Oriundo de Natal/RN, o espancando Cristo aposta em um Noise/Crust/Grind com temática anti-religiosa e pesadas críticas sociais características do estilo. Musicalmente, temos um som minimalista, absurdamente agressivo, veloz e com vocais simplesmente ininteligíveis. Se você tem ouvidos delicados, passe longe, mas se gosta de uma “podreira’, não pode deixar de conhecer esse trabalho. (8,5)

 
------------------------------

Nenhum comentário:

Postar um comentário