Tarja – Colours In The Dark (2013)
(earMUSIC/Universal
Music - Importado)
01. Victim of Ritual
02. 500 Letters
03. Lucid Dreamer
02. 500 Letters
03. Lucid Dreamer
04. Never Enough
05. Mystique Voyage
06. Darkness
07. Deliverance
08. Neverlight
09. Until Silence
10. Medusa
Quando
Tarja saiu do Nightwish, pensei comigo mesmo que estávamos perdendo uma grande
banda para ganhar duas que no máximo seriam medianas. Infelizmente o tempo
acabou mostrando que estava certo ao pensar assim. Em seu 4º álbum de estúdio,
3º após a separação, ela aposta em um Metal Sinfônico que em quase nada tem a
ver com o que fazia em sua antiga banda. Então, se você quer velocidade, bumbos
duplos e outras coisas do tipo, nem perca seu tempo escutando Colours In The Dark.
Uma coisa
não sou louco de negar, que é a qualidade indiscutível da voz de Tarja. Nem com
toda má vontade do mundo isso é possível. De todos os seus trabalhos, esse aqui
se mostra o mais variado de todos, mostrando que ela não tem medo de usar de
sua liberdade artística, independentemente do que os outros irão pensar. No
final isso acaba se tornando uma faca de dois gumes, já que se por um lado isso
pode gerar momentos bem interessantes, por outro pode resultar em verdadeiros
desastres. Como dito, a base do som aqui é o Metal Sinfônico, mas a isso ela acrescentou
alguns experimentalismos que, infelizmente, nem sempre funcionam tão bem. Os
arranjos orquestrais estão ótimos, a sua voz está soando melhor que nunca, mas
o repertório se mostra um pouco fraco e confuso, com os melhores momentos do
álbum sendo justamente aqueles que de alguma forma remetem a sua ex-banda.
Queiram ou não, a verdade é que como compositora ela é uma excelente cantora. Colours In The Dark até abre de forma
animadora, com a ótima “Victim of Ritual”,
com ecos de Nightwish e o rock simples de “500
letters”. “Lucid Dreamer” poderia
ser a melhor música do trabalho, principalmente por suas ótimas partes
orquestrais, mas em determinado momento se perde em alguns experimentalismos,
prejudicando um pouco seu resultado final. “Never
Enough” é uma das poucas que apresentam algum peso real, com seus ótimos
riffs. Daí em diante, infelizmente o caldo desanda. Faixas como “Mystique Voyage”, “Darkness” ou “Medusa” acabam soando chatas e cansativas, por muitas vezes
irritantes, sendo apenas uma justificativa para Tarja demonstrar seus dotes
vocais. O único momento realmente interessante se dá com a pesada “Neverlight”.
A verdade
é que mesmo nos melhores momentos de Colours
in The Dark, sentimos falta de algo. Sabe aquela faixa realmente
impactante, que faz você exclamar um “puta merda, o que é isso tudo!”? Pois é,
você não irá encontrar isso aqui. Talvez um pouco mais de peso e músicas mais
curtas poderiam ter ajudado na qualidade do trabalho. Claro que os fãs die hard
de Tarja vão amar cada segundo desse trabalho (e certamente estão me odiando),
afinal de contas, essa é a função deles como fãs, mas o ouvinte normal, esses
dificilmente conseguirão chegar ao final da audição e certamente irão entender
tudo que quis dizer com essa resenha. Com um álbum totalmente focado em sua
maravilhosa voz, ela vai consolidando mais e mais a sua carreira. Pena que isso
não signifique boa qualidade musical.
NOTA: 6,5
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