quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Running Wild - Resilient (2013)




Running Wild - Resilient (2013)
(SPV/Steamhammer – Importado)

01. Soldiers Of Fortune
02. Resilient
03. Adventure Highway
04. The Drift
05. Desert Rose
06. Fireheart
07. Run Riot
08. Down To The Wire
09. Crystal Gold
10. Bloddy Island
11. Payola & Shenaningans (Bônus Track)
12. Premonition (Bônus Track)

Com seus dois primeiros álbuns, Gates To Purgatory (84) e Branded And Exiled (85), o Running Wild ajudou a definir o que seria o Power/Speed Metal. Sendo assim, gostando ou não da banda, sua importância é inegável. Só que depois disso, simplesmente emendaram uma sequência fantástica de oito ótimos álbuns, que começa com o clássico Under Jolly Roger (87) e termina com The Rilvary (98), sempre com o tema pirataria como recorrente na parte lírica. Depois, a queda foi inevitável e não vou negar que após uma sequência de trabalhos que não empolgaram e que culminou com o fraco Rogues en Vogue (05), respirei aliviado com o anúncio do fim da banda por Rolf Kasparek no ano de 2009. Era mais digno isso do que ficar manchando a discografia da banda com trabalhos que não eram condizentes com sua história.

Em 2011 fomos surpreendidos com o anuncio do retorno da banda, que culminou no decepcionante Shadowmaker (12), que contava apenas com Rolf (vocal, guitarra e baixo), Peter Jordan (guitarra) e uma irritante bateria eletrônica. Dessa forma, fiquei com os dois pés atrás ao saber que Resilient contaria com essa mesma formação. Felizmente, ao final das contas acabei surpreendido. Sem exageros, esse é o melhor trabalho da banda desde o distante ano de 1998 e ajuda a recuperar muito da antiga credibilidade perdida pela sequência de péssimos lançamentos. Com ótimos riffs e melodias, músicas sólidas, ótimos refrões, desses que você pega na primeira audição, te jogam em uma máquina do tempo, fazendo com que retorne a época clássica do Running Wild nos anos 80/90. Resilient possui diversas canções com potencial para tornarem-se clássicos da banda como a forte faixa de abertura, “Soldiers Of Fortune”, “Adventure Highway”, que vai te remeter aos melhores momentos do Judas Priest, a ótima e agressiva “Crystal Gold” e principalmente, a épica e fantástica “Bloddy Island”. Claro que temos alguns momentos que não empolgam tanto, como a comercial “Desert Rose” e a fraca “Down To The Wire”, mas nada que faça o álbum cair na vala dos lançamentos fracos dos últimos anos.

Com já andaram dizendo por ai, com Resilient o Running Wild voltou a ser Running Wild, o que já não ocorria há muito tempo. Com um álbum de Metal puro e simples, sem invenções e com a criatividade de volta ao lugar, Rolf Kasparek te faz viajar a um tempo onde tudo era mais simples, inclusive o Heavy Metal. Preparem-se, pois a bandeira pirata está novamente desfraldada aos quatro ventos e eles estão chegando para pegar você. Álbum para bater cabeça!

NOTA: 8,0





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