terça-feira, 1 de outubro de 2013

Dream Theater – Dream Theater (2013)




Dream Theater – Dream Theater (2013)
(Roadrunner - Importado)

01. False Awakening Suite:
I – Sleep Paralysis
II – Night Terrors
III – Lucid Dream
02. The Enemy Inside
03. The Looking Glass
04. Enigma Machine
05. The Bigger Picture
06. Behind The veil
07. Surrender To Reason
08. Along For The Ride
09. Illumination Theory
I – Paradoxe de la Lumière Noire
II – Live, Die, Kill
III – The Embracing Circle
IV – The Pursuit of Thruth
V – Surrender, Trust Passion

Fazer resenhas é uma tarefa muito difícil na maior parte do tempo. Como ser imparcial ao falar de uma banda que você é muito fã, ou pior ainda, como resenhar um álbum daquela banda que você não suporta ou considera apenas meia boca? Nessas horas tento deixar meus gostos pessoais de lado e olhar aquele trabalho pelo viés do que esperaria um fã. Na teoria isso é muito bonito, mas é claro que na prática acaba não funcionando tão bem assim. O Dream Theater é daquelas bandas que na maioria das vezes ou você os ama de paixão ou os odeia com todas as suas forças. Já eu me incluo naquele minúsculo grupo dos que pensam que a banda nem fede e nem cheira, que acham que lançaram alguns trabalhos bem legais e outros um tanto sacais. Sendo assim, quando peguei Dream Theater (o álbum), não sabia bem o que esperar. Claro, tinha certeza absoluta que iria escutar uma verdadeira aula de virtuosismo de seus músicos e muita complexidade sonora saindo das caixas de som, mas se eu iria gostar disso ou não, já era outra história.
A abertura, com a introdução instrumental “False Awakening Suite”, dividida em três partes, não me empolgou muito. Mas isso não quer dizer muita coisa, já que na maioria das vezes acho introduções um pé no saco. Quando o álbum começa realmente de verdade, “The Enemy Inside” me deixou bem animado. Com riffs bem pesados, um refrão excelente e principalmente, com James LaBrie cantando sem exageros, é um dos grandes destaques do álbum. A faixa seguinte manteve minha empolgação lá em cima, com a melódica “The Looking Glass”, uma espécie de Hard Rock Progressivo bem legal. Então temos o primeiro grande momento voltado exclusivamente para fãs da banda, com a instrumental “The Enigma Machine”. Com pouco mais de 6 minutos e mudanças e mais mudanças de andamento, é algo voltado realmente para quem curte Rock Progressivo, o que não é lá muito meu caso. Daí em diante o trabalho vai oscilando entre boas músicas, como “The Bigger Picture” e “Behind The Veil” e outras chatas, como “Surrender To Reason” (modorrenta e que custa a embalar) e a fraquíssima balada “Along The Rider”, até desembocar na épica faixa final, “Illumination Theory”, com seus cinco movimentos e mais de 22 minutos. O que falar dessa música? Com orquestrações, muito virtuosismo de todos os músicos e passeando por diversos estilos é tudo aquilo que um fã mais ama na banda e tudo que um detrator mais odeia. Para mim, um retrato perfeito da carreira da banda, com momentos fantásticos (na maior parte do tempo) e outros dignos de dar sono.
Talvez esse seja um dos trabalhos mais variados da carreira do Dream Theater e, com toda tranquilidade, seu melhor CD desde Six Degrees Of Inner Turbulence (2002). E vale destacar duas coisas aqui: Mike Mangini, pela primeira vez tendo oportunidade de participar do processo de composição junto com a banda, destrói tudo e faz com que não se sinta um pingo de falta de Portnoy (suas viúvas me perdoem, mas é a mais pura verdade) e James LaBrie está cantando como nunca, evitando exageros irritantes que muitos por ai criticavam. Com passagens intrincadas, muita criatividade, emoção e dinamismo, o Dream Theater lançou um álbum que vai fazer seus fãs gozarem litros e seus detratores lançarem pesadas criticas. Já para mim, um belo álbum de Heavy Metal, com altos e baixos como qualquer lançamento dos dias de hoje. Se você realmente curte a proposta da banda, pode ir sem um pingo de medo, pois é diversão garantida.

NOTA: 8,5





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