quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Lethal Storm - Manipulated Mind (2017)


Lethal Storm - Manipulated Mind (2017)
(Independente - Nacional)


01. Manipulated Mind
02. As Another Day Begins
03. Where’s the Respect
04. Psychopath
05. Chemical Slave
06. Mass Annihilation
07. Disorder
08. Violence
09. Corruptos (Bonus Track)
10. Blood Storm (Bonus Track)
11. Words of Mankind (Bonus Track)

A tendência do brasileiro para sonoridades mais extremas quando o assunto é Heavy Metal, não pode ser negada de forma alguma. E aqui temos mais uma prova disso. O Lethal Storm surgiu na cidade de Campinas/SP, no ano de 2007, e tratou de se enveredar pelos caminhos do Death/Thrash. Lançaram um EP no ano de 2012, Lethal Storm We Are, onde seu potencial pode ser observado, mas após se seguiu um hiato de 5 anos sem lançamentos, onde passaram por mudanças de formação e foram mudando e maturando sua sonoridade. E eis que agora temos em mãos o seu debut, intitulado Manipulated Mind.

Musicalmente não temos aqui um som revolucionário. Seu Death Metal tem aquela pegada mais tradicional e bem técnica de nomes como Cannibal Corpse, Deicide, Vital Remains, Malevolent Creation e afins, com uma bem-vinda dose de Thrash Metal, que não só dá um ar mais atual a música dos campineiros, como também adiciona a ela boas melodias. Cabe dizer que isso em momento algum atenua o peso e a agressividade absurda das composições aqui presentes. Os vocais de Douglas Mota são excelentes, trafegando entre o gutural e o rasgado com uma naturalidade absurda. As guitarras de Diego Mota e Luciano Santos (posto hoje ocupado por Cleber Zeferino) despejam ótimos riffs e solos, enquanto a parte rítmica, com o baixista Haroldo Sanchez e o baterista Fábio Luiz, mostram não só muita coesão, como também muita técnica, além de imprimir um peso absurdo.


O álbum abre com a bruta e técnica “Manipulated Mind”, um dos grandes destaques de todo CD, sendo seguida pelas aceleradas e explosivas “As Another Day Begins”, com seus ótimos riffs, e “Where’s the Respect”, onde a parte rítmica brilha. A densa e cadenciada “Psychopath” é mais puxada para o Thrash, com um trabalho de guitarras que remete ao Slayer, tendo na sua sequência a feroz e agressiva “Chemical Slave”, melhor música de todo o álbum. Aqui vale destacar mais uma vez a parte rítmica. “Mass Annihilation” soa bruta e violenta, enquanto “Disorder” alterna bem velocidade cadência e transborda peso por todos os poros. “Violence” faz jus ao nome e se mostra bem variada, e “Corruptos” apresenta boas melodias e uma letra em português. Funcionou muito bem. Na sequência final temos as melodias marcantes de “Blood Storm”, que pasmem, me remeteu em algumas passagens ao Amon Amarth, e a agressiva “Words of Mankind”.

Gravado no Estúdio RG, o processo de produção fico a cargo da banda, em parceira com Guilherme Malosso e Yuri Camargo (ambos do Motherwood). O resultado é muito bom, já que não só foram felizes na escolha da timbragem, como também conseguiram deixar a gravação bem orgânica, sem abrir mão da clareza e da agressividade. Já a capa e o restante do projeto gráfico foram realizados por Jean Michel, da Designations Artwork, que já trabalhou com nomes como Keep of Kalessin, Skinlepsy e Pagan Throne. Se encaixou com perfeição na proposta lírica e musical da banda. Como já dito, o Lethal Storm não apresenta nada inovador, mas sua música consegue ter uma cara própria durante a maior parte do tempo, além de transbordar energia, peso, agressividade e brutalidade. É Death/Thrash feito sobre medida para triturar tímpanos delicados.

NOTA: 82

Lethal Storm é:
- Douglas Mota (vocal);
- Diego Mota (guitarra);
- Cleber Zeferino (guitarra);
- Haroldo Sanchez (baixo);
- Fábio Luiz (bateria).

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