Krisiun – Scourge Of The Enthroned (2018)
(Century Media Records/Shinigami Records – Nacional)
01. Scourge of the Enthroned
02. Demonic III
03. Devouring Faith
04. Slay the Prophet
05. A Thousand Graves
06. Electricide
07. Abysmal Misery (Foretold Destiny)
08. Whirlwind of Immortality
Ainda me lembro da sensação que tive ao escutar Black Force Domain (95) pela primeira vez. O impacto daquele verdadeiro massacre sonoro deixou marcas, além da certeza de que eu estava diante de uma banda que tinha tudo para marcar seu nome a ferro e fogo na história do Death Metal mundial. Mais de 20 anos se passaram e o tempo apenas confirmou minhas impressões iniciais, e hoje os gaúchos do Krisiun podem (e devem) ser colocados entre os maiores nomes do estilo em todos os tempos. O que fizeram para isso? Só alguns clássicos, como Apocalyptic Revelation (98), Conquerors of Armageddon (00), Southern Storm (08) e The Great Execution (11). É pouco? Amigo, quantas bandas de Death Metal por aí podem se gabar de ter 4 álbuns desse porte, de serem citados em listas de melhores do estilo? Poucas, muito poucas. Na verdade, só lendas do estilo podem se dar a esse luxo.
Scourge Of The Enthroned é seu 11º álbum de estúdio, e vem para suceder Forged in Fury (15), um trabalho que apresentava um Krisiun mais maduro e levemente diferente do que havíamos escutado em Southern Storm e The Great Execution. Mesmo que a alma da banda ainda estivesse lá presente, isso gerou certa divisão e tornou o trabalho amado e odiado em partes iguais. Eu particularmente estou no primeiro time, mas entendo quem não o apreciou. Por isso o trio formado por Alex Camargo (vocal/baixo), Moyses Kolesne (guitarra) e Max Kolesne (bateria) resolveu executar algumas mudanças, e a primeira delas foi chamar novamente Andy Classen para cuidar da produção. A segunda mudança foi olhar para o passado e buscar aquela urgência de seus trabalhos mais antigos. Não estou falando de uma regressão musical de 20 anos, de forma alguma, mas sim de recuperar aquele espírito furioso e implacável que marcou o Krisiun em seu início de carreira.
Essa mudança fica muito evidente quando você se dá conta que Scourge Of The Enthroned possui apenas 8 faixas, e que se passam em pouco mais de 38 minutos. Isso faz deste seu segundo trabalho mais curto, só atrás de Works of Carnage (03). Sem espaço para enrolações, o trio executa um verdadeiro massacre com seu Death Metal veloz, agressivo e esmagador. Soando mais rápido e brutal que em trabalhos anteriores, o que temos aqui é uma aula de intensidade e visceralidade, algo que confesso, sentia certa falta nos últimos anos. Os vocais de Alex continuam transmitindo aquela fúria ímpar, e a cada lançamento ele consegue soar ainda melhor. Fora isso, continua formando uma parte rítmica primorosa ao lado do monstruoso Max Kolesne. Sério, só uma explicação verdadeiramente sobrenatural para justificar a sua técnica e precisão na bateria. Se coloca ao lado de mestres como Gene Hoglan, Pete Sandoval, George Kollias e Paul Mazurkiewicz, quando o assunto é música extrema. Moyses despeja alguns dos riffs mais infernais da história da banda, e que conseguem soar clássicos, mas modernos. E os solos? Quanta insanidade!
(Century Media Records/Shinigami Records – Nacional)
01. Scourge of the Enthroned
02. Demonic III
03. Devouring Faith
04. Slay the Prophet
05. A Thousand Graves
06. Electricide
07. Abysmal Misery (Foretold Destiny)
08. Whirlwind of Immortality
Ainda me lembro da sensação que tive ao escutar Black Force Domain (95) pela primeira vez. O impacto daquele verdadeiro massacre sonoro deixou marcas, além da certeza de que eu estava diante de uma banda que tinha tudo para marcar seu nome a ferro e fogo na história do Death Metal mundial. Mais de 20 anos se passaram e o tempo apenas confirmou minhas impressões iniciais, e hoje os gaúchos do Krisiun podem (e devem) ser colocados entre os maiores nomes do estilo em todos os tempos. O que fizeram para isso? Só alguns clássicos, como Apocalyptic Revelation (98), Conquerors of Armageddon (00), Southern Storm (08) e The Great Execution (11). É pouco? Amigo, quantas bandas de Death Metal por aí podem se gabar de ter 4 álbuns desse porte, de serem citados em listas de melhores do estilo? Poucas, muito poucas. Na verdade, só lendas do estilo podem se dar a esse luxo.
Scourge Of The Enthroned é seu 11º álbum de estúdio, e vem para suceder Forged in Fury (15), um trabalho que apresentava um Krisiun mais maduro e levemente diferente do que havíamos escutado em Southern Storm e The Great Execution. Mesmo que a alma da banda ainda estivesse lá presente, isso gerou certa divisão e tornou o trabalho amado e odiado em partes iguais. Eu particularmente estou no primeiro time, mas entendo quem não o apreciou. Por isso o trio formado por Alex Camargo (vocal/baixo), Moyses Kolesne (guitarra) e Max Kolesne (bateria) resolveu executar algumas mudanças, e a primeira delas foi chamar novamente Andy Classen para cuidar da produção. A segunda mudança foi olhar para o passado e buscar aquela urgência de seus trabalhos mais antigos. Não estou falando de uma regressão musical de 20 anos, de forma alguma, mas sim de recuperar aquele espírito furioso e implacável que marcou o Krisiun em seu início de carreira.
Essa mudança fica muito evidente quando você se dá conta que Scourge Of The Enthroned possui apenas 8 faixas, e que se passam em pouco mais de 38 minutos. Isso faz deste seu segundo trabalho mais curto, só atrás de Works of Carnage (03). Sem espaço para enrolações, o trio executa um verdadeiro massacre com seu Death Metal veloz, agressivo e esmagador. Soando mais rápido e brutal que em trabalhos anteriores, o que temos aqui é uma aula de intensidade e visceralidade, algo que confesso, sentia certa falta nos últimos anos. Os vocais de Alex continuam transmitindo aquela fúria ímpar, e a cada lançamento ele consegue soar ainda melhor. Fora isso, continua formando uma parte rítmica primorosa ao lado do monstruoso Max Kolesne. Sério, só uma explicação verdadeiramente sobrenatural para justificar a sua técnica e precisão na bateria. Se coloca ao lado de mestres como Gene Hoglan, Pete Sandoval, George Kollias e Paul Mazurkiewicz, quando o assunto é música extrema. Moyses despeja alguns dos riffs mais infernais da história da banda, e que conseguem soar clássicos, mas modernos. E os solos? Quanta insanidade!
De cara já temos esmagadora “Scourge of the Enthroned”, com toda a sua brutalidade, selvageria e guitarras caóticas. Não tinha como começar de melhor forma, do que nos dando a certeza de que temos de volta o nosso bom e velho Krisiun. Sem mostrar nenhuma misericórdia, a sequência se dá com “Demonic III”, veloz e ameaçadora, e com a trituradora de tímpanos intitulada “Devouring Faith”. Saquem o seu solo verdadeiramente doentio! “Slay the Prophet” é uma das canções mais fortes do álbum, com sua explosão de agressividade e peso, e “A Thousand Graves” se destaca não só pelas mudanças de tempo, como também pelos ótimos riffs e por sua ferocidade. Pense em uma música que pode explodir sua cabeça. Essa é “Electricide”, com seu peso, agressividade e energia, que transbordam por todos os lados. “Abysmal Misery (Foretold Destiny)” não só é a canção mais curta de todo álbum, como também uma das mais selvagens. Uma moedora de pescoços alheios. Para finalizar todo esse genocídio musical, temos “Whirlwind of Immortality”, com suas mudanças de tempo e seu ar ameaçador.
Como já dito, a produção voltou para as mãos de Andy Classen, que já havia produzido AssassiNation (06), Southern Storm e The Great Execution. Ok, o trabalho de Erik Rutan para Forged in Fury está entre as melhores produções que já escutei em todos os tempos dentro do Heavy Metal, e até hoje me impressiona. Mas olha, devo admitir que essa pegada mais orgânica que Andy dá a banda combina muito mais com um álbum do Krisiun. O melhor de tudo é que você consegue escutar cada detalhe, cada instrumento, sem qualquer problema. Já a arte, com base na mitologia suméria, foi obra de ninguém menos que Eliran Kantor, responsável por algumas das melhores capas dos últimos anos quando falamos de Heavy Metal. Perfeita e impactante. Sem arrefecer um milímetro em sua fúria, Scourge Of The Enthroned é um álbum que não te dá tempo para respirar. É um massacre seguido do outro, e ao final da audição, você se sente surrado de forma impiedosa, mas com um sorriso de orelha a orelha. A mais fina e pura definição do termo brutalidade sonora.
NOTA: 93
Krisiun é:
- Alex Camargo (vocal/baixo);
- Moysés Kolesne (guitarra);
- Max Kolesne (bateria).
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