Heretic - The Pessimist (2015)
(Two Beers Or Not Two Beers/Record Union/Blastbeat Records - Nacional)
01. Nameless Magick
02. Arak
03. Sitar Bomb
04. The Pessimist
05. Act V
06. Interlude
07. Ouzakia
08. Ras Divine Light
09. Dead Language
10. Genesis (Ghost cover)
11. Caravans To Ur (Melechesh cover)
Fazer música instrumental no Brasil não é das coisas mais fáceis. Fazer Heavy Metal também não está entre as atividades mais recompensadoras. Imagine então fazer Heavy Metal Instrumental? Pois é isso que faz o Heretic, banda de Goiânia/GO, surgida no ano de 2010 e que mescla de forma criativa e desafiadora Heavy Metal com elementos de música étnica oriunda do Oriente. Após lançar seu primeiro álbum em 2011, Opus Heretika, e um EP em 2013, Lamashtu, lançou nada menos do que 2 trabalhos em sequência no ano de 2015, Leitourgia (resenha aqui) e The Pessimist, que é o alvo de nossa análise.
Chama a atenção de cara em como, apesar do curto intervalo de tempo entre The Pessimist e Leitourgia, o Heretic conseguiu se desenvolver e amadurecer ainda mais seu som. Sua música, além de soar mais pesada, está muito melhor estruturada que no trabalho anterior (não que isso fosse um problema, mas evoluiu ainda mais). A forma como consegue mesclar elementos de Prog Metal, Thrash, Death e Black com música étnica de locais como Oriente Médio, Grécia e Índia não parece forçada em momento algum. Tudo aqui é muito natural.
Aqui temos 9 composições próprias e 2 covers, um deles um tanto improvável. É interessante como mesmo tendo o Heavy Metal como condutor de suas canções, que são sempre pesadas e agressivas, em momento algum deixam as passagens mais calmas e contemplativas de lado. Destaques ficam por conta das pesadas e técnicas “Nameless Magick” e “Arak”, “Sitar Bomb”, que, como o nome já deixa claro, é conduzida por uma ótima melodia de cítara, além de ter um trabalho de percussão muito bom, “Ouzakia”, bem agressiva e com um pé no Thrash, “The Pessimist”, que abusa do peso e da energia, além da forte e viajante “Ras Divine Light”. Quanto aos covers, as faixas escolhidas foram “Genesis”, do Ghost e “Caravans To Ur”, do Melechesh. Em ambas o Heretic conseguiu impôr sua personalidade, dando cara própria às mesmas.
(Two Beers Or Not Two Beers/Record Union/Blastbeat Records - Nacional)
01. Nameless Magick
02. Arak
03. Sitar Bomb
04. The Pessimist
05. Act V
06. Interlude
07. Ouzakia
08. Ras Divine Light
09. Dead Language
10. Genesis (Ghost cover)
11. Caravans To Ur (Melechesh cover)
Fazer música instrumental no Brasil não é das coisas mais fáceis. Fazer Heavy Metal também não está entre as atividades mais recompensadoras. Imagine então fazer Heavy Metal Instrumental? Pois é isso que faz o Heretic, banda de Goiânia/GO, surgida no ano de 2010 e que mescla de forma criativa e desafiadora Heavy Metal com elementos de música étnica oriunda do Oriente. Após lançar seu primeiro álbum em 2011, Opus Heretika, e um EP em 2013, Lamashtu, lançou nada menos do que 2 trabalhos em sequência no ano de 2015, Leitourgia (resenha aqui) e The Pessimist, que é o alvo de nossa análise.
Chama a atenção de cara em como, apesar do curto intervalo de tempo entre The Pessimist e Leitourgia, o Heretic conseguiu se desenvolver e amadurecer ainda mais seu som. Sua música, além de soar mais pesada, está muito melhor estruturada que no trabalho anterior (não que isso fosse um problema, mas evoluiu ainda mais). A forma como consegue mesclar elementos de Prog Metal, Thrash, Death e Black com música étnica de locais como Oriente Médio, Grécia e Índia não parece forçada em momento algum. Tudo aqui é muito natural.
Aqui temos 9 composições próprias e 2 covers, um deles um tanto improvável. É interessante como mesmo tendo o Heavy Metal como condutor de suas canções, que são sempre pesadas e agressivas, em momento algum deixam as passagens mais calmas e contemplativas de lado. Destaques ficam por conta das pesadas e técnicas “Nameless Magick” e “Arak”, “Sitar Bomb”, que, como o nome já deixa claro, é conduzida por uma ótima melodia de cítara, além de ter um trabalho de percussão muito bom, “Ouzakia”, bem agressiva e com um pé no Thrash, “The Pessimist”, que abusa do peso e da energia, além da forte e viajante “Ras Divine Light”. Quanto aos covers, as faixas escolhidas foram “Genesis”, do Ghost e “Caravans To Ur”, do Melechesh. Em ambas o Heretic conseguiu impôr sua personalidade, dando cara própria às mesmas.
Outro ponto onde o crescimento foi nítido é no âmbito da produção, bem superior à de Leitourgia. Foram bem mais felizes na escolha dos timbres e, além disso, está bem menos abafada que no trabalho anterior. Guilherme Aguiar, o cara por detrás do Heretic, se saiu muito bem nessa tarefa, conseguindo aliar clareza com aquela sujeira necessária para uma sonoridade que trafega pelo Death e o Black em alguns momentos. Quanto à parte gráfica, o CD vem embalado em um digipack muito caprichado, com destaque para a belíssima capa.
Coesa e de muito bom gosto, a música do Heretic não é de fácil digestão, até porque a cada audição, algum detalhe diferente acaba por ser notado, já que é muita coisa acontecendo ao mesmo tempo durante a execução. Mesmo complexa, é altamente indicada para todos aqueles que gostam da mistura de Metal com música étnica, principalmente a de matriz oriental. Cabe lembrar que, após esse álbum, lançaram em 2016 mais um CD, The Errorism (16), além de um EP, Keretika (16), e em junho desse ano soltaram seu novo álbum, To The False (nesses 2 últimos, contam com o vocalista Erich Martins em algumas faixas).
NOTA: 8,5
Heretic (gravação):
- Guilherme Aguiar (todos os instrumentos);
- Luis Maldonalle (guitarra);
- Moisés Henrique (guitarra solo na faixa 8);
- Fifas Rules (baixo fretless);
- Laysson Mesquita (baixo fretless);
- Diogo Sertão (bateria).
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