Marillion - Marbles in the Park (2017)
(Shinigami Records/earMusic – Nacional)
CD1
1. The Invisible Man
2. Marbles I
3. Genie
4. Fantastic Place
5. The Only Unforgivable Thing
6. Marbles II
7. Ocean Cloud
8. Marbles III
9. The Damage
CD2
1. Don’t Hurt Yourself
2. You’re Gone
3. Angelina
4. Drilling Holes
5. Marbles IV
6. Neverland
7. Out Of This World
8. King
9. Sounds That Can’t Be Made
Formado em Aylesbury, na região metropolitana de Londres, no ano de 1979, o Marillion fez o Rock Progressivo renascer nos anos 80, com o ótimo Script for a Jester's Tear (83). Música bem trabalhada e complexa na medida certa para não soar exagerada. Daí em diante, capitaneados por Fish e sua voz marcante, foram adicionando mais doses de melodia, mas sem perder as características básicas de sua música, resultando em uma sequência clássica composta por Fugazi (84) e seu maior sucesso comercial, Misplaced Childhood (85). Após isso, mais um álbum (que reforçou ainda mais o lado melódico) e Fish parte. Para muitos, o Marillion acabou ai.
Steve Hogarth, seu substituto, nunca foi aceito por uma parcela dos fãs. Muito disso se dá pelo fato de que sua entrada coincidiu justamente com a fase mais comercial da banda, que resultou no discutível Holidays in Eden (91), bem voltado para o Pop/Soft Rock, ou mesmo em outros não tão bons como This Strange Engine (97), Radiation (98) e Marillion.com (99), tentativas fracassadas de soarem mais modernos. Mas ao mesmo tempo, foi com Hogarth que lançaram trabalhos elogiadíssimos pela crítica, como o conceitual Brave (94), Afraid of Sunlight (95), um dos melhores de sua carreira, e Marbles (04).
A base de fãs do Marillion sempre foi muito forte, tanto que muito antes do crowdfunding virar moda no meio da música, já haviam trabalhado com a ideia nos lançamentos dos álbuns Anoraknophobia (01) e do próprio Marbles. Foi ela também que permitiu que a banda começasse a fazer convenções pelo mundo, os Marillion Weekends, reunindo milhares de fãs que têm a oportunidade de um contato mais direto com a banda e onde realizam apresentações especiais. E foi em um desses finais de semana, na Holanda em 2015, que resolveram apresentar em uma das noites o álbum Marbles na íntegra, reforçado por 2 canções retiradas de Afraid of Sunlight (“Out Of This World” e “King”) e a faixa título de Sounds That Can't be Made (12).
(Shinigami Records/earMusic – Nacional)
CD1
1. The Invisible Man
2. Marbles I
3. Genie
4. Fantastic Place
5. The Only Unforgivable Thing
6. Marbles II
7. Ocean Cloud
8. Marbles III
9. The Damage
CD2
1. Don’t Hurt Yourself
2. You’re Gone
3. Angelina
4. Drilling Holes
5. Marbles IV
6. Neverland
7. Out Of This World
8. King
9. Sounds That Can’t Be Made
Formado em Aylesbury, na região metropolitana de Londres, no ano de 1979, o Marillion fez o Rock Progressivo renascer nos anos 80, com o ótimo Script for a Jester's Tear (83). Música bem trabalhada e complexa na medida certa para não soar exagerada. Daí em diante, capitaneados por Fish e sua voz marcante, foram adicionando mais doses de melodia, mas sem perder as características básicas de sua música, resultando em uma sequência clássica composta por Fugazi (84) e seu maior sucesso comercial, Misplaced Childhood (85). Após isso, mais um álbum (que reforçou ainda mais o lado melódico) e Fish parte. Para muitos, o Marillion acabou ai.
Steve Hogarth, seu substituto, nunca foi aceito por uma parcela dos fãs. Muito disso se dá pelo fato de que sua entrada coincidiu justamente com a fase mais comercial da banda, que resultou no discutível Holidays in Eden (91), bem voltado para o Pop/Soft Rock, ou mesmo em outros não tão bons como This Strange Engine (97), Radiation (98) e Marillion.com (99), tentativas fracassadas de soarem mais modernos. Mas ao mesmo tempo, foi com Hogarth que lançaram trabalhos elogiadíssimos pela crítica, como o conceitual Brave (94), Afraid of Sunlight (95), um dos melhores de sua carreira, e Marbles (04).
A base de fãs do Marillion sempre foi muito forte, tanto que muito antes do crowdfunding virar moda no meio da música, já haviam trabalhado com a ideia nos lançamentos dos álbuns Anoraknophobia (01) e do próprio Marbles. Foi ela também que permitiu que a banda começasse a fazer convenções pelo mundo, os Marillion Weekends, reunindo milhares de fãs que têm a oportunidade de um contato mais direto com a banda e onde realizam apresentações especiais. E foi em um desses finais de semana, na Holanda em 2015, que resolveram apresentar em uma das noites o álbum Marbles na íntegra, reforçado por 2 canções retiradas de Afraid of Sunlight (“Out Of This World” e “King”) e a faixa título de Sounds That Can't be Made (12).
E bem, podemos dizer que esse é um trabalho mais do que indicado não só para os fãs da fase Hogarth, como também para os de boa música. Com uma qualidade de som cristalina, é possível apreciar músicas com uma boa dose de complexidade, mas que não abrem mão das belas melodias e de uma forte carga emocional. Em muitos momentos, os vocais cheios de classe de Steve se destacam, se colocando como o centro das atenções, mostrando que sim, existe Marillion sem Fish (só não é a mesma banda, o que não é um crime). Os maiores destaques aqui ficam por conta de “You’re Gone”, “Ocean Cloud”, “The Damage”, “Drilling Holes”, “The Invisible Man”, “The Only Unforgivable Thing” e “Angelina”.
Gravado e mixado por Michael Hunter (que já trabalha com a banda há algum tempo), como já dito, tem uma sonoridade mais que cristalina, beirando a perfeição, permitindo tanto ouvir cada detalhe das músicas, como também notar a empolgação do público. Você chega a se sentir no meio do mesmo em alguns momentos, caso feche os olhos durante a audição. Além disso, vem com um encarte belíssimo, com 16 páginas recheadas de belas fotos da apresentação. Um trabalho ao vivo primoroso e que mostra a banda vivendo sua melhor fase em quase 2 décadas.
NOTA: 9,0
Marillion é:
- Steve Hogarth (vocal);
- Steve Rothery (guitarra);
- Pete Trewavas (baixo);
- Mark Kelly (teclado);
- Ian Mosley (bateria).
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