Dr. Kong - Protagonista (2016)
(Independente - Nacional)
01. Protagonista
02. Fale Tudo
03. Honoráveis Primatas
04. Olho Do Furacão
05. Consciência
06. Superficial
07. Indignação
08. Não Perca O Humor
09. Rarefeito
10. Passos
11. Me Chame Essa Noite
12. Por Sorte
13. Metanoia
O Rock Nacional viveu seu auge em matéria de popularidade nos anos 80. Bandas e artistas como Legião Urbana, Cazuza, Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho, Ira!, Plebe Rude, Celso Blues Boy, Capital Inicial, Titãs, dentre alguns outros menos cotados, eram figurinhas carimbadas nas programações de rádio e nos programas de TV. A partir dos anos 90, com o crescimento de estilos mais populares, o mesmo iniciou uma espiral rumo ao underground, com poucos novos nomes surgindo e apenas o mesmos velhos nomes da década anterior conseguindo manter o mínimo de protagonismo. E de lá pra cá, podemos dizer que as coisas só pioraram.
Não que não existam bons nomes por ai. Basta uma busca minimamente criteriosa nos subterrâneos do Rock no Brasil para se constatar que várias bandas de qualidade surgiram nas últimas duas décadas, mas que infelizmente ficaram restritas a um público relativamente pequeno, sempre longe da grande mídia. Surgido no ano de 2015, em Goiânia/GO, o Dr.Kong se envereda pelo citado estilo, com alguns toques interessantes de Hard Rock e Blues que acabam por dar um tempero interessante à sua música.
Uma coisa que vem me incomodando cada vez mais é a pressa que algumas bandas têm de lançar seu trabalhos, mesmo que sua sonoridade ainda não esteja amadurecida para tal. Esse é o grande pecado do Dr.Kong. Individualmente, estamos diante de músicos talentosos, é algo que não dá pra negar. Eliel Carvalho e Gustavo de Carvalho apresentam um bom trabalho de guitarras, com as mesmas soando muito agradáveis, enquanto o baixista Gustavo Silva e o baterista Wagner Arruda formam uma parte rítmica coesa e de bastante qualidade. Não apresentam absolutamente nada de novo, mas soam acima de tudo honestos e agradáveis. As letras, em português, também são bem interessantes. O problema todo se dá quando o vocalista Flávio de Carvalho entra na música.
(Independente - Nacional)
01. Protagonista
02. Fale Tudo
03. Honoráveis Primatas
04. Olho Do Furacão
05. Consciência
06. Superficial
07. Indignação
08. Não Perca O Humor
09. Rarefeito
10. Passos
11. Me Chame Essa Noite
12. Por Sorte
13. Metanoia
O Rock Nacional viveu seu auge em matéria de popularidade nos anos 80. Bandas e artistas como Legião Urbana, Cazuza, Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho, Ira!, Plebe Rude, Celso Blues Boy, Capital Inicial, Titãs, dentre alguns outros menos cotados, eram figurinhas carimbadas nas programações de rádio e nos programas de TV. A partir dos anos 90, com o crescimento de estilos mais populares, o mesmo iniciou uma espiral rumo ao underground, com poucos novos nomes surgindo e apenas o mesmos velhos nomes da década anterior conseguindo manter o mínimo de protagonismo. E de lá pra cá, podemos dizer que as coisas só pioraram.
Não que não existam bons nomes por ai. Basta uma busca minimamente criteriosa nos subterrâneos do Rock no Brasil para se constatar que várias bandas de qualidade surgiram nas últimas duas décadas, mas que infelizmente ficaram restritas a um público relativamente pequeno, sempre longe da grande mídia. Surgido no ano de 2015, em Goiânia/GO, o Dr.Kong se envereda pelo citado estilo, com alguns toques interessantes de Hard Rock e Blues que acabam por dar um tempero interessante à sua música.
Uma coisa que vem me incomodando cada vez mais é a pressa que algumas bandas têm de lançar seu trabalhos, mesmo que sua sonoridade ainda não esteja amadurecida para tal. Esse é o grande pecado do Dr.Kong. Individualmente, estamos diante de músicos talentosos, é algo que não dá pra negar. Eliel Carvalho e Gustavo de Carvalho apresentam um bom trabalho de guitarras, com as mesmas soando muito agradáveis, enquanto o baixista Gustavo Silva e o baterista Wagner Arruda formam uma parte rítmica coesa e de bastante qualidade. Não apresentam absolutamente nada de novo, mas soam acima de tudo honestos e agradáveis. As letras, em português, também são bem interessantes. O problema todo se dá quando o vocalista Flávio de Carvalho entra na música.
Não, Flávio não é um mau vocalista, justamente o contrário, mas peca em algo primordial para sua função, que é a personalidade. Uma hora, soa como um clone de Frejat (ex-Barão Vermelho), em outras, remete levemente a Herbert Vianna (Paralamas do Sucesso). Existem também aquelas passagens em que você pensa estar escutando o finado Renato Russo (Legião Urbana), ou então Kim (Catedral). Decididamente, em momento algum soa como Flávio de Carvalho e isso prejudica demais o resultado final, já que essa falta de identidade, somada ao fato de musicalmente não apresentarem nada de novo, acaba causando aquela sensação chata do “eu já ouvi isso antes”. Se não fosse a já citada honestidade que transborda em cada nota, isso poderia ser extremamente irritante.
Obstante isso, ainda assim temos momentos muito bons. A faixa-título, que abre o trabalho, soa como um daqueles rocks com pegada blues que o Barão Vermelho sempre fez com muita qualidade. Abstraia o fato de você jurar ser o próprio Frejat cantando e vai se divertir bastante, até porque o refrão da mesma é desses que pega fácil o ouvinte. Isso se repete na enérgica “Fale Tudo”, em “Olho do Furacão” e “Consciência” (com aquela pegada mais puxada para Rolling Stones e AC/DC, outra característica que o Barão sempre usou muito bem). O peso dá as caras em “Honoráveis Primatas” e “Indignação”. Ainda mostram ter o dom para compor baladas, com as boas “Não Perca O Humor” e “Me Chame Essa Noite”, que poderiam estar em qualquer trabalho da carreira solo de Frejat, tamanha a emulação das mesmas.
A produção mostra muita qualidade, com a mixagem e masterização tendo sido realizadas pelo guitarrista Eliel de Carvalho e por Guilherme Bicalho. Resultado final superior à média do que vemos por aí. A parte gráfica é simples e muito bem feita. Qualidade o Dr.Kong possui, falta agora buscarem com urgência dar uma cara própria à sua música, principalmente no que tange ao vocal. Por ser um trabalho de estreia de uma banda nova, acaba-se relevando tamanha falta de identidade, mas para trabalhos futuros essa benevolência dificilmente existirá. Se você gosta daquele Rock Nacional típico dos anos 80, e principalmente, Barão Vermelho, vale a pena dar uma chance ao quinteto.
NOTA: 7,0
Dr.Kong é:
- Flávio de Carvalho (vocal);
- Eliel Carvalho (guitarra);
- Gustavo de Carvalho (guitarra);
- Gustavo Silva (baixo);
- Wagner Arruda (bateria).
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