Datavenia - Welcome to the Underground (2016)
(Independente - Nacional)
01. Welcome to the Underground
02. Hate to the Bones
03. Metal God
04. Even if It Dies
05. The Last Chance
06. Hot Ginger Woman
07. Bang Your Head
08. Bad Days
09. Rescue Me
10. Unprotected
Ser uma banda de Heavy Metal no Brasil nunca foi uma tarefa das mais fáceis. Falta de apoio de parte público e dificuldades financeiras para fazer uma boa gravação são alguns dos desafios que toda banda enfrenta por essas paragens. Se o primeiro aspecto nunca é bom, o segundo, em algumas situações, pode acabar sendo positivo. Insanidade minha ao afirmar isso? Não, prezado leitor. E irei explicar o porquê de eu pensar isso.
Um dos grandes problemas que venho notando nos últimos anos é a ansiedade de boa parte dos novos nomes em lançar logo um trabalho de estreia. Não têm a paciência de lapidar sua sonoridade nos ensaios e, principalmente, nos palcos da vida. Além disso, por mais que hoje o acesso a boas produções seja mais fácil do que há 15 anos, ainda não é algo tão barato de se fazer, principalmente levando em conta a precária situação econômica do país. É algo que demanda investimento financeiro e tempo, duas coisas que estão sim, intrinsecamente ligadas. Em um mundo onde o acesso a música é facilitado pela internet e a quantidade de lançamentos diários em todo mundo beira o absurdo, vale mais ter calma e lançar algo diferenciado, que te coloque acima da concorrência, do que ser apressado e soltar um CD que te faça apenas ser mais um nome meio à multidão.
O Datavenia deveria servir de exemplo para os apressadinhos. Com 10 anos de estrada, a banda originária de Frederico Westphalen/RS teve paciência para lapidar sua sonoridade e esperar o momento certo de lançar sua estreia com a qualidade merecida. Musicalmente não apresentam nada de muito novo, já que o que temos aqui é um Heavy Metal bem pesado, que flerta com o Thrash e o Groove Metal, com referências muito claras: o Metallica da fase “Black Album” e o Pantera. E surpreendentemente, por mais que em alguns momentos as mesmas fiquem muito explícitas, ainda assim conseguem demonstrar personalidade. A maturidade dos gaúchos impressiona.
Os vocais de Guilherme Busatto, que também é guitarrista, primam pela agressividade e, principalmente, pela versatilidade. Nem mesmo nos momentos em que lembra James Hetfield ou Phil Anselmo você se sente incomodado, já que o mesmo não soa como um clone. Ao lado de Gabriel Quatrin, forma uma bela dupla nas guitarras, despejando ótimos riffs, que acima de tudo são marcantes, além de solos bem melodiosos. Já a parte rítmica, com Guilherme Argenta (baixo) e Eduardo Pegoraro (bateria), se mostra muito pesada, coesa e técnica, imprimindo boa variedade às músicas. Essas por sinal são muito bem arranjadas, além de possuírem ótimas linhas melódicas e refrões bem marcantes. A coisa é tão boa, que até os teclados que estão inseridos em algumas das canções se encaixam com perfeição nas mesmas.
(Independente - Nacional)
01. Welcome to the Underground
02. Hate to the Bones
03. Metal God
04. Even if It Dies
05. The Last Chance
06. Hot Ginger Woman
07. Bang Your Head
08. Bad Days
09. Rescue Me
10. Unprotected
Ser uma banda de Heavy Metal no Brasil nunca foi uma tarefa das mais fáceis. Falta de apoio de parte público e dificuldades financeiras para fazer uma boa gravação são alguns dos desafios que toda banda enfrenta por essas paragens. Se o primeiro aspecto nunca é bom, o segundo, em algumas situações, pode acabar sendo positivo. Insanidade minha ao afirmar isso? Não, prezado leitor. E irei explicar o porquê de eu pensar isso.
Um dos grandes problemas que venho notando nos últimos anos é a ansiedade de boa parte dos novos nomes em lançar logo um trabalho de estreia. Não têm a paciência de lapidar sua sonoridade nos ensaios e, principalmente, nos palcos da vida. Além disso, por mais que hoje o acesso a boas produções seja mais fácil do que há 15 anos, ainda não é algo tão barato de se fazer, principalmente levando em conta a precária situação econômica do país. É algo que demanda investimento financeiro e tempo, duas coisas que estão sim, intrinsecamente ligadas. Em um mundo onde o acesso a música é facilitado pela internet e a quantidade de lançamentos diários em todo mundo beira o absurdo, vale mais ter calma e lançar algo diferenciado, que te coloque acima da concorrência, do que ser apressado e soltar um CD que te faça apenas ser mais um nome meio à multidão.
O Datavenia deveria servir de exemplo para os apressadinhos. Com 10 anos de estrada, a banda originária de Frederico Westphalen/RS teve paciência para lapidar sua sonoridade e esperar o momento certo de lançar sua estreia com a qualidade merecida. Musicalmente não apresentam nada de muito novo, já que o que temos aqui é um Heavy Metal bem pesado, que flerta com o Thrash e o Groove Metal, com referências muito claras: o Metallica da fase “Black Album” e o Pantera. E surpreendentemente, por mais que em alguns momentos as mesmas fiquem muito explícitas, ainda assim conseguem demonstrar personalidade. A maturidade dos gaúchos impressiona.
Os vocais de Guilherme Busatto, que também é guitarrista, primam pela agressividade e, principalmente, pela versatilidade. Nem mesmo nos momentos em que lembra James Hetfield ou Phil Anselmo você se sente incomodado, já que o mesmo não soa como um clone. Ao lado de Gabriel Quatrin, forma uma bela dupla nas guitarras, despejando ótimos riffs, que acima de tudo são marcantes, além de solos bem melodiosos. Já a parte rítmica, com Guilherme Argenta (baixo) e Eduardo Pegoraro (bateria), se mostra muito pesada, coesa e técnica, imprimindo boa variedade às músicas. Essas por sinal são muito bem arranjadas, além de possuírem ótimas linhas melódicas e refrões bem marcantes. A coisa é tão boa, que até os teclados que estão inseridos em algumas das canções se encaixam com perfeição nas mesmas.
O trabalho já abre com a faixa título, agressiva, com um riff marcante, refrão e melodia grudentos. Soa como uma mescla muito legal do Pantera com o Metallica. A sequência se dá com a cadenciada “Hate to the Bones” e segue com a arrastada e lenta “Metal God”. “Even if It Dies” se destaca pela variedade e pelas melodias, enquanto “The Last Chance” é uma balada pesada e cheia de classe. Um dos pontos altos de todo o álbum. “Hot Ginger Woman” é bem grooveada e tem boa dose de agressividade e “Bang Your Head” é a mais Pantera de todas, te fazendo bater cabeça sem nem perceber. Com o trabalho se encaminhando para o final, temos a soturna e arrastada “Bad Days”, onde Guilherme consegue imprimir grande variedade vocal, a pesada e cadenciada “Rescue Me” e a rápida “Unprotected”, bem influenciada pelo Metallica.
Gravado no Drumm Studio, com produção da banda e de Moris Drumm, conseguiram obter um resultado excelente, que deveria servir de exemplo para muitas bandas. Limpa, clara, moderna, sem perder o peso e a agressividade, além de soar totalmente natural. A parte gráfica, que ficou bem legal, ficou por conta da Agência Holy. Mostram que profissionalismo e underground podem e devem sim, caminhar lado a lado.
Mostrando muita personalidade e maturidade para um trabalho de estreia, o Datavenia nos presenteia com seu Heavy Metal pesado, agressivo e recheado de boas melodias, que vai agradar aos que curtem música bem feita. Um début para lá de empolgante e que os coloca entre as maiores promessas do cenário nacional na atualidade. Que o sucesso venha e que muitos se espelhem no quarteto gaúcho.
NOTA: 8,5
Datavenia é:
- Guilherme Busatto (vocal/guitarra);
- Gabriel Quatrin (guitarra);
- Guilherme Argenta (baixo);
- Eduardo Pegoraro (bateria).
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Metal Media (Assessoria de Imprensa)
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