Altú Pagánách – Under The Ground (2017)
(Cold Art Industry/My Dark Desires/Freezing Moon/Cold Winds/Tokien Recs - Nacional)
01. The Journey
02. Zzog Dra Kra Tûll
03. Mellon
04. Dublûk Ub Ûr
05. Into The Cave With Golum
06. Ash Nazg
07 Kruk dak drakk kâ dúl
08. Zzog Dra Kra Tûll (Demo Tape Version)
09. The First Night
10. The Old Forest
11. Amon Sûl: The Top Of The Wind
12. Ash Nazg Durbatulúk
13. Lost In Troll`S Cave... Hell Is Repetition (Rehearsal Demo Tape Version)
14. Preludium
15. Kruk sûl dùr
John Ronald Reuel Tolkien, ou J.R.R Tolkien (1892-1973), é um nome conhecido em todo mundo, graças aos livros da série “O Senhor dos Anéis” e a todo universo de fantasia que gira em torno deles. Pode-se até mesmo dizer que a transposição de seus livros para as telas de cinema transformaram a ele e a toda a sua obra em ícones pop. Já o Altú Pagánách, surgiu na cidade de Lavras/MG, no ano de 2001, pelas mãos de Dungortheb e Cernunnos (que se retirou do projeto anos depois) e apesar de uma carreira profícua em matéria de lançamentos – foram 9 demos, 2 splits, 1 single, 4 compilações, 4 EP’s e 3 CD’s – passaram toda a carreira escondida nos porões do underground, sendo desconhecida de boa parte dos headbangers brasileiros (eu mesmo só fui conhecer a banda a pouco tempo).
Mesmo com tamanha diferença, saiba que a distância que separa Tolkien do Altú Pagánách é muito menor do que o prezado leitor pode imaginar. Apesar de o nome não negar a influência da cultura pagã na temática da banda, a verdade é que o universo criado pelo escritor britânico se faz fortemente presente em tudo que emana da banda, seja na parte lírica, seja na parte gráfica. Por sinal, a própria capa de Under The Ground (um nome que ilustra perfeitamente a carreira do Altú), deixa isso bem claro, já que espelha uma passagem clássica do não menos clássico “O Hobbit”. As referências a Tolkien estão por todos os lados, não só aqui, como na carreira como um todo. Aliás, vale dizer que o trabalho gráfico aqui é belíssimo, muitíssimo bem-feito.
Under The Ground é o epílogo do Altú Pagánách. Aqui, temos um apanhado de músicas que abrangem toda a sua carreira, e onde podemos ouvir um Pagan Folk Black Metal que equilibra muito bem partes atmosféricas com outras muito agressivas, que sendo assim, pode agradar em muito a fãs de nomes como Summoning, Caladan Brood, Emyn Muil, Burzum, Graveland e afins. Os vocais são bem variados, indo do rasgado ao limpo, enquanto a guitarra despeja alguns riffs verdadeiramente gélidos e cortantes. Os teclados sempre aparecem muitíssimo bem encaixados, conseguindo dar um clima soturno, enquanto as partes mais folks e atmosféricas dão um contraponto interessante a tudo isso.
Vamos deixar uma coisa bem clara aqui. Não espere uma produção cristalina e de ponta, pois estamos falando de um material totalmente underground, com gravações que ao que me parece, foram feitas em momentos diferentes da carreira do Altú Pagánách. Sendo assim, ela varia de muito crua e suja, mas audível, na primeira metade do trabalho, até algo bem tosco, onde é impossível distinguir muita coisa, como podemos observar em uma ou outra faixa presente em sua segunda metade, que foram retiradas de demos. Sendo assim, tenha em mente que até nesse ponto o obscurantismo é o mote da obra. Das 15 faixas aqui presentes, temos diversas passagens totalmente atmosféricas, ou mesmo compostas de sons da natureza, o que em alguns momentos acaba quebrando a linearidade do material. Ainda assim, quando a música surge, o “pau quebra”.
“Zzog Dra Kra Tûll” é muito agressiva e prima pela diversidade, tanto na parte vocal quanto no seu andamento, características que também podem ser observadas na muito boa “Dublûk Ub Ûr”. Já “Ash Nazg” possui uma produção muito deficiente, mas é possível notar sua brutalidade. O encerramento, com “Kruk sûl dùr”, também merece destaque, pois se trata de uma canção muito bonita, com bons arranjos e um teclado muito bem encaixado. Ao final, fiquei me perguntando até onde o Altú Pagánách poderia ter chegado, se tivesse acesso a uma boa produção e seu trabalho fosse melhor divulgado, já que capacidade para voos mais altos possuía com certeza. Se gosta de Tolkien, de Pagan Black Metal e aprecia os trabalhos mais antigos de nomes como Burzum e Graveland, Under The Ground é mais do que indicado para você.
NOTA: 8,0
Altú Pagánách é:
- Dungortheb (todos os instrumentos)
Cold Art Industry
(Cold Art Industry/My Dark Desires/Freezing Moon/Cold Winds/Tokien Recs - Nacional)
01. The Journey
02. Zzog Dra Kra Tûll
03. Mellon
04. Dublûk Ub Ûr
05. Into The Cave With Golum
06. Ash Nazg
07 Kruk dak drakk kâ dúl
08. Zzog Dra Kra Tûll (Demo Tape Version)
09. The First Night
10. The Old Forest
11. Amon Sûl: The Top Of The Wind
12. Ash Nazg Durbatulúk
13. Lost In Troll`S Cave... Hell Is Repetition (Rehearsal Demo Tape Version)
14. Preludium
15. Kruk sûl dùr
John Ronald Reuel Tolkien, ou J.R.R Tolkien (1892-1973), é um nome conhecido em todo mundo, graças aos livros da série “O Senhor dos Anéis” e a todo universo de fantasia que gira em torno deles. Pode-se até mesmo dizer que a transposição de seus livros para as telas de cinema transformaram a ele e a toda a sua obra em ícones pop. Já o Altú Pagánách, surgiu na cidade de Lavras/MG, no ano de 2001, pelas mãos de Dungortheb e Cernunnos (que se retirou do projeto anos depois) e apesar de uma carreira profícua em matéria de lançamentos – foram 9 demos, 2 splits, 1 single, 4 compilações, 4 EP’s e 3 CD’s – passaram toda a carreira escondida nos porões do underground, sendo desconhecida de boa parte dos headbangers brasileiros (eu mesmo só fui conhecer a banda a pouco tempo).
Mesmo com tamanha diferença, saiba que a distância que separa Tolkien do Altú Pagánách é muito menor do que o prezado leitor pode imaginar. Apesar de o nome não negar a influência da cultura pagã na temática da banda, a verdade é que o universo criado pelo escritor britânico se faz fortemente presente em tudo que emana da banda, seja na parte lírica, seja na parte gráfica. Por sinal, a própria capa de Under The Ground (um nome que ilustra perfeitamente a carreira do Altú), deixa isso bem claro, já que espelha uma passagem clássica do não menos clássico “O Hobbit”. As referências a Tolkien estão por todos os lados, não só aqui, como na carreira como um todo. Aliás, vale dizer que o trabalho gráfico aqui é belíssimo, muitíssimo bem-feito.
Under The Ground é o epílogo do Altú Pagánách. Aqui, temos um apanhado de músicas que abrangem toda a sua carreira, e onde podemos ouvir um Pagan Folk Black Metal que equilibra muito bem partes atmosféricas com outras muito agressivas, que sendo assim, pode agradar em muito a fãs de nomes como Summoning, Caladan Brood, Emyn Muil, Burzum, Graveland e afins. Os vocais são bem variados, indo do rasgado ao limpo, enquanto a guitarra despeja alguns riffs verdadeiramente gélidos e cortantes. Os teclados sempre aparecem muitíssimo bem encaixados, conseguindo dar um clima soturno, enquanto as partes mais folks e atmosféricas dão um contraponto interessante a tudo isso.
Vamos deixar uma coisa bem clara aqui. Não espere uma produção cristalina e de ponta, pois estamos falando de um material totalmente underground, com gravações que ao que me parece, foram feitas em momentos diferentes da carreira do Altú Pagánách. Sendo assim, ela varia de muito crua e suja, mas audível, na primeira metade do trabalho, até algo bem tosco, onde é impossível distinguir muita coisa, como podemos observar em uma ou outra faixa presente em sua segunda metade, que foram retiradas de demos. Sendo assim, tenha em mente que até nesse ponto o obscurantismo é o mote da obra. Das 15 faixas aqui presentes, temos diversas passagens totalmente atmosféricas, ou mesmo compostas de sons da natureza, o que em alguns momentos acaba quebrando a linearidade do material. Ainda assim, quando a música surge, o “pau quebra”.
“Zzog Dra Kra Tûll” é muito agressiva e prima pela diversidade, tanto na parte vocal quanto no seu andamento, características que também podem ser observadas na muito boa “Dublûk Ub Ûr”. Já “Ash Nazg” possui uma produção muito deficiente, mas é possível notar sua brutalidade. O encerramento, com “Kruk sûl dùr”, também merece destaque, pois se trata de uma canção muito bonita, com bons arranjos e um teclado muito bem encaixado. Ao final, fiquei me perguntando até onde o Altú Pagánách poderia ter chegado, se tivesse acesso a uma boa produção e seu trabalho fosse melhor divulgado, já que capacidade para voos mais altos possuía com certeza. Se gosta de Tolkien, de Pagan Black Metal e aprecia os trabalhos mais antigos de nomes como Burzum e Graveland, Under The Ground é mais do que indicado para você.
NOTA: 8,0
Altú Pagánách é:
- Dungortheb (todos os instrumentos)
Cold Art Industry
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