quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Witherscape - The Northern Sanctuary (2016)


Witherscape - The Northern Sanctuary (2016)
(Century Media - Importado)


01. Wake of Infinity
02. In the Eyes of Idols
03. Rapture Ballet
04. The Examiner
05. Marionette
06. Divinity
07. God of Ruin
08. The Northern Sanctuary
09. Vila I Frid

Antes de tudo, #DanSwanöGênio.

Sucessor do ótimo The Inheritance (13), as primeiras pistas sobre o rumo que seria tomado em The Northern Sanctuary foram dadas por Dan e Ragnar Widerberg (Shadowquest, Witchcraft) no EP de 2014, The New Tomorrow. Ali, em sua única faixa inédita, escutávamos algo que caminhava mais na linha do Opeth, deixando um pouco as influências de Classic Rock setentista de lado. E bem, podemos dizer que tal pista não era de todo errada.

Sim, realmente temos bastante de Opeth aqui, principalmente de sua fase inicial. O apelo mais setentista também ficou um pouco para trás, sendo substituída por uma sonoridade que remete ao Metal dos anos 80. Já o Death Metal com apelo mais melódico e o Progressivo continuam sendo a base do som praticado pelo Witherscape. Tente imaginar uma mescla do Edge Of Sanity com Opeth, com algo daquela sonoridade adotada por Dan em outro projeto seu, o Nightingale e até mesmo um pouco de King Diamond e Rock Progressivo aqui e ali. Conseguiu? Não? Pois é, só escutando para entender o brilhantismo de tal mistura.

O primeiro grande destaque deve ser dado aos vocais de Swanö. Variando os mesmos de forma brilhante entre o gutural, o rasgado e o limpo, consegue imprimir uma dinâmica incrível ao mesmo, com direito a melodias bem marcantes. Escute por exemplo a ótima faixa de abertura, “Wake Of Infinity” ou a “balada” “Marionette”, bem pesada e com um pé no Gothic/Doom e entenderá. Aliás, vale dizer que os vocais limpos são usados com moderação e de forma muito equilibrada. Já Ragnar fez um trabalho fenomenal nas guitarras. O cara esbanja peso e imprime melodias realmente cativantes. Bons exemplos disso podem ser encontrados em “In the Eyes of Idols”, que mescla muito bem Rock com Death Melódico, com algo de King Diamond nas guitarras e “Rapture Ballet”, com um riff para lá de marcante, além de ser outra com melodias vocais bem legais. Mas o grande destaque do álbum fica realmente com a faixa título. Com quase 14 minutos de duração, Dan e Ragnar dão uma aula de como mesclar Death, Doom e Progressivo. Ela é a personificação perfeita daquela descrição que dei logo no início da resenha. Agressiva, progressiva, altamente emocional, é uma verdadeira montanha russa e mostra toda a personalidade contida na sonoridade da dupla.

A gravação foi dividida em 3 estúdios, Unisound (bateria, teclado e vocal), Studio Finesse (guitarra, baixo e teclado) e Grandvägen 26 (guitarra e baixo de “Marionette”), com todo o trabalho de produção, mixagem e masterização tendo ficado a cargo de Dan Swanö. Conhecendo seu trabalho, é meio desnecessário descrever o resultado. Já a arte da capa foi obra de Gyula Havancsák (Destruction, Grave Digger, Annihilator, Stratovarius), sendo uma das melhores de 2016 até o momento. Vale destacar que todas as letras foram escritas por Paul Kuhr, vocalista do November Doom.

Soando ainda mais inspirados e confiantes nos rumos a serem tomados que no debut, Dan e Ragnar nos entregam um dos melhores álbuns de Metal desse ano de 2016. E levando em conta o talento mostrado aqui, não parece existir limite para a música do Witherscape.

NOTA: 9,0

Witherscape é:
- Dan Swanö (vocal, teclado, bateria)
- Ragnar Widerberg (guitarra, baixo)

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