Fabiano Negri - Z.3.R.O. (2016)
(Independente - Nacional)
01. Don't Try Me
02. Forbbiden Grace
03. My Dark Passenger
04. Z.3.R.O.
05. Hopeland
06. The Muse
07. Faithless Alley
08. Future Paradise
09. The Blue Bird (Mortality/Come Back Home/Pain/Farewell)
Fabiano Negri é um desses músicos de raro talento que não recebe o devido reconhecimento da grande mídia. São mais de 20 anos de carreira e dezenas de trabalhos lançados, seja por sua ex-banda, o Rei Lagarto, pelo Dust Old Fingers, em sua carreira solo ou pelos demais projetos em que participou. E uma de suas marcas registradas é sem dúvida alguma o ecletismo musical, já que sempre opta pela liberdade em seu processo de criação.
Responsável por um dos álbuns mais legais de 2015, Maybe we'll have a good time...for the last time, Fabiano volta à carga com Z3RO, seu 3º trabalho. E bem, quem o conhece sabe que vai encontrar uma obra versátil e que reflete toda a bagagem musical do vocalista. Aqui, além do Classic Rock, Hard, Metal, Soul, Funk e Pop, Negri resolveu usar e abusar dos sintetizadores, adicionando assim influências eletrônicas que vão do quase Industrial até o synthpop oitentista. E olha, o resultado final acaba sendo muito legal.
Sem sombra de dúvidas esse é seu projeto mais ousado até então. Ao optar em não impor limites a si mesmo, Fabiano abriu um leque extenso de sonoridades. Já na abertura, com a ótima “Don't Try Me”, podemos perceber a presença dos elementos eletrônicos que acabam por enriquecer o resultado final da música. Ele soube usar os sintetizadores de forma muito equilibrada, sem que roubassem o espaço das guitarras. Outro momento onde podemos observar bem isso é na obscura “My Dark Passenger”. A variedade musical dá as caras em “Faithless Alley”, com uma pegada bem Soul, na mais pop “Future Paradise”, na densa e pesada “Z3RO” ou na melancólica “Hopeland”, uma das melhores do álbum. Ainda assim, nada se compara em matéria de ousadia com a faixa que encerra o trabalho, a épica “The Blue Bird”, que com seus mais de 11 minutos, trafega por diversos estilos, como Classic Rock, Hard, Progressivo, dentre outros.
A ousadia também se dá em outras áreas. Como o próprio Fabiano diz no release enviado, hoje em dia a relação custo/retorno de um CD físico torna tudo muito difícil. Para não deixar de produzir, optou por gravar todos os instrumentos em seu home studio, barateando assim os custos e deixando apenas o trabalho de mixagem e masterização nas mãos de Ricardo Palma, com quem já trabalhou em outras ocasiões. Além disso, Z3RO não foi lançado em mídia física, sendo vendido apenas em cópias digitais (basta acessar o site). A parte gráfica, muito bem elaborada, vale dizer, ficou a cargo de Wagner Galesco.
Mostrando-se ousado e sem medo de arriscar e ampliar seus limites, mais uma vez Fabiano Negri acerta na mosca e sai da mesmice musical. Mais um belo trabalho e candidato forte a listas de melhores de 2016. E aos interessados, o trabalho está disponível para audição em diversas plataformas digitais.
NOTA: 8,5
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(Independente - Nacional)
01. Don't Try Me
02. Forbbiden Grace
03. My Dark Passenger
04. Z.3.R.O.
05. Hopeland
06. The Muse
07. Faithless Alley
08. Future Paradise
09. The Blue Bird (Mortality/Come Back Home/Pain/Farewell)
Fabiano Negri é um desses músicos de raro talento que não recebe o devido reconhecimento da grande mídia. São mais de 20 anos de carreira e dezenas de trabalhos lançados, seja por sua ex-banda, o Rei Lagarto, pelo Dust Old Fingers, em sua carreira solo ou pelos demais projetos em que participou. E uma de suas marcas registradas é sem dúvida alguma o ecletismo musical, já que sempre opta pela liberdade em seu processo de criação.
Responsável por um dos álbuns mais legais de 2015, Maybe we'll have a good time...for the last time, Fabiano volta à carga com Z3RO, seu 3º trabalho. E bem, quem o conhece sabe que vai encontrar uma obra versátil e que reflete toda a bagagem musical do vocalista. Aqui, além do Classic Rock, Hard, Metal, Soul, Funk e Pop, Negri resolveu usar e abusar dos sintetizadores, adicionando assim influências eletrônicas que vão do quase Industrial até o synthpop oitentista. E olha, o resultado final acaba sendo muito legal.
Sem sombra de dúvidas esse é seu projeto mais ousado até então. Ao optar em não impor limites a si mesmo, Fabiano abriu um leque extenso de sonoridades. Já na abertura, com a ótima “Don't Try Me”, podemos perceber a presença dos elementos eletrônicos que acabam por enriquecer o resultado final da música. Ele soube usar os sintetizadores de forma muito equilibrada, sem que roubassem o espaço das guitarras. Outro momento onde podemos observar bem isso é na obscura “My Dark Passenger”. A variedade musical dá as caras em “Faithless Alley”, com uma pegada bem Soul, na mais pop “Future Paradise”, na densa e pesada “Z3RO” ou na melancólica “Hopeland”, uma das melhores do álbum. Ainda assim, nada se compara em matéria de ousadia com a faixa que encerra o trabalho, a épica “The Blue Bird”, que com seus mais de 11 minutos, trafega por diversos estilos, como Classic Rock, Hard, Progressivo, dentre outros.
A ousadia também se dá em outras áreas. Como o próprio Fabiano diz no release enviado, hoje em dia a relação custo/retorno de um CD físico torna tudo muito difícil. Para não deixar de produzir, optou por gravar todos os instrumentos em seu home studio, barateando assim os custos e deixando apenas o trabalho de mixagem e masterização nas mãos de Ricardo Palma, com quem já trabalhou em outras ocasiões. Além disso, Z3RO não foi lançado em mídia física, sendo vendido apenas em cópias digitais (basta acessar o site). A parte gráfica, muito bem elaborada, vale dizer, ficou a cargo de Wagner Galesco.
Mostrando-se ousado e sem medo de arriscar e ampliar seus limites, mais uma vez Fabiano Negri acerta na mosca e sai da mesmice musical. Mais um belo trabalho e candidato forte a listas de melhores de 2016. E aos interessados, o trabalho está disponível para audição em diversas plataformas digitais.
NOTA: 8,5
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Obrigado por ouvir e entender o trabalho, Leandro.
ResponderExcluirHoje em dia são poucos veículos que dão atenção para artistas minúsculos comercialmente como eu.
É sempre muita indiferença. E é uma indiferença que se reflete no público, infelizmente.
Um artista apenas quer ser ouvido. Gostar ou não do trabalho é um direito de todos.
Obrigado.
Um forte abraço.
Fabiano.