Fleshgod Apocalypse – King (2016)
(Shinigami Records/Nuclear Blast – Nacional)
01. Marche Royale
02. In Aeternum
03. Healing Through War
04. The Fool
05. Cold As Perfection
06. Mitra
07. Paramour (Die Leidenschaft Bringt Leiden)
08. And The Vulture Beholds
09. Gravity
10. A Million Deaths
11. Syphilis
12. King
No Metal existe espaço para tudo. Existem aquelas bandas que nasceram para fazer o simples, o básico, com muita qualidade, mas existem também aquelas que vieram ao mundo para fazer um trabalho grandioso em todos os sentidos. E com todo respeito, os italianos do Fleshgod Apocalypse se encaixam exatamente no segundo grupo, com sua música de sonoridade irrotulável. Durante toda a audição de King, fiquei me perguntando como definir o quinteto italiano, que pratica um Metal extremo, pesado, agressivo, moderno, muito técnico e carregado de elementos orquestrais e operísticos que transformam seu trabalho em algo único. E querem saber, simplesmente não consegui encontrar tal definição.
O que mais impressiona nesse trabalho é que apesar de toda a pompa que tais elementos orquestrais/operísticos trazem a música praticada pelo Fleshgod Apocalypse, com direito a belos coros e a participação da soprano Veronica Bordacchini, ainda assim conseguem manter todo o peso e agressividade necessários a uma banda de Metal. Estão ali os vocais guturais (que alternam com limpos em muitos momentos), ótimos riffs e solos e a parte rítmica que esbanja técnica, solidez, variedade e uma música que parece pesar uma tonelada.
Apesar de toda a complexidade e riqueza dos arranjos aqui presentes, das inúmeras mudanças rítmicas presentes em todo álbum, King é um trabalho surpreendentemente fácil de ser escutado, já que a musicalidade se faz mais do que presente no mesmo. Contando com uma introdução (“Marche Royale”) e uma peça de piano que o encerra (“King”), temos aqui 9 verdadeiras obras primas, onde aponto como minhas preferidas “In Aeternum”, “The Fool”, a trinca que conta com a participação de Veronica - “Cold As Perfection”, “Paramour (Die Leidenschaft Bringt Leiden)” (com letra baseada em obra de Goethe) e “Syphilis”, “And The Vulture Beholds” e “A Million Deaths”. Mas não se enganem, qualquer uma das demais poderia ter sido citada aqui.
A mixagem e masterização do onipresente Jens Bogren deixou tudo ainda mais grandioso, já que apesar da enormidade de coisas ocorrendo ao mesmo tempo, tudo aqui é absolutamente claro. A capa é um belíssimo trabalho de Eliran Kantor e candidata a mais bonita do ano. A apresentação gráfica do encarte também é belíssima e casa 100% com a proposta que apresentam no álbum, fechando assim um pacote perfeito.
Se enveredar por esses caminhos e buscar uma música tão grandiosa é algo perigoso, pois acaba sendo muito fácil se perder meio a exageros e à pomposidade em excesso. Vide o exemplo dos últimos trabalhos de outro músico italiano, Luca Turilli, com sua versão do Rhapsody, onde o orquestral soterra o Metal. Felizmente o Fleshgod Apocalypse não sofre desse mal, já que consegue equilibrar muito bem arranjos riquíssimos, complexidade e uma sonoridade pesada, técnica e agressiva. O resultado é um álbum primoroso e que certamente estará entre os melhores de 2016 em dezembro. Simplesmente obrigatório!
NOTA: 9,0
Fleshgod Apocalypse é:
- Tommaso Riccardi (Vocal/Guitarra)
- Cristiano Trionfera (Guitarra)
- Paolo Rossi (Baixo/Vocal Limpo)
- Francesco Ferrini (Piano/Orquestrações)
- Francesco Paoli (Bateria/Guitarra/Vocal)
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(Shinigami Records/Nuclear Blast – Nacional)
01. Marche Royale
02. In Aeternum
03. Healing Through War
04. The Fool
05. Cold As Perfection
06. Mitra
07. Paramour (Die Leidenschaft Bringt Leiden)
08. And The Vulture Beholds
09. Gravity
10. A Million Deaths
11. Syphilis
12. King
No Metal existe espaço para tudo. Existem aquelas bandas que nasceram para fazer o simples, o básico, com muita qualidade, mas existem também aquelas que vieram ao mundo para fazer um trabalho grandioso em todos os sentidos. E com todo respeito, os italianos do Fleshgod Apocalypse se encaixam exatamente no segundo grupo, com sua música de sonoridade irrotulável. Durante toda a audição de King, fiquei me perguntando como definir o quinteto italiano, que pratica um Metal extremo, pesado, agressivo, moderno, muito técnico e carregado de elementos orquestrais e operísticos que transformam seu trabalho em algo único. E querem saber, simplesmente não consegui encontrar tal definição.
O que mais impressiona nesse trabalho é que apesar de toda a pompa que tais elementos orquestrais/operísticos trazem a música praticada pelo Fleshgod Apocalypse, com direito a belos coros e a participação da soprano Veronica Bordacchini, ainda assim conseguem manter todo o peso e agressividade necessários a uma banda de Metal. Estão ali os vocais guturais (que alternam com limpos em muitos momentos), ótimos riffs e solos e a parte rítmica que esbanja técnica, solidez, variedade e uma música que parece pesar uma tonelada.
Apesar de toda a complexidade e riqueza dos arranjos aqui presentes, das inúmeras mudanças rítmicas presentes em todo álbum, King é um trabalho surpreendentemente fácil de ser escutado, já que a musicalidade se faz mais do que presente no mesmo. Contando com uma introdução (“Marche Royale”) e uma peça de piano que o encerra (“King”), temos aqui 9 verdadeiras obras primas, onde aponto como minhas preferidas “In Aeternum”, “The Fool”, a trinca que conta com a participação de Veronica - “Cold As Perfection”, “Paramour (Die Leidenschaft Bringt Leiden)” (com letra baseada em obra de Goethe) e “Syphilis”, “And The Vulture Beholds” e “A Million Deaths”. Mas não se enganem, qualquer uma das demais poderia ter sido citada aqui.
A mixagem e masterização do onipresente Jens Bogren deixou tudo ainda mais grandioso, já que apesar da enormidade de coisas ocorrendo ao mesmo tempo, tudo aqui é absolutamente claro. A capa é um belíssimo trabalho de Eliran Kantor e candidata a mais bonita do ano. A apresentação gráfica do encarte também é belíssima e casa 100% com a proposta que apresentam no álbum, fechando assim um pacote perfeito.
Se enveredar por esses caminhos e buscar uma música tão grandiosa é algo perigoso, pois acaba sendo muito fácil se perder meio a exageros e à pomposidade em excesso. Vide o exemplo dos últimos trabalhos de outro músico italiano, Luca Turilli, com sua versão do Rhapsody, onde o orquestral soterra o Metal. Felizmente o Fleshgod Apocalypse não sofre desse mal, já que consegue equilibrar muito bem arranjos riquíssimos, complexidade e uma sonoridade pesada, técnica e agressiva. O resultado é um álbum primoroso e que certamente estará entre os melhores de 2016 em dezembro. Simplesmente obrigatório!
NOTA: 9,0
Fleshgod Apocalypse é:
- Tommaso Riccardi (Vocal/Guitarra)
- Cristiano Trionfera (Guitarra)
- Paolo Rossi (Baixo/Vocal Limpo)
- Francesco Ferrini (Piano/Orquestrações)
- Francesco Paoli (Bateria/Guitarra/Vocal)
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caramba, fui ouvir sem esperar muito e me surpreendi. Muito bem feito, tal qual a resenha descreve.
ResponderExcluirDepois de ouvir inúmeras vezes tentando. Certeza que e o melhor do ano
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