terça-feira, 22 de março de 2016

Amon Amarth - Jomsviking (2016)

Amon Amarth - Jomsviking (2016)
(Sony Music - Nacional)


01. First Kill
02. Wanderer
03. On A Sea Of Blood
04. One Against All
05. Raise Your Horns
06. The Way Of Vikings
07. At Dawns First Light
08. One Thousand Burning Arrows
09. Vengeance Is My Name
10. A Dream That Cannot Be (feat. Doro Pesch)
11. Back On Northern Shores

A Amon Amarth dispensa apresentações, já que hoje está entre os principis nomes da cena metálica mundial. Desde With Oden on Our Side (06) que os suecos vêm em uma forte ascendente, lançando um trabalho melhor que o outro e conquistando cada vez mais fãs. Depois do ótimo Deceiver of the Gods (13), me perguntava para onde mais poderiam ir, já que a meu ver pareciam ter chegado a seu ápice e simplesmente não enxergava mais espaço para crescimento em matéria de qualidade musical.

Confesso que quando anunciaram que seu 10º trabalho de estúdio seria uma obra conceitual, uma história de amor e vingança, uma tragédia tendo como pano de fundo os Jomsvikings, Vikings mercenários dos séculos X e XI, não me animei e imaginei o início de sua trajetória descendente, ainda mais sabendo que após 17 anos, não contariam com Fredrik Andersson na bateria. Pois bem, após realizar as devidas audições, sou obrigado a admitir que eu estava rendondamente enganado. Não só o Amon Amarth conseguiu se manter no topo, como talvez tenha conseguido lançar seu melhor trabalho. Todas as características da banda continuam se fazendo presentes, como os vocais inconfundíveis de Johan Hegg, as ótimas melodias de guitarra e a sessão rítmica forte e pesada, mas tudo de forma mais aprimorada, ainda mais bem trabalhada.

Vejamos os vocais, por exemplo. Por mais que Hegg seja um dos melhores vocalistas dentro de seu estilo, nem seu maior fã é capaz de negar que ele nunca foi lá muito afeito a variar suas linhas vocais. Pois aqui a necessidade faz ele dar alguma variedade, já que se trata de um álbum conceitual e sua voz precisa refletir o momento exato da história. Claro que não estamos falando de uma atuação no mesmo nível da de LaBrie no novo do Dream Theater, outro belo trabalho conceitual lançado nesse ano, mas ainda sim dá uma outra dimensão as canções de Jomsviking. Precisamos abrir um parêntese para a dupla de guitarristas Olavi Mikkonen e Johan Söderberg, que estão afiados como nunca. O que esses caras  fizeram aqui chega a arrepiar. Ótimos riffs e melodias marcantes, além de excelentes harmonias de guitarras gêmeas, que deixam totalmente escancarada toda a influência que o Iron Maiden teve na construção da sonoridade do Amon Amarth. Já Ted Lundström e o baterista convidado Tobias Gustafsson (ex-Vomitory) formam uma parte rítmica poderosa, imprimindo muito peso e variedade as 11 músicas aqui presentes.

Um fato a se destacar é que todas as músicas funcionam muito bem, tanto em conjunto quanto se escutadas isoladamente, algo que nem sempre ocorre quando se trata de um trabalho conceitual. Independentemente da forma como às escutar, fica perceptivel todo o clima épico, algo que chega a beirar o cinematográfico. E sem exagero, em muitos momentos você irá se sentir marchando para uma grande batalha. Destacar faixas aqui é realmente muito complicado, pois realmente gostei de tudo, mas sugiro audições atentas a já conhecida "First Kill", a cadenciada "Wanderer", "On A Sea Of Blood" (essa tríade inicial é simplesmente matadora), "Raise Your Horns", "At Dawns First Light", "Vengeance Is My Name" e "A Dream That Cannot Be", com participação de ninguém menos que Doro Pesch.

Com relação a produção de Andy Sneap, ela não é menos que excelente. Ficou tudo claro e cristalino, mas sem perder o peso e a agressividade. O Amon Amarth pode não ter inovado e se mantido na mesma tocada de sempre, mas isso é exatamente o que todo fã da banda espera de um álbum dos suecos. A questão é como fazer isso sem soar enfadonho, repetitivo e bem, eles sabem bem como fugir disso. Então se quer melodias grudentas, riffs melódicos, clima épico, mas sem abrir mão do peso e ainda soando agressivo, Jomsviking é mais do que indicado para você.

Dificilmente esse álbum não estará entre os melhores de 2016 nas listas de final de ano!

NOTA: 9,0

Amon Amarth é:
- Johan Hegg (Vocal)
- Olavi Mikkonen (Guitarra)
- Johan Söderberg (Guitarra)
- Ted Lundström (Baixo)
Músico convidado:
- Tobias Gustafsson (Bateria)

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Um comentário:

  1. Muito boa resenha, esse album entrou no meu top 3 do Amon Amarth,só embaixo do Twilight of the Thunder God e Surtur Rising

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