Dream Theater - The Astonishing (2016)
(Warner - Nacional)
CD1
01. Descent Of The Nomacs
02. Dystopian Overture
03. The Gift Of Music
04. The Answer
05. A Better Life
06. Lord Nafaryus
07. A Savior In The Square
08. When Your Time Has Come
09. Act Of Faythe
10. Three Days
11. The Hovering Sojourn
12. Brother, Can You Hear Me?
13. A Life Left Behind
14. Ravenskill
15. Chosen
16. A Tempting Offer
17. Digital Discord
18. The X Aspect
19. A New Beginning
20. The Road To Revolution
CD2
01. 2285 Entr'acte
02. Moment Of Betrayal
03. Heaven's Cove
04. Begin Again
05. The Path That Divides
06. Machine Chatter
07. The Walking Shadow
08. My Last Farewell
09. Losing Faythe
10. Whispers On The Wind
11. Hymn Of A Thousand Voices
12. Our New World
13. Power Down
14. Astonishing
Dia desses, um amigo veio me perguntar se eu não iria resenhar o novo álbum do Dream Theater, já que o mesmo havia saido há algum tempo e até então nada sobre uma resenha do mesmo no A Música Continua a Mesma. Inevitavelmente, soltei aquela piadinha sobre o tamanho exagerado das músicas escritas pelos americanos e que ainda estaria preso na audição da introdução de alguma delas. Bem, piadas a parte, a verdade é que para mim seria impossível ter escrito uma resenha de The Astonishing em um curto espaço de tempo, já que o nível de complexidade que se apresenta nesse 13º trabalho de estúdio do Dream Theater é algo que até então não haviam apresentado em sua carreira.
O Dream Theater nunca foi dessas bandas acomodadas e chegada a se impor limites, já que dentro de suas características, sempre procurou explorar todas as possibilidades para suas músicas. The Astonishing não é um álbum comum, pois se trata de um trabalho conceitual. Indo além, The Astonishing não é um álbum conceitual comum, é uma Ópera-Rock. E indo ainda mais longe, ouso dizer que é muito mais do que uma "simples" Ópera-Rock, já que mesmo tem tudo para ser encenado como um verdadeiro músical da Broadway. Exagero da minha parte? Sinceramente, após semanas e semanas de audição do mesmo, creio que não.
Em linhas gerais, temos aqui uma história que se passa em um futuro que talvez nem seja tão distante como no álbum (nela, ocorre daqui a uns 300 anos). A humanidade "deu erro" e do ponto de vista das instituições, voltamos quase a Idade Média, com impérios e reinados oprimindo a população. Grande parte disso se dá devido a humanidade ter perdido as emoções e criatividade, já que todas as formas de arte são elaboradas por máquinas (as Nomacs). Dentro dessa realidade, surge um personagem com o dom natural para música e que acaba assumindo um papel central na luta contra a opressão, causando uma verdadeira revolução na sociedade. É muito importante ter plena compreensão da história e principalmente das letras, já que a parte lírica e a músical caminham lado a lado aqui, ou seja, cada música reflete um momento específico, sendo a trilha sonora do que está sendo contado.
Sendo assim, não preciso dizer o quanto a audição de The Astonishing é desafiadora (ao menos para os ouvintes comuns, ou seja, não fãs da banda). São 34 faixas em pouco mais de 2 horas, divididas em 2 CD's e com uma quantidade imensa de aspectos a serem absorvidos. Dessa forma, não cabe espaço aqui para audições apressadas e descompromissadas, pelo menos se sua intenção for absorver plenamente cada detalhe da obra. Justamente pelas músicas terem sido compostas para ilustrar momentos especificos do que é contado, a diversidade musical é imensa e você realmente se sente meio a um musical, tamanha a grandiosidade do que é feito. Dentro desse panorama, quem acaba sendo mais exigido é James LaBrie, já que o mesmo precisa interpretar todos os personagens e através de seus vocais, refletir cada um destes, as emoções dos mesmos e o ponto exato da história que esta sendo abordado. Não é exagero meu dizer que esse é seu melhor desempenho, já que ele consegue alcançar tal objetivo. Simplesmente brilhante.
Um fato que realmente surpreendeu é que raras são as músicas que ultrapassam os 6 minutos de duração. Sim, The Astonishing é um trabalho feito de canções curtas para o padrão do Dream Theater, o que acaba ajudando demais no resultado final, já que ele flui de uma forma muito natural e nada cansativa. Como esperado em um trabalho do quinteto, temos uma forte presença de elementos progressivos, passagens quebradas e muito bem elaboradas, além é claro, de muita, mas muita técnica. Os vocais de LaBrie, como já ditos, estão brilhantes e John Petrucci, além de ter elaborado toda a história, mostra a competência e brilhantismo de sempre nas 6 cordas. Jordan Rudess encaixa com perfeição seus teclados e a parte rítmica da banda, com John Myung e Mike Mangini está mais uma vez irrepreensível. Os arranjos para orquestra e coral ficaram a cargo de David Campbell e estão simplesmente perfeitos, de uma beleza ímpar.
Em um trabalho de tamanha magnitude, destacar músicas é um trabalho no mínimo hercúleo. Minhas preferidas aqui são "The Gift Of Music", "A Better Life", "Lord Nafaryus", "When Your Time Has Come", "Three Days", "Brother, Can You Hear Me?", "A Life Left Behind", "A New Beginning", "Moment Of Betrayal" (para mim, já nasceu clássica), "The Path That Divides", "My Last Farewell", "Hymn Of A Thousand Voices", "Our New World" e "Astonishing".
(Warner - Nacional)
CD1
01. Descent Of The Nomacs
02. Dystopian Overture
03. The Gift Of Music
04. The Answer
05. A Better Life
06. Lord Nafaryus
07. A Savior In The Square
08. When Your Time Has Come
09. Act Of Faythe
10. Three Days
11. The Hovering Sojourn
12. Brother, Can You Hear Me?
13. A Life Left Behind
14. Ravenskill
15. Chosen
16. A Tempting Offer
17. Digital Discord
18. The X Aspect
19. A New Beginning
20. The Road To Revolution
CD2
01. 2285 Entr'acte
02. Moment Of Betrayal
03. Heaven's Cove
04. Begin Again
05. The Path That Divides
06. Machine Chatter
07. The Walking Shadow
08. My Last Farewell
09. Losing Faythe
10. Whispers On The Wind
11. Hymn Of A Thousand Voices
12. Our New World
13. Power Down
14. Astonishing
Dia desses, um amigo veio me perguntar se eu não iria resenhar o novo álbum do Dream Theater, já que o mesmo havia saido há algum tempo e até então nada sobre uma resenha do mesmo no A Música Continua a Mesma. Inevitavelmente, soltei aquela piadinha sobre o tamanho exagerado das músicas escritas pelos americanos e que ainda estaria preso na audição da introdução de alguma delas. Bem, piadas a parte, a verdade é que para mim seria impossível ter escrito uma resenha de The Astonishing em um curto espaço de tempo, já que o nível de complexidade que se apresenta nesse 13º trabalho de estúdio do Dream Theater é algo que até então não haviam apresentado em sua carreira.
O Dream Theater nunca foi dessas bandas acomodadas e chegada a se impor limites, já que dentro de suas características, sempre procurou explorar todas as possibilidades para suas músicas. The Astonishing não é um álbum comum, pois se trata de um trabalho conceitual. Indo além, The Astonishing não é um álbum conceitual comum, é uma Ópera-Rock. E indo ainda mais longe, ouso dizer que é muito mais do que uma "simples" Ópera-Rock, já que mesmo tem tudo para ser encenado como um verdadeiro músical da Broadway. Exagero da minha parte? Sinceramente, após semanas e semanas de audição do mesmo, creio que não.
Em linhas gerais, temos aqui uma história que se passa em um futuro que talvez nem seja tão distante como no álbum (nela, ocorre daqui a uns 300 anos). A humanidade "deu erro" e do ponto de vista das instituições, voltamos quase a Idade Média, com impérios e reinados oprimindo a população. Grande parte disso se dá devido a humanidade ter perdido as emoções e criatividade, já que todas as formas de arte são elaboradas por máquinas (as Nomacs). Dentro dessa realidade, surge um personagem com o dom natural para música e que acaba assumindo um papel central na luta contra a opressão, causando uma verdadeira revolução na sociedade. É muito importante ter plena compreensão da história e principalmente das letras, já que a parte lírica e a músical caminham lado a lado aqui, ou seja, cada música reflete um momento específico, sendo a trilha sonora do que está sendo contado.
Sendo assim, não preciso dizer o quanto a audição de The Astonishing é desafiadora (ao menos para os ouvintes comuns, ou seja, não fãs da banda). São 34 faixas em pouco mais de 2 horas, divididas em 2 CD's e com uma quantidade imensa de aspectos a serem absorvidos. Dessa forma, não cabe espaço aqui para audições apressadas e descompromissadas, pelo menos se sua intenção for absorver plenamente cada detalhe da obra. Justamente pelas músicas terem sido compostas para ilustrar momentos especificos do que é contado, a diversidade musical é imensa e você realmente se sente meio a um musical, tamanha a grandiosidade do que é feito. Dentro desse panorama, quem acaba sendo mais exigido é James LaBrie, já que o mesmo precisa interpretar todos os personagens e através de seus vocais, refletir cada um destes, as emoções dos mesmos e o ponto exato da história que esta sendo abordado. Não é exagero meu dizer que esse é seu melhor desempenho, já que ele consegue alcançar tal objetivo. Simplesmente brilhante.
Um fato que realmente surpreendeu é que raras são as músicas que ultrapassam os 6 minutos de duração. Sim, The Astonishing é um trabalho feito de canções curtas para o padrão do Dream Theater, o que acaba ajudando demais no resultado final, já que ele flui de uma forma muito natural e nada cansativa. Como esperado em um trabalho do quinteto, temos uma forte presença de elementos progressivos, passagens quebradas e muito bem elaboradas, além é claro, de muita, mas muita técnica. Os vocais de LaBrie, como já ditos, estão brilhantes e John Petrucci, além de ter elaborado toda a história, mostra a competência e brilhantismo de sempre nas 6 cordas. Jordan Rudess encaixa com perfeição seus teclados e a parte rítmica da banda, com John Myung e Mike Mangini está mais uma vez irrepreensível. Os arranjos para orquestra e coral ficaram a cargo de David Campbell e estão simplesmente perfeitos, de uma beleza ímpar.
Em um trabalho de tamanha magnitude, destacar músicas é um trabalho no mínimo hercúleo. Minhas preferidas aqui são "The Gift Of Music", "A Better Life", "Lord Nafaryus", "When Your Time Has Come", "Three Days", "Brother, Can You Hear Me?", "A Life Left Behind", "A New Beginning", "Moment Of Betrayal" (para mim, já nasceu clássica), "The Path That Divides", "My Last Farewell", "Hymn Of A Thousand Voices", "Our New World" e "Astonishing".
The Astonishing é o passo mais ambicioso da carreira do Dream Theater. Desafiador, denota ao ouvinte, tempo, paciência e atenção, já que a quantidade de informação e detalhes à serem absorvidos é simplesmente imensa. Um trabalho que, acima de tudo, exige que nos desliguemos por um tempo de toda a tecnologia que nos cerca e que mergulhemos em nosso lado humano, em nossas emoções, para que assim possamos absorver e usufruir de toda a sua beleza. Ao nos darmos tal direito, nos deparamos com um trabalho singular e que certamente irá estar em muitas listas de melhores do ano em 2016.
OBS: Nos links relacionados, consta a página criada pela banda onde pode-se ler mais sobre a história, locais e personagens de The Astonishing e tirar todas as dúvidas que surgirem.
NOTA: 9,0
Dream Theater é:
- James LaBrie (Vocal)
- John Petrucci (Guitarra)
- John Myung (Baixo)
- Mike Mangini (Bateria)
- Jordan Rudess (Teclado)
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